Métodos alternativos para o ensino da anatomia humana: revisão sistematizada

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23641

Palavras-chave:

Revisão sistemática; Anatomia; Ensino superior; Metodologias alternativas.

Resumo

As metodologias alternativas para o ensino-aprendizagem têm se destacado no ensino da anatomia, pois, permite ao aluno um papel ativo no processo de aprendizagem o que é a procura do ensino por descoberta, buscando assim superar as limitações do ensino. Visando revisar sistematicamente na literatura os métodos didáticos mais utilizados na anatomia, foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed. Foram incluídos artigos originais que trabalharam a anatomia humana no ensino superior presencial, desde que tratassem o processo ensino-aprendizagem utilizando modelos educacionais alternativos. Foram encontrados 180 artigos no cruzamento dos seguintes descritores: “human anatomy”, “higher education”, “teaching” e “educational models”; dos quais 26 deles foram selecionados. Os estudos analisados demostraram a falta de continuidade nas pesquisas sobre a utilização de métodos alternativos no ensino de anatomia, e que a maioria desses trabalhos publicados são de instituições internacionais. Dos métodos de ensino citados nos estudos, foram variados envolvendo em sua maioria, as metodologias ativas. Os métodos de ensino de dissecação cadavérica e impressões 3D se destacaram quando comparadas com outras alternativas de ensino. Diante disso, os estudos identificados sobre metodologias alternativas para o ensino da anatomia humana indicam a eficiência desses métodos por estimularem a satisfação do discente pela disciplina e pelo aprendizado significativo.

Referências

Akle, V., Peña-Silva, R. A., Valencia, D. M., & Rincón-Perez, C. W. (2018). Validation of clay modeling as a learning tool for the periventricular structures of the human brain. Anatomical Sciences Education, 11(2): 137–145.

Alves, L., & Bianchin, M. A. (2010). O jogo como recurso de aprendizagem. Revista Psicopedagogia, 27(83), 282–287.

Amorim Junior, R. F. & Severi, R. (2018). A arte no ensino da cardiologia: relato da experiência do uso de massas moldáveis no aprendizado da anatomia normal e patológica do coração. Revista Brasileira de Educação Médica, 42(4):103–108.

Barbosa, E. F. & Moura, D. G. (2013). Metodologias ativas de aprendizagem na educação profissional e tecnológica. Boletim Técnico do Senac, 39 (2):48-67.

Bergman, E. M., & Bruin, A. B. H. (2015). Effects of learning content in context on knowledge acquisition and recall: a pretest-posttest control group design. BMC Medical Education, 15 (2):133 – 134.

Bergman, E. M., Sieben, J. M. & Smailbegovci. (2013). Constructive, collaborative, contextual, and self-directed learning in surface anatomy education. Anatomical Sciences Education, 6(2):114-24.

Bernardes, A. J. S. (2015). Anatomia e cirurgia. Revista Portuguesa de Cirurgia, (34):5-6.

Braid, F., & Williams, S. B. (2012). Design and validation of a novel learning tool, the ‘‘Anato-Rug,’’ for teaching equine topographical anatomy. Anatomical Sciences Education, 5(5):256-63.

Brasil (2001). Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 4, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2001.

Brinke, B. T., & Klitsie, P. J. (2014). Anatomy education and classroom versus laparoscopic dissection-based training: a randomized study at one medical school. Academic Medicine, 89 (5):806-810.

Codd, A. M., & Choudhury, B. (2011). Virtual reality anatomy: is it comparable with traditional methods in the teaching of human forearm musculoskeletal anatomy? Anatomical Sciences Education, 4(3):119-25.

Costa, G., & Costa, G. (2012). The corpse in the teaching of human anatomy: a methodological and bioethics overview. Revista Brasileira de Educação Médica, 39(3): 369-373.

Drake, R. L., & Mcbride, J. M. (2009). Medical education in the anatomical sciences: the winds of change continue to blow. Anatomical Sciences Education, 2(6): 253-259.

