Comparativo em relação a incidência de sífilis congênita e sífilis gestacional nos últimos 5 anos no estado do Piauí
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24301Palavras-chave:
Incidência; Sífilis congênita; Sífilis gestacional.Resumo
Sífilis é uma doença infecciosa crônica com a sua prevalência descrita desde da antiguidade e embora seu agente etiológico e também as medidas de tratamento sejam amplamente conhecidas, a sífilis ainda é um grande problema de saúde pública em todo o mundo, principalmente em países com recursos limitados associados a baixos investimentos na atenção primária à saúde. Diante do exposto a presente pesquisa teve por objetivo estimar um comparativo em meio a incidência de sífilis congênita e sífilis gestacional. Os dados epidemiológicos a respeito do agravo foram obtidos através do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). A partir dos dados analisados, observou-se que a sífilis gestacional continua com uma alta incidência no nordeste brasileiro, tendo o seu pico no ano de 2018, dentre as gestantes a maioria se encontra na faixa etária de 20 a 29 anos de idade. Para a sífilis congênita no estado do Piauí, a maioria dos casos reportados são de sífilis congênita recente (93%), detectada principalmente durante o pré-natal, que acaba contribuindo para baixos índices de mortalidade durante o pré-natal, que se apresenta como uma estratégia que contribui para baixos índices de mortalidade relacionados ao agravo no estado do Piauí. Por fim, pode-se concluir que se faz necessária a adoção de novas estratégias que resulte em uma assistência à gestante efetiva no decorrer do pré-natal com vistas ao adequado acompanhamento e diagnóstico oportuno para a sífilis desse grupo da população, uma vez que como consequência resultará na redução da incidência da sífilis congênita através do controle mais efetivo da sífilis gestacional.
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