Federalismo e políticas educacionais no Brasil: contextos e rupturas
DOI:
https://doi.org/10.17648/rsd-v7i2.233Palavras-chave:
Federalismo; Políticas Educacionais; Participação Social.Resumo
Este artigo objetiva analisar a complexidade do arranjo federativo brasileiro e o desenho das políticas educacionais mediante a correlação de forças e disputas entre espaços e tensões institucionais que configuram o contexto atual e recente nas políticas educacionais do Brasil. Trata-se de um estudo de base teórica e documental e teve como eixo de analise as tensões e rupturas que tiveram como pano de fundo (direto ou indireto) o Sistema Nacional de Educação e em aporte deste o próprio regime de colaboração, como políticas específicas do pacto cooperativo brasileiro. Assim ressaltamos o papel da participação social na implementação da EC 59/2009, nas Conferências Nacionais de Educação (de 2010 a 2018) e na constituição da SASE como espaços de pactuação e diálogo amplo e democrático. Com base neste contexto foi possível sublinhar as rupturas com o processo de afirmação do federalismo cooperativo na garantia ao direito à educação pública de qualidade com a participação social e democrática, evidenciando o necessário fortalecimento dos espaços de pactuação federativa, frente aos desafios que se colocam ao federalismo e efetividade das políticas educacionais no Brasil.
Referências
ABRUCIO, Fernando Luiz. A dinâmica federativa da educação brasileira: diagnóstico e propostas de aperfeiçoamento. Disponível em: www.igepp.com.br/.../igepp_abrucio__f._dinamica_federativa_da_educacao. Acesso em: 17/04/16.
AGUIAR, Márcia Ângela da S. Avaliação do Plano Nacional de Educação 2001-2009: questões para reflexão. Educação e Sociedade, Campinas, v. 31, n. 112, p. 707-727, jul.-set. 2010. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br, acesso em 17/09/15.
ALMEIDA, M. H. T. Federalismo e Políticas Sociais. Revista Brasileira de Estudos Sociais, nº 28, ano 10. p. 88 a 108. Julho de 1995.
ARAUJO, Gilda Cardoso de. Políticas Educacionais e Estado Federativo: Conceitos e Debates sobre a Relação entre Município, Federação e Educação no Brasil. 1ª. ed. Curitiba: Appris, 2013.
ARAUJO, Gilda Cardoso de. Constituição, federação e propostas para o novo Plano Nacional de Educação: análise das propostas de organização nacional da educação Brasileira a partir do regime de colaboração. Educação e Sociedade, Campinas, v. 31, n. 112, p. 749-768, Jul-Set, 2010. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br. Acesso em 17/09/15.
ARAUJO, Gilda Cardoso de. Direito à educação básica. A cooperação entre os entes federados. Retratos da Escola, CNTE, Brasília, DF, v. 4, n. 7, p. 231-241, jul./dez. 2010.
BEISIEGEL, Celso Rui. A qualidade do ensino na escola pública. Brasília: Liber Livro, 2006.
BOBBIO, Norberto. Estado, Governo, Sociedade: Para uma teoria geral da política. São Paulo: Paz e Terra, tradução de Marco Aurélio Nogueira, 2010, 16ª reimpressão.
BRASIL. Constituição de República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm Acesso em 15/12/2017.
BRASIL. Câmara dos Deputados. BORNIER, Felipe. PLP15/11. Disponível http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao. Acesso em: 15/09/15.
BRASIL. Comissão de Educação. Requerimento de audiência pública N. 64/2015, DE 2011, do Sr. Glauber Braga.
BRASIL. MORAES, Ságuas. PLP413/14. Disponível em: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao. Acesso em: 15/09/15.
BRASIL. Lei 13.0005/14. Plano Nacional de Educação,
BRASIL. MEC. Gabinete do Ministro. Portaria nº 619, de 24 de junho de 2015. Disponível em http://pne.mec.gov.br/publicações. Acesso em 18/09/15.
BRASIL. Emenda constitucional nº 95, e 15 de dezembro de 2016. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc95.htm. Acesso em 15/12/2017.
BRASIL. MEC, PORTARIA nº 577, DE 27 DE ABRIL DE 2017. Disponível em https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&sgl_tipo=POR&num_ato=00000577&seq_ato=000&vlr_ano=2017&sgl_orgao=MEC Acesso em 15/12/2017.
CABRAL, Nazaré da Costa. A teoria do federalismo financeiro. Edições Almedina, S.A - Coimbra, 2015.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
CURY, Carlos Roberto Jamil. Federalismo Político e Educacional. In Políticas Públicas e Gestão da Educação. Naura Syria Carapeto Ferreira (org.). Líber Livro Editora. Brasília. 2007.
CURY, Carlos Roberto Jamil. Sistema Nacional de Educação: desafio para uma educação igualitária e federativa. In:_____. VEIGA, C. G. (Org.). Carlos Jamil Cury: intelectual e educador. Editora: Autêntica, 2010.
HOFLING, ELOISA DE MATTOS. Estado e políticas (públicas) sociais. Caderno CEDES, Campinas, v. 21, n. 55, p. 30-41, nov.2001
LIJPHART, A. Modelos de democracia: desempenho e padrão de governo em 36 países. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
SAVIANI, Dermeval. Sistema nacional de educação e Plano Nacional de Educação. Campinas: Autores Associados, 2014.
WEBER, Max, 1864-1920. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Trad. de Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2012. Volume 2.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.