Estevez, M. E., & Lindgren, K. A. (2010). A novel three-dimensional tool for teaching human neuroanatomy. Anatomical Sciences Education; 3(6):309-17.

Fornaziero, C. C., & Gordan, P. A. (2010). O ensino da anatomia: integração do corpo humano e meio ambiente. Revista Brasileira de Educação Médica, 34(2):290-297.

Garcia, F. (2013). A importância do uso das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem. Educação a Distância, 3(1):25-48.

Gonsalvez, D., Ovens, M. & Ivanusic J. (2015). Does attendance at anatomy practical classes correlate with assessment outcome? A retrospective study of a large cohort of undergraduate anatomy students. BMC Medical Education, 15:231.

Gookin, J. L., & Foster, D. M. (2009). An animated model of reticulorumen motility. Journal of Veterinary Medical Education, 36(4):444-447.

Han, E. R., Chung, E. K. & Kwang-il nam, K. (2015). Peer-assisted learning in a gross anatomy dissection course. PLOS ONE, 13;10(11): :e0142988.

Haspel, C., & Motoike, H. K. (2014). The implementation of clay modeling and rat dissection into the human anatomy and physiology curriculum of a large urban community college. Anatomical Sciences Education , 7(1):38-46.

Inzunza, O., & D'acuña, E. (2003). Evaluación práctica de Anatomía. Rendimiento de los alumnos de primer año de medicina ante distintas formas de perguntar. International Journal of Morphology, 21(2):131-136.

Johnson, E., & Charchanti, A. (2012). Modernization of an anatomy class: from conceptualization to implementation. A case for integrated multimodal-multidisciplinary teaching. Anatomical Sciences Education, 5(6):354-366.

Jones, T. W., & Seckeler, M. D. (2017). Use of 3D models of vascular rings and slings to improve resident education. Congenital Heart Disease, 12(5):578-582.

Khalil, M. K., Paas, F., Johnson, T. E., Su, Y. K., & Payer, A. F. (2008). Effects of instructional strategies using cross sections on the recognition of anatomical structures in correlated CT and MR images. Anatomical Sciences Education, 1(2):75–83.

Keedy, A. W., Durack, J. C., Sandhu, P., Chen, E. M., O'sullivan, P. S. & Breiman, R. S. (2011). Comparison of traditional methods with 3D computer models in the instruction of hepatobiliary anatomy. Anatomical Sciences Education, 4(2):84-91.

Kooloos, J. G. M., & Schepens-Franke, A. N. (2014). Anatomical knowledge gain through a clay-modeling exercise compared to live and video observations. Anatomical Sciences Education, 7(6):420–429.

Knobe, M., & Carow, J. B. (2012). Arthroscopy or ultrasound in undergraduate anatomy education: a randomized cross-over controlled trial. BMC Medical Education, 12:85.

Ladage, L. D., Tornello, S. L., Vallejera, J. M., Baker, E. E., Yan, Y., & Chowdhury, A. (2018). Variation in behavioral engagement during an active learning activity leads to differential knowledge gains in college students. Advances in Physiology Education, 42(1):99–103.

Libâneo, J. C. (2013). Didática. 2. ed. São Paulo, SP: Cortez.

Li, Z., & Li, Z. (2015). Three-dimensional printing models improve understanding of spinal fracture—a randomized controlled study in China. Scientific Reports, 5(1):11570.

Lombardi, S. A., & Hicks, R. E. (2014). Are all hands-on activities equally effective? Effect of using plastic models, organ dissections, and virtual dissections on student learning and perceptions. Advances in Physiology Education, 38(1):80–86;

Masini, E. F. S., & Moreira, M. A. (2008). Aprendizagem significativa: condições para ocorrência e lacunas que levam a comprometimentos. São Paulo, SP: Vetor.

Matozinhos, I. P., & Madureira, A. A. C. (2017). Impressão 3D: inovações no campo da medicina. Revista Interdisciplinar Ciências Médicas, 1(1): 143-162.

