Influência de programa de exercícios físicos na mobilidade funcional em idosos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.23051Palavras-chave:
Exercício físico; Idoso; Acidentes por quedas.Resumo
A mobilidade funcional pode ser descrita como a capacidade física e motora que um indivíduo dispõe para se locomover e realizar atividades cotidianas que permitam a sua autonomia; entretanto, o envelhecimento gradativo provoca a redução da mobilidade funcional, reduzindo a qualidade de vida do idoso e comprometendo sua saúde. O objetivo deste estudo é avaliar a influência de um programa de exercício físico na mobilidade funcional em idosos de um projeto de extensão da Universidade do Estado de Minas Gerais Unidade Divinópolis, descrevendo seus aspectos na mensuração do risco de quedas através do Time get up and go test (TUGT). Trata-se de um estudo analítico longitudinal tipo “antes e depois”, em que foram registrados os dados de um grupo de indivíduos utilizando questionário específico e validado para essa finalidade. Esta pesquisa, que avaliou a mobilidade dos participantes antes e após um programa de exercício físico, utilizou o próprio participante como controle de si mesmo. Os participantes do estudo foram onze idosas com idade média de 66,81 anos (±6,18); todas do sexo feminino. Os principais resultados indicam que o comprometimento da mobilidade funcional agrava os impactos físicos sofridos pelo idoso mediante queda; aspectos sociais e ambientais podem motivar os idosos a se manterem em programas de exercícios físicos no longo prazo. Conclui-se que uma rotina consistente de exercícios físicos pode contribuir para a manutenção ou melhora da mobilidade funcional na terceira idade, considerando o fortalecimento do tecido muscular e do ganho de flexibilidade, que contribuem para uma melhor capacidade de equilíbrio e sustentação do corpo.
Referências
Amorim, D. N. P. (2016). Associação da capacidade funcional com o perfil epidemiológico de idosos longevos. [Dissertação de Mestrado, Universidade Católica de Brasília]. https://bdtd.ucb.br:8443/jspui/handle/tede/2183
Chagas, D. L., Rodrigues, A. L. P., Brito, L. C., & Soares, E. S. (2018). Relação entre o equilíbrio corporal e o risco de quedas em idosos de um projeto social de Fortaleza-CE. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 12(76), 547-555. http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1455
Fernandes, A. M. B. L., Ferreira, J. J. A., Stolt, L. R. O. G., Brito, G. E. G., Clementino, A. C. C. R., & Sousa, N. M. (2012). Efeitos da prática de exercício físico sobre o desempenho da marcha e da mobilidade funcional em idosos. Fisioter Mov, 25(4), 821-830. https://doi.org/10.1590/S0103-51502012000400015
Gazolla, J., Castillo, B., & Micheo, W. (2017). Benefits of Exercise in the Older Population, Physical Medicine and Rehabilitation Clinics of North America, 28(4), 659-669 https://doi.org/10.1016/j.pmr.2017.06.001
Greve, P., Guerra, A., Portela, M., Portes, M., & Rebelatto, J. (2017). Correlações entre mobilidade e independência funcional em idosos institucionalizados e não-institucionalizados. Fisioterapia em Movimento, 20(4). https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/view/18969
Guadagnin, E. C. (2018). Mobilidade funcional em idosos: influência de parâmetros musculares e de treinamento. [Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul]. http://hdl.handle.net/10183/181830
Hochman, B., Nahas F. X., Oliveira Filho, R. S., & Ferreira L. M. (2005). Desenhos de pesquisa. Acta Cir Bras, 20(2), 02-9. https://doi.org/10.1590/S0102-86502005000800002
