Nutrição e tensão pré-menstrual: preferências alimentares e aspectos fisiológicos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24158Palavras-chave:
Síndrome Pré-Menstrual; Terapia nutricional; Ciclo menstrual.Resumo
O estudo tem como objetivo utilizar a literatura como referência para discorrer acerca de aspectos importantes sobre a temática da Tensão pré-menstrual, de forma abrangente e organizada, com enfoque nutricional. Trata-se de um uma revisão integrativa, em que a busca foi realizada nas bases de dados: Pubmed, LILACS e SciELO, utilizando os seguintes descritores disponíveis nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Síndrome pré-menstrual, Terapia nutricional e Comportamento alimentar. Foram utilizados os operadores booleanos “AND” e “OR”, realizando diferentes combinações. Durante o período reprodutivo da mulher, muitos dos problemas que afetam sua saúde estão associados com as oscilações hormonais relacionadas ao período menstrual. Durante essa fase algumas mulheres podem apresentar diversos sintomas, como: depressão, ansiedade, cólicas, irritabilidade, fadiga, mudança comportamental, cefaléia, dores musculares e retenção hídrica. Nesse sentido, é necessário verificar a influência alimentar na saúde da mulher durante esse período e como essas mudanças afetam sua rotina. A alteração do comportamento alimentar é comum nos dias de TPM, pois há intensificação do interesse por alimentos ultraprocessados, que são ricos em açúcares e gorduras, o que pode ocasionar consequências negativas para a saúde da mulher. Assim, é preciso que as mulheres busquem manter uma boa alimentação e o controle do estresse. Uma dieta composta por hortaliças, fontes de proteína magra, grãos integrais e alimentos com baixo teor de lipídeos, pode contribuir para alívio nos sintomas. Portanto, é lícito que uma alimentação equilibrada em macro e micronutrientes afeta de forma positiva a saúde da mulher no seu ciclo menstrual.
Referências
Alves, M. H. F., Ribeiro, G. O., Vitorino, G. d. S., Andrade, A. A. d., Uchoa, E. P. B. L., & Carvalho, V. C. P. d. (2019). Prevalência da tensão pré-menstrual entre universitárias. Fisioterapia Brasil, 20(3), 392-399.
Cozzolino, S. M. F. (2016). Biodisponibilidade de nutrientes (5a ed.). Editora Manole.
Maia, M. d. S., Aguiar, M. I. F. d., Chaves, E. S., & Rolim, I. L. T. P. (2014). Qualidade de vida de mulheres com tensão pré-menstrual a partir da escala WHOQOL-BREF. Ciência, Cuidado e Saúde, 13(2), 236-244.
Mattia, A. L. d., Telles, B., Santos, C. A. M., & Bernauer, M. C. (2008). Síndrome pré-menstrual: influências na equipe de enfermagem de centro cirúrgico. O Mundo da Saúde, 32(4), 495-505.
De Oliveira, D. R., Bicalho, A. H., Davis, L. G., Brito, D. A. A., Davis, P. S., & dos Santos, L. C. (2013). Síndrome pré-menstrual e aspectos relacionados à antropometria e ao comportamento alimentar. O Mundo da Saúde, 37(3), 280-287.
Febrasgo. (2018). Tensão Pré-Menstrual – Critérios para diagnóstico. Recuperado em 19 de março, 2021, em https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/422-tensao-pre-menstrual-criterios-para-diagnostico.
Febrasgo. (2017) Tensão Pré-menstrual. Recuperado em 19 de março, 2021, em https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/44-tensao-pre-menstrual.
Freitas, G.B. L. (2021). Pesquisa e Ações em Saúde Pública (2°ed) (Cap 8, pp 65- 74). Editora Pasteur.
Gaion, P. A., & Vieira, L. F. (2010). Prevalência de síndrome pré-menstrual em atletas. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 16, 24-28.
Geleski, A. C., Benincá, S. C., Vieira, D. G., de Freitas, S. P., & Mazur, C. E. (2018). Sintomas envolvidos, consumo alimentar e estado nutricional de universitárias durante o período menstrual. Revista de Atenção à Saúde (ISSN 2359-4330), 16(56), 5-11.
Guyton, A. C. & Hall, J. E (2011). Tratado de fisiologia médica (12a ed). Editora Elsevier.
Hashim, M. S., Obaideen, A. A., Jahrami, H. A., Radwan, H., Hamad, H. J., Owais, A. A., ... & Al-Yateem, N. (2019). Premenstrual syndrome is associated with dietary and lifestyle behaviors among university students: A cross-sectional study from Sharjah, UAE. Nutrients, 11(8), 1939.
Leporace, C., Garcia, F. (2009) . TPM Sem Tensão. Recuperado em 21 de março, 2021, em https://www.endocrino.org.br/tpm-sem-tensao/.
Lete, I., Dueñas, J. L., Serrano, I., Doval, J. L., Martínez-Salmeán, J., Coll, C., & Arbat, A. (2011). Attitudes of Spanish women toward premenstrual symptoms, premenstrual syndrome and premenstrual dysphoric disorder: results of a nationwide survey. European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology, 159(1), 115-118.
Mahan, L. K.& Raymond, J. L (2018). Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia (14a ed). Editora Elsevier
Marván, M. L., & Cortés-Iniestra, S. (2001). Women's beliefs about the prevalence of premenstrual syndrome and biases in recall of premenstrual changes. Health Psychology, 20(4), 276.
Matsumoto, T., Ushiroyama, T., Kimura, T., Hayashi, T., & Moritani, T. (2007). Altered autonomic nervous system activity as a potential etiological factor of premenstrual syndrome and premenstrual dysphoric disorder. BioPsychoSocial medicine, 1(1), 1-8.
Moore, K. L. & Persaud, T. V. N. (2013). Embriologia Básica (8a ed). Editora Elsevier.
Nelson, D. L.& Cox, M. M (2014). Princípios de Bioquímica de Lehninger. Editora Artmed.
Nogueira, C. W. M., & Pinto e Silva, J. L. (2000). Prevalência dos sintomas da síndrome pré-menstrual. Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia, 22(6), 347-351.
Orra, L. N., & Ferraz, R. R. N. (2019). Avaliação dos aspectos nutricionais e preferências alimentares relacionadas à tensão pré-menstrual. International Journal of Health Management Review, 5(2), 1-7.
Projeto Diretriz (2011). Associação Médica Brasileira. Conselho Federal de Medicina. Tensão Pré-menstrual. Recuperado em 19 de março, 2021, em https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/tensao_pre_menstrual.pdf.
Santos, L. A. S. D., Soares, C., Dias, A. C. G., Penna, N., Castro, A. O. D. S., & Azeredo, V. B. D. (2011). Estado nutricional e consumo alimentar de mulheres jovens na fase lútea e folicular do ciclo menstrual. Revista de Nutrição, 24(2), 323-331.
Sbem. Síndrome Pré-Menstrual (SPM). Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 2009. Disponível em: <https://www.endocrino.org.br/sindrome-pre-menstrual-spm/>. Acesso em: 20 de março de 2021.
Sgob. (Org.) (2017). Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. Brasília: Luan Comunição. Disponível: http://www.sgob.org.br/wp-content/uploads/2017/10/ManualSGOBdigital11102017.pdf.
Silva, C. M. L. D., Gigante, D. P., Carret, M. L. V., & Fassa, A. G. (2006). Estudo populacional de síndrome pré-menstrual. Revista de Saúde Pública, 40(1), 47-56.
Silveira, A. D., Vieira, E., Leão, D. M., Nicorena, B. P. B., Rodrigues Ferreira, R., & Sandoval Longoria, E. (2014). Síndrome de tensión pre-menstrual observada en usuarias del ambulatorio municipal de salud de la mujer. Enfermería Global, 13(35), 63-73.
Silverthorn, D. U (2017). Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada (7a ed). Editora Artmed.
Souza, L. B. D., Martins, K. A., Cordeiro, M. M., Rodrigues, Y. D. S., Rafacho, B. P. M., & Bomfim, R. A. (2018). Do food intake and food cravings change during the menstrual cycle of young women?. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 40, 686-692.
Tolossa, F. W., & Bekele, M. L. (2014). Prevalence, impacts and medical managements of premenstrual syndrome among female students: cross-sectional study in college of health sciences, Mekelle University, Mekelle, Northern Ethiopia. BMC women's health, 14(1), 1-9.
Tortora, G. J. & Derrickson, B (2016). Princípios de anatomia humana (14a ed).Editora Guanabara Koogan.
Valadares, G. C., Ferreira, L. V., Correa Filho, H., & Romano-Silva, M. A. (2006). Transtorno disfórico pré-menstrual revisão: conceito, história, epidemiologia e etiologia. Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo), 33, 117-123.
Vasconcelos, M. I. L. ., Fernandes, H. M. A., Barbosa, E. da S., Grangeiro, R. F. de O. ., Sena, D. B. G. de ., Lopes, V. C. B. ., Sandes, M. de O. ., Sousa, L. S. de, Oliveira, R. G. de, Tabosa, V. L. ., & Firmino , L. A. R. G. . (2021). Nutrition and chronic kidney disease (CKD): Presentation of new recommendations and food standards by the last scientific evidence. Research, Society and Development, 10(6), e28610615891.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Francisca Karoline da Costa Silva; Moisés Iasley Lima Vasconcelos; Igor de Codes Soares; Lorena Lopes Brito; João Emanuel Dias Tavares; Natan Ivens Castro de Sousa; Luthyane Andrade Nascimento; Francisca Bianca Silva Araújo; Yasmin Dias Pinto Bezerra
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.