Mclachlan, J. C., & Bligh, J. (2004). Teaching anatomy without cadavers. Medical Education, 38(4): 418-424.

Mclachlan, J., & Patten, D. (2006). Anatomy teaching: ghosts of the past, present and future. Medical Education, 40(3):243-253.

Miller, S. A., Perrotti, W., Silverthorn, D. U., Dalley, A. F. & Rarey, K. E. (2002). From college to clinic: reasoning over memorization is key for understanding anatomy. The Anatomical Record, 269(2):69-80.

Mitre, S. M., Siqueira-Batista, R., Girardi-de-Mendonça, J. M., Morais-Pinto, N. M., Meirelles, C. A. B., Pinto-Porto, C., Moreira, T., & Hoffmann, L. M. A. (2008). Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciência & Saúde Coletiva, 13(Suppl. 2), 2133–2144.

Montes, M. A. A., & Souza, C. T. V. (2008). Atuação de alunos universitários em espaço não formal de ensino: estratégia motivadora e integradora para o desenvolvimento de atividades práticas e assistenciais. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 1(2):63–79.

Montes, M. A. A., & Souza, C. T. V. (2010). Estratégia de ensino-aprendizagem de anatomia humana para acadêmicos de medicina. Ciências & Cognição, 15 (3):002-012.

Patel, K., & Moxham, B. (2005) Attitudes of professional anatomists to curricular change. Clinical Anatomy, 19(2):132-141.

Pontinha, C. M., & Soeiro, C. (2014). A dissecação como ferramenta pedagógica no ensino da Anatomia em Portugal. Interface - Comunicação Saúde Educação, 18(48):165-75.

Preece, D., & Williams, S. B. (2013). “Let’s Get Physical”: advantages of a physical model over 3D computer models and textbooks in learning imaging anatomy. Anatomical Sciences Education, 6(4):216–224.

Ruisoto, P., & Juanes, J. A. (2012). Experimental evidence for improved neuroimaging interpretation using three-dimensional graphic models. Anatomical Sciences Education, 5(3):132–137.

Salbego, C., & Oliveira, E. M. D. (2015). Percepções acadêmicas sobre o ensino e a aprendizagem em anatomia humana. Revista Brasileira Educação Médica, 39(1):23-31.

Serrat, M. A., & Dom, A. M. (2014). Independent learning modules enhance student performance and understanding of anatomy. Anatomical Sciences Education, 7(5) :406–416.

Severino, A. J. (2009). Pós-graduação e pesquisa: o processo de produção e de sistematização do conhecimento. Diálogo Educacional, 9(26): 13-27.

Silva A. V., & Aguiar Junior, O. (2010). O ser humano em sua dimensão biológica: metodologias ativas de ensino e de avaliação na graduação em saúde em um contexto interprofissional. PBL 2010 Congresso Internacional. São Paulo, Brasil.

Silva, R. A., & Silva, M. L. (2001). O ensino da anatomia através das artes cênicas. Arquivos da APADEC, 5(1):9–14.

Silva, K., & Santana, O (2012). Objetos de aprendizagem utilizados para o ensino da anatomia humana: uma revisão de literatura. Anais...São Luís: ABED.

Soares, M. H. F. B. (2008). Jogos e atividades lúdicas no ensino de química: teoria, métodos e aplicações. Guarapari, ES: Ex Libris.

Waters, J. R., & Meter, P. V. (2011). Human clay models versus cat dissection: how the similarity between the classroom and the exam affects student performance. Advances in Physiology Education, 35(2):227–236.

Wilcha, R-J. (2020). Effectiveness of virtual medical teaching during the COVID-19 crisis: systematic review. JMIR Medical Education, 6(2):e20963.

Downloads

Publicado

14/12/2021

Como Citar

ROCHA, D. P.; SILVA, K. G. A. da; MONTENEGRO, I. H. P. de M.; SCHWINGEL, P. A. Métodos alternativos para o ensino da anatomia humana: revisão sistematizada. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 16, p. e370101623641, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i16.23641. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/23641. Acesso em: 19 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão