Mudança no comportamento sexual dos jovens e aumento da vulnerabilidade às infecções sexualmente transmissíveis: uma revisão narrativa de literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23614

Palavras-chave:

Sexualidade; Adolescentes; ISTs; Educação sexual.

Resumo

Introdução: a adolescência vem sendo encarada no cenário brasileiro e mundial como um período de intensas e abruptas mudanças físicas, emocionais e principalmente comportamentais. Com o advento da AIDS e o emergir das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) – causas importantes de morbimortalidade no Brasil –, o sistema de saúde ampliou a visão dos fatores de risco associados às doenças transmissíveis e trouxe à discussão a questão da vulnerabilidade e sexualidade. Objetivo: explanar acerca das mudanças de comportamento sexual entre os jovens, mesmo perante maior debate sobre o tema, e a incidência de ISTs, que continua alta. Metodologia: trata-se de uma revisão narrativa de literatura. A pesquisa foi realizada através do acesso online nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e EBSCO Information Services, no mês de outubro de 2021. Resultados: há uma mudança significativa de comportamento dos jovens quanto à saúde sexual e ao modo como se relacionam com seus parceiros. Além disso, nota-se que a geração atual se expõe mais, haja vista que, devido ao advento da internet e, posteriormente, dos aplicativos de relacionamento, houve uma revolução sobre as formas de interação interpessoal, trazendo muitas facilidades, em especial para a população LGBTQIA+, que encontrou nestes instrumentos virtuais um espaço seguro de contato afetivo e sexual. Considerações finais: é importante que jovens sejam orientados em relação às suas práticas sexuais. Para além do estudo sobre anatomia, a educação sexual proporciona o acesso a informações sobre diferentes aspectos da sexualidade. A partir dela, pessoas se tornam aptas a exercerem seus desejos sexuais e reprodutivos, estando informados quanto à sua saúde, haja vista que a sexualidade é costurada por diversas dimensões, como a biológica, social e cultural.

Referências

Almeida, R., et al. (2017). Conhecimento de adolescentes relacionados às doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Rev. Bras. Enferm., 70 (5), 1033-1039.

Andrade, H., et al. (2009). Mudanças no comportamento sexual seguindo programa de educação sexual em escolas públicas brasileiras. Cadernos de Saúde Pública, 25 (5), 1168-1176.

Araújo, F., et al. (2019). Caracterização Das Infecções Sexualmente Transmissíveis Em Usuários Da Atenção Básica: Uma Revisão Integrativa. Revista Uningá, 54 (2), 204-221.

Camargo, E., et al. (2009). Adolescentes: conhecimento sobre sexualidade antes e depois de participar da prevenção oficinas. Ciência e Saúde Coletiva, 14 (3), 937-946.

Costa, A., et al. (2013). Vulnerabilidade de adolescentes escolares às DST/HIV, em Imperatriz. Rev. Gaúcha Enferm., 34 (3), 179-186.

Flora, M. C., et al. (2013). Intervenções de educação sexual em adolescentes: uma revisão sistemática da literatura. Revista de Enfermagem Referência, 3 (10), 125-134.

Ministério da Saúde (Tabnet). Departamento de informática do SUS. (2017). Brasília, DF. <http://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude>.

Moreira, G. B. C., et al. (2021). Adolescentes e as infecções sexualmente transmissíveis: comportamentos de risco e fatores contextuais que contribuem para o aumento da incidência no Brasil. Portal de Periódicos da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, 5 (1), 1-13.

Neves, R., et al. (2012). Simultaneidade de comportamentos de risco para infecções sexualmente transmissíveis em adolescentes brasileiros. Epidemiol Serv Saúde, 26 (5), 443-454.

Nogueira, F. J. S., et al. (2020). Educação sexual nas escolas: um desafio para os profissionais da saúde e educação. Revista Brasileira de Educação em Saúde, 10 (3), 146-155.

Pereira, C. S., et al. (2012). Projetos PET- Saúde e Educação para a Saúde: construindo saberes e práticas. Revista Brasileira de Educação Médica, 36 (1), 172-177.

Pinheiro, A. S., et al. (2017). A estratégia Saúde na Família e a escola na educação sexual: uma perspectiva de intersetorialidade. Revista Brasileira de Educação em Saúde, 5 (3), 803-822.

Pulga, V. (2019). A importância da educação sexual nas escolas: uma possibilidade de expandir os conhecimentos adquiridos no curso de medicina para a comunidade. Fronteira Sul, Passo Fundo. 13 p.

Ribeiro, J. M., et al. (2012). Atitudes face à sexualidade nos adolescentes num programa de educação sexual. Revista Psicologia, Saúde e Doenças, 13 (2), 340-355.

Santos, R. C., et al. (2010). Promoção da saúde sexual: desafios do Vale do São Francisco. Revista Psicologia & Saúde, 22 (3), 499-506.

Sousa, B., et al. (2018). Comportamento sexual e fatores associados em adolescentes da zona rural. Rev. Saúde Pública, 52 (39), 1-8.

Downloads

Publicado

09/12/2021

Como Citar

MIRANDA, L. D.; MORAIS, A. F. B. de .; TAVARES, A. P. G.; FIGUEIREDO, B. Q. de .; OLIVEIRA, E. C.; AMORIM, G. S.; OLIVEIRA, N. S. S.; OLIVEIRA, R. C. Mudança no comportamento sexual dos jovens e aumento da vulnerabilidade às infecções sexualmente transmissíveis: uma revisão narrativa de literatura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 16, p. e147101623614, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i16.23614. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/23614. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde