Percepções sobre educação especial e altas habilidades/superdotação entre psicológicos e estudantes de psicologia: algumas reflexões
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23632Palavras-chave:
Aluno superdotado; Processo de formação em psicologia; Concepções; Currículo.Resumo
Considerando as diferentes possibilidades de atuação da psicologia na educação especial, foi realizado um estudo exploratório sobre a percepção de psicólogos (n = 64) e estudantes de psicologia (n = 70) sobre esta área. Os participantes responderam a um questionário contendo duas partes. A primeira apresentava seis questões abertas e, a segunda, 14 mitos associados as altas habilidades/superdotação. Os resultados indicaram, de forma geral, lacunas na formação para atuar na temática, de modo a indicarem pouco preparo para atuar nessa área, devido à presença limitada de disciplinas e, consequentemente, o desconhecimento das práticas profissionais. Profissionais e estudantes indicaram a crença em mitos equivocados. Os participantes relataram ainda que não se sentem preparados para trabalhar com esse público, principalmente indivíduos superdotados. De modo geral, o estudo indicou a importância de uma reformulação da formação em psicologia para atuação na área da educação especial, a fim de que seus profissionais se sintam preparados para lidar com esse público específico que podem ser solicitados a atenderem em sua prática profissional.
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