Ensino de práticas integrativas e complementares: uma análise dos cursos de Odontologia do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.23264Palavras-chave:
Odontologia; Práticas integrativas e complementares; Terapêutica.Resumo
Este estudo tem como objetivo avaliar a oferta de disciplinas referente ao ensino das práticas integrativas e complementares (PICS) nos cursos de Odontologia do Brasil. Efetuou-se uma pesquisa de caráter transversal, quantitativo e exploratório, por meio dos dados fornecidos pelo Cadastro e-MEC, do Ministério da Educação, no período de janeiro a março de 2021. Foram consultadas todas as Instituições de Ensino Superior em situação ativa, com endereço eletrônico oficial, matriz curricular disponível ou Projeto Pedagógico do Curso. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 228 cursos foram selecionados para verificar a categoria administrativa da universidade, a localização do curso e a inserção de disciplinas referentes ao ensino das PICS que, quando identificado, foi avaliado quanto a sua natureza e carga horária total. Os dados coletados foram tabulados e tratados de forma descritiva. Considerando os cursos com matriz curricular completa disponível, apenas 10 (4,39 %) ofertaram disciplinas referentes ao ensino das PICS, enquanto a maioria da amostra se encontrava ausente na grade curricular (218; 95,61%). As regiões Norte, Centro-Oeste (1; 10%), Nordeste (2; 20%), Sudeste (6; 60%) e Sul (1; 10%) apresentaram cursos ofertando a disciplina, de natureza obrigatória em apenas uma matriz curricular e com cargas horárias variando entre 30h e 60h. Fica evidente que o ensino das PICS ainda é escasso no Brasil, afetando indiretamente o Sistema Público de Saúde, uma vez que o perfil de egresso do cirurgião-dentista ainda é centrado no modelo biomédico, dificultando as políticas e o incentivo do uso de alternativas complementares no SUS.
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