Influência do trabalho de docência no bem-estar individual, qualidade de vida, e (in) atividade física de professoras do ensino fundamental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.23919

Palavras-chave:

Professores escolares; Qualidade de vida; Comportamento sedentário; Atividade motora.

Resumo

Introdução: O trabalho docente é imprescindível para sociedade, mas de alta exigência e baixa valorização o que pode interferir na saúde de docentes. Objetivo:  avaliar a influência do trabalho docente no estilo, qualidade de vida (QV), e nível de atividade física (AF) de professores. Métodos: Estudo transversal avaliou docentes do ensino fundamental de escolas públicas. Foram utilizados instrumentos autopreenchidos pelos participantes sobre o perfil profissional, massa corporal, estatura autorreferidos, e calculado o índice de massa corpórea (IMC), para o perfil do estilo de vida individual (PEVI) utilizou-se Pentáculo do Bem-estar, a QV foi avaliada pelo Questionário de Qualidade de Vida - SF-36, e o nível de AF pelo International Physical Activity Questionnaire – IPAQ. Resultados: Participaram 93 docentes do sexo feminino com idade média de (43,5 ±7,8) anos, IMC (26,9 ± 4,8), com carga horária semanal de (40,4 ± 13,4) horas e tempo de serviço de (16,5 ± 7,9) anos. Sobre PEVI, a nutrição (1,57 ± 0,8), AF (0,94 ± 0,9), e controle do estresse (1,68 ± 0,9. Em relação a QV estão próximas aos valores mínimos de referência. 73,2% das docentes foram classificadas pelo IPAQ como irregularmente ativas ou sedentárias. Não foram encontrados correlação entre as variáveis. Foi observado associação p(0,01) entre AF, tempo de docência e PEVI. Conclusão: Foi possível concluir que embora as professoras tenham sido consideradas com boa QV, a maioria foi classificada com sobrepeso, estilo de vida abaixo do nível saudável e insuficientemente ativas. Estratégias institucionais devem ser implantadas para prevenção do adoecimento docente.

Referências

American College Sports Medicine (2014). Diretrizes do ACMS para os testes de esforço e sua prescrição. Guanabara Koogan.

Berber, J. D. S. S., Kupek, E., & Berber, S. C. (2005). Prevalência de depressão e sua relação com a qualidade de vida em pacientes com síndrome da fibromialgia. Revista Brasileira de Reumatologia, 45 (2), 47-54.

Brito, W. F., Santos, C. L. D., Marcolongo, A. D. A., Campos, M. D., Bocalini, D. S., Antonio, E. L., & Serra, A. J. (2012). Nível de atividade física em professores da rede estadual de ensino. Revista de Saúde Pública, 46(1), 104-109.

Coutinho, R. X., Folmer, V., & Puntel, R. L. (2011). Estilo de Vida de professores de escolas públicas de Uruguaiana. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, 3(2).

da Silva, L. M. S., Pereira, F. D., Novello, T. P., & da Silva Silveira, D. (2018). Relação entre a desvalorização profissional e o mal-estar docente. RELACult-Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, 4.

de Oliveira, R. A. R., Júnior, R. J. M., Tavares, D. D. F., Moreira, O. C., Lima, L. M., dos Santos Amorim, P. R., & Marins, J. C. B. (2015). Prevalência de obesidade e associação do índice de massa corporal com fatores de risco em professores da rede pública. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, 17(6), 742-752.

Delcor, N. S., Araújo, T. M., Reis, E. J., Porto, L. A., Carvalho, F. M., Silva, M. O., & Andrade, J. M. D. (2004). Condições de trabalho e saúde dos professores da rede particular de ensino de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 20 (1), 187-196.

Felden Pereira, É., Stefani Teixeira, C., Pelegrini, A., Meyer, C., Andrade, R. D., & Lopes, A. D. S. (2014). Estresse relacionado ao trabalho em professores de educação básica. Ciencia & trabajo, 16(51), 206-210.