Lacerda, T. T. B., Cruz, T. K. F., Souto, D. O., Souza, A. C. L., Alckin, J. P., & Gonçalves, R. V. (2018). Efeito da reabilitação utilizando o videogame Nintendo Wii no equilíbrio de idosos institucionalizados: um estudo experimental de caso único. Revista NBC, 8(15). https://www.metodista.br/revistas/revistas-izabela/index.php/bio/article/view/1742
Martinez, B. P., Santos, M. R., Simões, L. P., Ramos, I. R., Oliveira, C. S., Forgiarini Júnior, L. A., Camelier, F. W. R., & Camelier, A. A. (2016). Segurança e reprodutibilidade do teste timed up and go em idosos hospitalizados. Rev Bras Med Esporte, 22(5), 408-411. https://doi.org/10.1590/1517-869220162205145497
Nascimento, C. F. (2016). Determinantes sociais da mobilidade funcional e quedas em idosos do município de São Paulo: uma análise multinível. [Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo]. https://doi.org/10.11606/D.6.2016.tde-23052016-134527
Oliveira, S. F. (2009). Impacto do fortalecimento muscular na reeducação da marcha de idosos institucionalizados. Fisioterapia Brasil. 10(1). https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/view/1493
Organização Mundial da Saúde. (2018). Folha informativa - Envelhecimento e saúde. https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5661:folha-informativa-envelhecimento-e-saude&Itemid=820
Pontes, S. S., Moinhos, C., Andrade, J. A., Schulz, R., Bouzas, M., Doria, L., & Guedes, J. M. (2017). Perfil e mobilidade funcional em idosos. Revista Intercâmbio. 9, 95-110. http://www.intercambio.unimontes.br/index.php/intercambio/article/view/172
Podsiadlo, D., & Richardson, S. (1991). The timed "Up & Go": A test of basic functional mobility for frail elderly persons. Journal of the American Geriatrics Society, 39(2), 142–148. https://doi.org/10.1111/j.1532-5415.1991.tb01616.x
Siqueira, F. V., Facchini, L. A., Piccini, R. X., Tomasi, E., Thumé, E., Silveira, D. S., Vieira, V., & Hallal, P. C. (2017). Prevalência de quedas em idosos e fatores associados. Rev Saude Publica. 41(5), 749-56. https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000500009
Soares, A. V., Marcelino, E., Maia, K. C., & Borges Junior, N. G. (2017). Relação entre mobilidade funcional e dinapenia em idosos com fragilidade. Einstein, 15(3), 278-282. https://doi.org/10.1590/S1679-45082017AO3932
Souza, L. H. R., Brandão, J. C. S., Fernandes, A. K. C., & Cardoso, B. L. C. (2017). Queda em idosos e fatores de risco associados. Revista de Atenção à Saúde, 15(54), 55-60. https://doi.org/10.13037/ras.vol15n54.4804
Souza, M. M., Ansai, J. H., Vilarinho, A. C., & Andrade, L. P. (2018). Teste TUG é um bom preditor de declínio funcional para idosos com comprometimento cognitivo leve (CCL) e doença de Alzheimer (DA) na fase leve? Um estudo longitudinal de 32 meses. UFSCar São Carlos XXV CIC e X CIDTI – 2018. http://www.copictevento.ufscar.br/index.php/ictufscar2018/saocarlos-2018/paper/view/975
Valduga, L. V. A. (2018). Efeito de uma intervenção breve com o uso de jogo virtual em idosos longevos. [Dissertação de Mestrado, Universidade Católica de Brasília]. https://bdtd.ucb.br:8443/jspui/handle/tede/2447
Wingerter, D. G., Barbosa, I. R., Moura, L. K. B., Maciel, R. F., & Alves, M. S. C. F. (2020). Mortalidade por queda em idosos: uma revisão integrativa. Revista Ciência Plural, 6(1), 119-136. https://doi.org/10.21680/2446-7286.2020v6n1ID18366
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Thamy Ramana Moreira Prado; Juscelino de Souza Borges Neto; Larissa da Silva Lemos; Juliana Mara Flores Bicalho; Gustavo Henrique Oliveira; Matheus Antônio Guimarães; Patrícia Aparecida Tavares; Rauno Álvaro de Paula Símola
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.