Fonoaudiologia educacional e autismo: defasagens e prejuízos da modalidade de ensino remoto em meio a pandemia da COVID-19 (2020 a 2021)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.23032

Palavras-chave:

Fonoaudiologia educacional; Transtorno do Espectro Autista; Revisão integrativa.

Resumo

O profissional da fonoaudiologia educacional é responsável por prestar  apoio aos pais e professores, principalmente no que se refere ao comprometimento da fala e da linguagem no processo de ensino-aprendizagem. Objetivou-se como essa pesquisa analisar as defasagens e prejuízos da modalidade de ensino remoto em meio a pandemia da COVID-19 de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) para isso foi realizada uma Revisão Integrativa (RI) seguindo o que propõe Cooper (1984) a partir da literatura produzida na base Scientific Electronic Library Online (SciElo), as buscas resultaram em 11 pesquisas, compreendidas no biênio (2020 e 2021). Os resultados destacam o maior número de pesquisas relacionadas à Tecnologia Assistiva (TA) que possui característica interdisciplinar, englobando recursos, metodologias, estratégias entre outros. Outro aspecto apontado nas pesquisas foi as dificuldades de comunicação e interação social impostas pelo ensino remoto e isolamento social o que dificultou o os processos de inclusão escolar e digital. A família, a escola e as orientações de profissionais de saúde formaram o tripé que suprimiram as barreiras de comunicação, de verbalização e de linguagem oral provocadas pelo isolamento social e pela baixa interação desse público.

Biografia do Autor

Francisca das Chagas Costa Leite, Faculdade de Ensino Superior do Piauí

Bacharelado em Fonoaudiologia

Ruth Raquel Soares de Farias, Faculdade de Ensino Superior do Piauí

Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Piauí (1999), bem como a Especialização em Ciências Ambientais (2001), Especialização em Fundamentos da Educação em Sistema Prisional e Socioeducativo pela IESM (2020), mestrado em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Pernambuco (2003) e doutorado pelo programa de Biotecnologia (RENORBIO - UFPI) 2016. Professora da Faculdade de Ensino Superior do Piauí (FAESPI), no curso de Fonoaudiologia, Fisioterapia, Educação Física, Pedagogia e Psicologia. Ministra disciplinas de: Diversidade e Relações Étnicorraciais, Fundamentos Teóricos e Metodológicos em Ciências Naturais, Fundamentos Teóricos e Metodológicos de Geografia, Educação e Saúde, Metodologia Científica, TCC I, TCC II e TCC III, Pesquisa Educacional I, Ética Educacional, Estágio Supervisionado, Genética e várias outras do curso de biologia, ministradas na forma presencial e ou EAD; Professora titular do Governo do Estado do Piauí trabalhando com Educação nas Prisões; Professora Substituta da Universidade Federal do Piauí (DMTE/ 2017-2019) e Pesquisadora do Programa de Biodiversidade do Trópico Ecotonal do Nordeste (BIOTEN) e presta serviços de caráter técnico para a Associação deste programa (ABIOTEN). Tem experiência na área de Botânica, Ecologia e Macrofauna Bêntica, com ênfase em inventário e monitoramento das fitocomunidades do Cerrado e Ecótonos associados, principalmente nas seguintes frentes: biodiversidade, sustentabilidade, ambientalismo e educação ambiental. Pesquisadora da Universidade Estadual do Piauí no programa de pesquisa Direitos Humanos, Políticas Públicas e Participação Social: construindo diálogos e coordenadora da linha Direito, educação e saúde.

Tamires Moura de Saboia, Faculdade de Ensino Superior do Piauí

Possui graduação em Fonoaudiologia pela faculdade de ensino superior do piauí (2010). Pós Graduada em Fonoaudiologia Hospitalar. Pós Graduada em Autismo e, Pós graduanda em Perícia em Saúde Auditiva do Trabalhador. Atualmente é Coordenadora do Curso de Bacharelado em Fonoaudiologia da FAESPI. 

Referências

Camargo, S. P. H., & Bosa, C. A. (2009). Competência social, inclusão escolar e autismo: revisão crítica da literatura. Psicologia & sociedade, 21, 65-74.

Santos, M. P. dos, & Paulino, M. M. (2006). Inclusão em educação: culturas, políticas e práticas. Cortez.

American Psychiatric Association. (2014). DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora.

Albuquerque, R. M., de Azevedo, I. F., & Brandão, J. C. (2021). O ensino de Matemática para alunos com Transtorno do Espectro Autista durante a pandemia: um estudo de caso. Indagatio Didactica, 13(3), 247-262.

Brasil. (2008) Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. MEC; SEEP.

Brasil. (2015) Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Lei nº13. 146, de 6 de julho de 2015.

Baio, J., Wiggins, L., Christensen, DL, Maenner, MJ, Daniels, J., Warren, Z., ... & Dowling, NF (2018). Prevalência de transtorno do espectro do autismo entre crianças de 8 anos - rede de monitoramento de autismo e deficiências de desenvolvimento, 11 locais, Estados Unidos, 2014. MMWR Surveillance Summaries, 67 (6), 1.