Ferreira-Costa, R. Q., & Pedro-Silva, N. (2019). Níveis de ansiedade e depressão entre professores do Ensino Infantil e Fundamental. Pro-Posições, 30.

de Farias, G., & Folle, A. (2012). Nível de qualidade de vida e de atividade física de professores de escolas públicas estaduais da cidade de Palhoça (SC). Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, 11(1), 11-21.

Gomes Moreira, Anne Samilly, Amorim Santino, Thayla, & Ferreira Tomaz, Alecsandra. (2017). Qualidade de Vida de Professores do Ensino Fundamental de urna Escola da Rede Pública. Ciencia & trabajo, 19(58), 20-25.

Lourenço, V. R., Valente, G. S. C., & Correa, L. V. (2020). Influências do trabalho na saúde mental docente da escola pública do Rio de Janeiro. Research, Society and Development, 9(6), e50963250-e50963250.

Moy, F. M., Hoe, V. C. W., Hairi, N. N., Buckley, B., Wark, P. A., Koh, D., & Bulgiba, A. M. (2014). Cohort study on clustering of lifestyle risk factors and understanding its association with stress on health and wellbeing among school teachers in Malaysia (CLUSTer)–a study protocol. BMC public health, 14(1), 1-9.

Nahas, M. A. F., & Física, V. A. (2001). Saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Midiograf.

Oliveira, R. A. R. D., Mota, R. J., Tavares, D. D. F., Moreira, O. C., Lima, L. M., Amorim, P. R. D. S., & Marins, J. C. B. (2015). Prevalence of obesity and association of body mass index with risk factors in public school teachers. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, 17(5), 742-752.

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.

Reis, E. J. F. B. D., Carvalho, F. M., Araújo, T. M. D., Porto, L. A., & Silvany Neto, A. M. (2005). Trabalho e distúrbios psíquicos em professores da rede municipal de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 21(5), 1480-1490.

Rezende, F. A. C., Rosado, L. E. F. P. L., Franceschinni, S. D. C. C., Rosado, G. P., & Ribeiro, R. D. C. L. (2010). The body mass index applicability in the body fat assessment. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 16(2), 90-94.

Ribeiro, V. S. M. (2018). Prevalência de sobrepeso e obesidade em professores da rede municipal da cidade de Vitória da Conquista-Bahia. Revista Brasileira de Saúde Funcional, 6(1), 31-31.

Rocha, S. V., Cardoso, J. P., Santos, C. A. D., Munaro, H. L. R., Vasconcelos, L. R. C., & Petroski, E. L. (2015). Sobrepeso/obesidade em professores: prevalência e fatores associados. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, 17(4), 450-459.

Secretaria Municipal da Educação. Educação (2021). Escolas municipais. http://www.barretos.sp.gov.br/secretaria-educacao

Silva, L. O., Baia, F., Romanholo, R. A., & Soares, W. N. (2015). Nível de sedentarismo em professores do ensino regular da rede pública do município de Cacoal-RO. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício (RBPFEX), 9(52), 166-174.

Silveira, K. A., Enumo, S. R. F., Paula, K. M. P. D., & Batista, E. P. (2014). Estresse e enfrentamento em professores: uma análise da literatura. Educação em Revista, 30(4), 15-36.

Taft, C., Karlsson, J., & Sullivan, M. (2001). Do SF-36 summary component scores accurately summarize subscale scores? Quality of Life Research, 10(5), 395-404.

Vieira, M. R. M., Magalhães, T. A. D., Silva, R. R. V., Vieira, M. M., Paula, A. M. B. D., Araújo, V. B., & Haikal, D. S. A. (2020). Hipertensão Arterial e trabalho entre docentes da educação básica da rede pública de ensino. Ciência & Saúde Coletiva, 25, 3047-3061.

Downloads

Publicado

01/01/2022

Como Citar

CIRILO , J. C. .; OLIVEIRA, D. M. de .; FERNANDES, E. V. .; MACEDO , A. G. .; SANTOS, D. dos . Influência do trabalho de docência no bem-estar individual, qualidade de vida, e (in) atividade física de professoras do ensino fundamental . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 1, p. e1511123919, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i1.23919. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/23919. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde