Estratégias e desafios enfrentados por profissionais das técnicas radiológicas no atendimento ao paciente surdo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24222

Palavras-chave:

Comunicação efetiva; Pacientes surdos; Profissionais das técnicas radiológicas.

Resumo

O acesso a serviços essenciais à vida pela comunidade surda é um grande desafio na vida dos mesmos, devido a dificuldade comunicativa encontrada nesses ambientes. O serviço de saúde é um dos principais, por ser um serviço que a comunicação se faz indispensável para o sucesso do atendimento. Devido a isso, o objetivo da pesquisa é conhecer como se dá a comunicação entre pacientes surdos e o profissional das técnicas radiológicas durante a realização de exames de imagem e terapias radiológicas. A partir disso foi realizado um estudo de caráter descritivo com abordagem quantitativa, envolvendo 82 profissionais das técnicas radiológicas, que foram entrevistados entre 18/05/2021 à 28/05/2021 pela plataforma Google Forms, de acordo com os preceitos da Resolução 466/12. Os profissionais entrevistados são maiores de 18 anos e já haviam realizado atendimento de saúde a paciente surdos durante o exercício da sua profissão. Os resultados obtidos apontaram que a comunicação entre esse profissional e paciente surdo é realmente uma barreira comunicativa, mas que é superada a partir da utilização de estratégias de comunicação do tipo espaço-visual, e que a maioria dos profissionais das técnicas radiológicas acreditam na necessidade de capacitação em Libras, a fim de oferecer um melhor atendimento. Por fim, é possível concluir que a partir da utilização de diversos métodos bem como do auxílio do acompanhante, a maioria dos exames de imagem/terapias radiológicas foram realizadas com êxito. Porém, esse resultado não exclui a necessidade de capacitação em Libras, indispensável para melhor eficiência no atendimento ao surdo.

Referências

Araujo, A.M. et al. (2019). A dificuldade no atendimento médico às pessoas surdas. Revista Interdisciplinar Ciências Médicas, 3(1), 3-9.

Brasil. (2002). Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e da outras providencias. Brasília. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm>

Britto, F. R. & Samperiz, M. M. F. (2010). Dificuldades de comunicação e estratégias utilizadas pelos enfermeiros e sua equipe na assistência ao deficiente auditivo. Einstein, 8(1), 80-85.

Cardoso, A. H. A., Rodrigues, K.G. & Bachion, M.M. (2006). Percepção da pessoa com surdez severa e/ou profunda acerca do processo de comunicação durante seu atendimento de saúde. Rev Latino-am Enfermagem, 14(4), 553-560.

Chaveiro, N., Barbosa, M. A. & Porto, C. C. (2008). Revisão de literatura sobre o atendimento ao paciente surdo pelos profissionais da saúde. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 42(3), 578-583.

Chaveiro, N. et al. (2010). Atendimento à pessoa surda que utiliza a língua de sinais, na perspectiva do profissional da saúde. Revista Cogitare Enfermagem, 15(4), 639-645.

Duarte, M.L.C. & Noro, A. (2013). Humanização do atendimento no setor de radiologia: dificuldades e sugestões dos profissionais de enfermagem. Revista Cogitare Enfermagem,18(3), 532-538.

Falqueto, J.M.Z, Farias, J.S. & Hoffmann, V.E. (2018). Saturação teórica em pesquisas qualitativas: relato de uma experiência de aplicação em estudo na área de administração. Revista de Ciências da Administração, 20(52), 40-53.

Gatto, C.I. & Tochetto, T.M. (2007). Deficiência auditiva infantil: implicações e soluções. Rev. CEFAC, 9(1), 110-115.

Lins, L. (2018). Os obstáculos que as mulheres enfrentam nas práticas radiológicas. <http://conter.gov.br/site/noticia/especial-4>

Magrini, A.M. & Santos, T.M.M. (2014). Comunicação entre funcionários de uma unidade de saúde e pacientes surdos: um problema? Distúrb comum, 26(3), 550-558.

Oliveira, Y.C.A., Celino, S.D.M. & Costa, G.M.C. (2015). Comunicação como ferramenta essencial para assistência à saúde dos surdos. Revista Physis, 25(1), 307-320.

Pagliuca, L.M.F., Fiuza, N.L.G. & Rebouças, C.B.A. (2007). Aspectos da comunicação da enfermeira com o deficiente auditivo. Rev. esc. enferm. USP, 41(3), 411-418.

Pereira, A. A. C. et al. (2020). “Meu Sonho É Ser Compreendido”: Uma Análise da Interação Médico-Paciente Surdo durante Assistência à Saúde. Rev. bras. educ. med, 44(4), 1-9.

Prodanov, C.C. & Freitas, E.C. (2013). Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. Rio Grande do Sul: Feevale.

Reis, V. S. L. & Santos, A. M. (2019). Knowledge and experience of Family Health Team professionals in providing healthcare for deaf people. Rev. CEFAC, 21(1), 1-8.

Rezende, R.F., Guerra, L.B. & Carvalho, S.A.S. (2021). A perspectiva do paciente surdo acerca do atendimento à saúde. Revista CEFAC, 23(2), 1-10.

Santos et al. (2019). Distribuição de equipamentos de diagnóstico por imagem no âmbito do SUS: um panorama do estado da Bahia, Brasil. Rev. Bras. Pesq. Saúde, 21(4), 75-83.

Silva, M. L. et al. (2021). As dificuldades encontradas na assistência à saúde às pessoas com surdez. Research, Society and Development, 10(2), e38910212372.

Soares, I.P. et al. (2018). Como eu falo com você? A comunicação do enfermeiro com o usuário surdo. Revista Baiana de Enfermagem, 32, e25978.

Souza, M. F. N. S. et al. (2017). Principais dificuldades e obstáculos enfrentados pela comunidade surda no acesso à saúde: uma revisão integrativa de literatura. Rev. CEFAC, 19(3), 395-405.

Souza, M.T. & Porrozzi, R. (2009). Ensino de Libras para os profissionais da saúde: uma necessidade premente. Revista Práxis, 1(2), 43-46.

Tedesco, J. R. & Junges, J. R. (2013). Desafios da prática do acolhimento de surdos na atenção primária. Cadernos de Saúde Pública, 29(8), 1685-1689.

Downloads

Publicado

20/12/2021

Como Citar

ROCHA, B. D. A.; TAUMATURGO , I. de C. B. .; GUIMARÃES, C. P. . Estratégias e desafios enfrentados por profissionais das técnicas radiológicas no atendimento ao paciente surdo . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 17, p. e43101724222, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i17.24222. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24222. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde