Internações hospitalares por doença hemolítica do recém-nascido no estado do Piauí, entre 2014 e 2019
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24240Palavras-chave:
Eritroblastose fetal; Brasil; Saúde pública.Resumo
A Doença Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido (DHFRN) é causada pela aloimunização materna aos antígenos dos eritrócitos, no qual há destruição dos eritrócitos fetais e neonatais, levando à hemólise fetal e outros agravos que devem ser acompanhados por uma equipe multiprofissional, o que demanda gastos para o sistema público de saúde. Este trabalho objetivou descrever as internações pela DHFRN no estado do Piauí no período entre 2014 e 2019. É um estudo descritivo quali-quantitativo que fez uso de dados secundários para descrever as internações por DHFRN, no estado do Piauí entre os anos de 2014 a 2019. No período estudado houve um total de 70 internações devido à DHFRN o que representa apenas 0,40% das internações ocorridas em todo o país no mesmo ano. A média de permanência dessas internações é de 5,4 dias, enquanto que a média de custos é de R$ 506,24. No Brasil, houve 64 óbitos em relação a essas internações e ao período em questão, sendo que nenhuma delas ocorreu no Piauí. Percebe-se, então, que há necessidade de realizar mais estudos desse tema para ter conhecimento da real natureza dos casos de DHFRN no estado do Piauí. Não é possível inferir se ocorre subnotificação dos casos ou se de fato há um número menor de ocorrências. Além disso, em 2018 houve um aumento dissonante do número de casos no Litoral, e não há registros na literatura que ajudem a justificar esse acréscimo.
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