Barros, L. da Cruz, & Uhmann, S. (2020). As (Im) Possibilidades do Ensino Remoto para o Aluno com Transtorno do Espectro Autista. Anais do Seminário Nacional de Educação Especial e do Seminário Capixaba de Educação Inclusiva, 3(3).

Candido, E. A. P., Assunção, M. M., Cunha, J. J. D., & Carneiro, R. U. C. (2021). Aluno com o transtorno de espectro autista em tempos de pandemia: uma revisão sistemática. Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, 8(9).

Cooper, H. M. (1988). The integrative research review: a systematic aproach. The integrative research review: A systematic aproach, 144-144.

Camargo, S. P. H., & Bosa, C. A. (2009). Competência social, inclusão escolar e autismo: revisão crítica da literatura. Psicologia & sociedade, 21, 65-74.

Dias, A. A., Santos, I. S., & de Abreu, A. R. P. (2021). Crianças com transtorno do espectro autista em tempos de pandemia: contextos de inclusão/exclusão na educação infantil. Zero-a-Seis, 23(Especial), 101-124.

Evêncio, kátia M. de moura. (2020). Ensino em tempos de pandemia: orientações para o processo de ensino inclusivo das crianças com autismo. In: VII Cogresso Nacional de Educação - CONEDU, 2020, on-line. Anais VII CONEDU - Edição Online.

Ferreira, L. F., Costa, A. S., Simões, C. C., & Cardoso, D. F. (2021). Material Didático Adaptado Frente Ao Ensino Remoto: Uma resposta inovadora através da linguagem. Anais Educação em Foco: IFSULDEMINAS, 1(1).

da Silva Leite, C. M., & Dantas, S. M. (2020). A Afetividade no Desenvolvimento Cognitivo do Aluno com Transtorno de Espectro Autista–TEA/Affectivity in the Cognitive Development of the Student with Autistic Spectrum Disorder-TEA. ID on line REVISTA DE PSICOLOGIA, 14(53), 41-51.

Mello, A. M. S. (2001). Autismo: guia prático.

Mendes, A., Vinagre, A. B., Amorim, A., Chaveiro, E., Machado, K., Vasconcellos, L. C. F. D., & Gertner, S. (2020). Diálogos sobre acessibilidade, inclusão e distanciamento social: territórios existenciais na pandemia.

Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. D. C. P., & Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & contexto-enfermagem, 17, 758-764.

Monteiro, C. G., Silva, T. D. S. A., Rossi, R., Monteiro, F. C. B., & Lira, A. B. P. (2021). O ensino na pandemia: uma análise comparativa do dispositivo autista de inclusão (dai) como nova proposta para a família com criança com transtorno do espectro autista. BIUS-Boletim Informativo Unimotrisaúde em Sociogerontologia, 26(20), 1-16.

Nunes, J. M. (2020). Ensino remoto emergencial e transtorno do espectro autista: uma análise sobre lives realizadas durante a pandemia de COVID-19.

Nunes, R. C. A., & Dutra, C. M. (2020). Ensino remoto para alunos do Atendimento Educacional Especializado. Research, Society and Development, 9(11), e64291110060-e64291110060.

Peixoto, J. C., Moraes, C. G., Peres, P. H. A., do Vale Lima, R. E., & da Silva Braz, V. (2020). Percepções E Desafios Do Ensino Remoto Para Alunos Do Espectro Autista Em Tempos De Pandemia No Curso De Ciências Biológicas. Anais do Seminário de Atualização de Práticas Docentes, 2(2).

de Souza, F. F., & Dainez, D. (2020). Educação Especial e Inclusiva em tempos de pandemia: o lugar de escola e as condições do ensino remoto emergencial. Práxis Educativa (Brasil), 15, 1-15.

dos Santos, M. P., & Paulino, M. M. (2006). Inclusão em educação: culturas, políticas e práticas. Cortez.

da Silva, I. R., Freitas, T. N., de Araújo, N. F. M., da Silva Sousa, D. L., de Araújo Júnior, M. A., Medeiros, A. M., & Silva, R. S. (2021). Acessibilidade digital em tempos de ensino remoto. Research, Society and Development, 10(4).

Ribas, A. (2015). Atuação fonoaudiológica nas escolas. Fonoaudiologia e Educação: uma parceria necessária.

Santos, PC e Nascimento, MFS. (2021). A colaboração da Fonoaudiologia educacional em prol de um sistema educacional igualitário. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 10 (1), e3810111432.

Vygotsky, L. S. (1997). Obras escogidas: fundamentos de defectología (Vol. 5). Visor.

Downloads

Publicado

29/11/2021

Como Citar

LEITE, F. das C. C.; FARIAS, R. R. S. de .; SABOIA, T. M. de . Fonoaudiologia educacional e autismo: defasagens e prejuízos da modalidade de ensino remoto em meio a pandemia da COVID-19 (2020 a 2021). Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 15, p. e582101523032, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i15.23032. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/23032. Acesso em: 6 jul. 2024.

Edição

v. 10 n. 15

Seção

Ciências da Saúde

Licença

Copyright (c) 2021 Francisca das Chagas Costa Leite; Ruth Raquel Soares de Farias; Tamires Moura de Saboia

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.