Caracterização sociodemográfica de usuários de próteses dentarias no estado do Amapá

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2334

Palavras-chave:

Qualidade de vida; Prótese dentária; Saúde bucal.

Resumo

É crescente o número de pessoas sem nenhum dente no Brasil, 11% da população é desdentada total, o que corresponde a um montante de 16 milhões de pessoas e 33% da população faz uso de algum tipo de prótese dentária. Embasados nestes números relevantes, o objetivo deste estudo foi realizar a caracterização sociodemográfica de edêntulos totais usuários de prótese total mucossuportada e prótese total implantossuportada na cidade de Macapá, estado do Amapá, Brasil. Foram entrevistados 299 usuários de prótese total mucossuportada e 48 usuários de prótese total implantossuportada por meio de um questionário sociodemográfico estruturado já validado pela literatura médica. As variáveis do estudo foram caracterizadas por medidas estatísticas descritivas. Como avaliações descritivas foram empregados a média e o desvio padrão para a caracterização das variáveis quantitativas e frequências absolutas e relativas tanto para a caracterização de variáveis qualitativas quanto às quantitativas. A faixa etária mais prevalente foi de 61 a 70 anos, para ambos os grupos. Em relação ao gênero, apresentaram 50% de homens e mulheres, respectivamente; nos usuários de prótese implantossuportada, enquanto 56% dos usuários de prótese mucossuportada eram mulheres, 69% dos usuários de prótese implantossuportada se autodeclararam brancos (as); 44% possuíam ensino superior completo, com uma renda familiar de 7 a 10 salários mínimos, 65%. Dentre os usuários de prótese mucossuportada, 69% se autodeclararam brancos, a maioria com 1° grau completo, 62%, e renda familiar de 1 a 2 salários mínimos, 69%. Conclui-se que usuários de prótese implantossuportada apresentaram significativamente maior nível de escolaridade e maior renda familiar. 

Biografia do Autor

Éber Coelho Paraguassu, Faculdade São Leopoldo Mandic

ciencias odontologicas

Referências

Almeida Junior, A. P. D., Grden, C. R. B., Lopes, B. G., Bordin, D., & Borges, P. K. D. O. (2017). Edentulismo e fatores associados à necessidade de uso de prótese superior e inferior entre idosos. Espaço saúde (Online), 105-113.

Att, W., & Stappert, C. (2003). Implant therapy to improve quality of life. Quintessence international, 34(8).

Bartholo, L., & Araújo, L. R. C. (2016). Em busca das famílias reconstituídas: mapeamento dos arranjos familiares da população brasileira de baixa renda por meio do Cadastro Único de Programas Sociais. Anais, 1-21.

Bentes, J.S. (2019). Fortalecendo a competência cultural indígena na odontologia e na educação em saúde bucal. Periódicos Brasil.Odontologia. 1(2), 20-31.

Calisto Del Mario, B., Neves Ramos, A. H., & Alderete Llamosa, A. (2019). Interoperability of public health information systems in the state of amapá. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 1(6), 147-151.

Camarano, A. A., & Kanso, S. (2012). Tendências demográficas mostradas pela PNAD 2011.

Campos, F. A. de L., & Melo, A. R. (2019). Próteses sobre implantes cone morse cimentadas versus parafusadas: vantagens e desvantagens. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 1(4), 84-100.

de Oliveira, B. H., & Nadanovsky, P. (2005). Psychometric properties of the Brazilian version of the Oral Health Impact Profile–short form. Community dentistry and oral epidemiology, 33(4), 307-314.

Fernandes, M. D. G. M., & Garcia, L. G. (2010). O sentido da velhice para homens e mulheres idosos. Saúde e Sociedade, 19, 771-783.

Gomes, V. N., Frigerio, M. L. M. A., & Fidelix, M. (2006). Bone mass index analysis in elderly people before and after change prosthesis. Gerodontology, 23(3), 187-191.

