O empoderamento feminino no campo: A trajetória das mulheres camponesas na agrovila Paulo Freire no município de Mossoró - RN
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.23533Palavras-chave:
Empoderamento feminino; Assentamento; Trabalho; Documentário.Resumo
A luta das mulheres pela conquista de direitos, marca a história das sociedades, por meio de movimentos sociais e políticos, elas, atualmente, gozam de alguns direitos na cidade ou no campo. O empoderamento feminino é um processo de lutas e conquistas. As mulheres persistiram em movimentos políticos e sociais transformadores, como a inclusão social, instrução, profissionalização e pelos seus direitos de cidadãs, constituindo o supracitado empoderamento; portanto, é oportuno associá-lo à concepção feminista. A dissertação A Trajetória das Mulheres Camponesas na Agrovila Paulo Freire no Município de Mossoró-RN visa analisar a trajetória das mulheres da Agrovila Paulo Freire, Município de Mossoró-RN com o intuito de fomentar o empoderamento feminino camponês nos liames do trabalho, resultando em um documentário filmográfico que sirva de ferramenta pedagógica e identitária. Entretanto, cada uma traz em suas histórias de vida suas crenças, utopias e anseios. Diante disso, a pesquisa propõe-se a responder a seguinte questão de investigação: De que forma as histórias de vida das mulheres do campo têm influenciado as relações de trabalho e o desenvolvimento econômico e social na Agrovila Paulo Freire? A pesquisa é de cunho qualitativo descritiva e consta de um documentário que resgata a história de vida das mulheres participantes e do assentamento. A técnica utilizada na coleta de dados é a entrevista. No filme, suas histórias são recriadas para que outros assistam e compreendam suas individualidades, valores, culturas e lutas cotidianas. O documentário pode ser usado como um material didático na formação de professores, nas escolas ou outras instituições, mostrando ao telespectador uma forma de ‘ler’ a história, entender e compreender a realidade de maneira não dicotômica, não preto e branco, mas também a presença dos tons cinza. Nos resultados e discussões encontramos o elo entre o conhecimento formal e não formal.
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