Guimarães Neto, U. G., & Bacelar, S. M. de A. (2019). Implantes dentários com superfície tratada: revisão de literatura. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 1(4), 69-83.

Hewlett, S. A., Yawson, A. E., Calys–Tagoe, B. N., Naidoo, N., Martey, P., Chatterji, S., ... & Biritwum, R. B. (2015). Edentulism and quality of life among older Ghanaian adults. BMC oral health, 15(1), 48.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2006). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Rio de Janeiro, 27, 1-125.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2011). Censo Demográfico (2010). Rio de Janeiro.

Jacobovitz, F. (2003). Estudo sobre as qualidades psicométricas do" oral health impact profile-14." (Doctoral dissertation).

Figueira, K. S. (2019) Associação entre atividade física e qualidade de vida em adultos. Periódicos Brasil.Pesquisa Científica. 1(2), 9 a 19 de 2019

Lacerda, J. dos P. (2019). Osteonecrosis of the maxilaries associated with use of biphosphonate. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 1(2), 18-24.

Lima, M. E. O., & Vala, J. (2004). As novas formas de expressão do preconceito e do racismo. Estudos de psicologia (Natal).

Nico, L. S., Andrade, S. S. C. D. A., Malta, D. C., Pucca Júnior, G. A., & Peres, M. A. (2016). Saúde Bucal autorreferida da população adulta brasileira: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Ciência & Saúde Coletiva, 21, 389-398.

Oliveira, T. R. C., Borges, T. F., Mendes, F. A., & Neves, F. D. (2007). Risk of malnutrition in completely edentulous individuals. Malnutrition in the 21st Century, 265-280.

ONU. (2010). Resolução A/RES/64/292.

Paraguassu, É. C., & Cardenas, A. C. M. (2019). Quality of life and satisfaction of users of total tissue-supported and implant-supported prostheses in the municipality of Macapá, Brazil. BioRxiv, 520197.

Paraguassu, é. C., & de Cardenas, A. M. C. (2019). Systematic review of current medical literature on the impact of oral health on quality of life. International Journal of Advanced Engineering Research and Science, 6(3).

Paraguassu, Éber C., & Lacerda, J. dos P. (2019). Oral health of the elderly in brazil: systematic review. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 1(2), 25-33.

Prado, M. M. D. S. (2004). Avaliação da função mastigatória de pacientes reabilitados por próteses totais muco-suportadas.

Ramsay, S. E., Whincup, P. H., Watt, R. G., Tsakos, G., Papacosta, A. O., Lennon, L. T., & Wannamethee, S. G. (2015). Burden of poor oral health in older age: findings from a population-based study of older British men. BMJ open, 5(12), e009476.

Rauber, S. (2019). Osseodensificação em implantes dentários: uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 1(4), 55-68.

Salgado, C. D. S. (2002). Mulher idosa: a feminização da velhice. Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento, 4.

Silveira, F. R. D. (2004). Impacto do protocolo mandibular implanto-suportado na função mastigatória, estado nutricional e qualidade de vida-estudo clínico retrospectivo.

Sheiham, A., Steele, J. G., Marcenes, W., Lowe, C., Finch, S., Bates, C. J., ... & Walls, A. W. G. (2001). The relationship among dental status, nutrient intake, and nutritional status in older people. Journal of dental research, 80(2), 408-413.

Starr, J. M., & Hall, R. (2010). Predictors and correlates of edentulism in healthy older people. Current Opinion in Clinical Nutrition & Metabolic Care, 13(1), 19-23.

Tavares, N. O., Oliveira, L. V., & Lages, S. R. C. (2013). A percepção dos psicólogos sobre o racismo institucional na saúde pública. Saúde em Debate, 37, 580-587.

Downloads

Publicado

01/01/2020

Como Citar

PARAGUASSU, Éber C.; CARDENAS, A. M. C. de. Caracterização sociodemográfica de usuários de próteses dentarias no estado do Amapá. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 3, p. e50932334, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i3.2334. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2334. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde