A identificação da depressão infanto-juvenil: principais desafios encontrados na atenção primária à saúde
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24418Palavras-chave:
Diagnóstico precoce; Tentativa de suicídio; Transtorno depressivo.Resumo
A depressão é um transtorno mental caracterizado por transtornos de humor, ocasionados pela interação de fatores sociais, físicos e ambientais que mais afeta a população mundial. A intensidade dos sintomas pode causar ao paciente problemas sociais e psicológicos, os quais podem levar o indivíduo ao suicídio. Condições orgânicas e mentais, além de exigências sociais e familiares, tornam a população infanto-juvenil vulnerável ao desenvolvimento da depressão. A ausência de estudos e ferramentas padronizadas torna o diagnóstico difícil e tardio, potencializando danos ao paciente. Propusemos apresentar nesta revisão de caráter qualitativo e descritivo, uma análise crítica e detalhada dos estudos publicados nos últimos dez anos relacionados à depressão infanto-juvenil, principais ferramentas validadas utilizadas e as dificuldades no diagnóstico precoce. Foram realizadas buscas nas plataformas Scielo®, MedLine® e PubMed® utilizando-se descritores correlatos. Após critérios de inclusão e exclusão, 22 artigos foram selecionados para integrar esta revisão. Os estudos demonstram que a associação entre ferramentas de análise, como a entrevista semiestruturada, e a detecção dos sintomas através da análise cautelosa e criteriosa por psicólogos e médicos facilitam a suspeita deste diagnóstico nessa faixa etária. Assim, as informações apresentadas nesta revisão são importantes para que profissionais da saúde tenham melhor compreensão dos sintomas e as ferramentas validadas mais precisas para o diagnóstico da depressão infanto-juvenil.
Referências
Academia Nacional de Medicina (2016, maio 31). Depressão. http://www.anm.org.br/depressao/.
Araújo, C. G. S., Corrêa, I. F., & Moreira, I. B. (2019). Relação fisiopatológica entre a depressão e a ansiedade associada ao suicídio e outras possíveis consequências. Principais transtornos psíquicos na contemporaneidade, 53.
Baptista, M. N. (2017). Escala Baptista de Depressão - Versão Infanto-Juvenil (EBADEP-IJ). HOGREFE.
Baptista, M. N., Borges, L., & Serpa, A. L. L. (2017). Gender and age-related differences in depressive symptoms among Brazilian children and adolescents. Paideia, 27(68), 46-53.
Barros, M. B. A. (2017). Depressão e comportamentos de saúde em adultos brasileiros–PNS 2013. Revista de Saúde Pública, 51, 8-10.
Borges, L., Baptista, M. N., & Serpa, A. L. L. (2017). Structural analysis of depression indicators scale-children and adolescents (BAID-IJ): A bifactor, ESEM approach. Temas em Psicologia, 25(2), 545-552.
Carbonara, A., Silva, A. F., Maximiano, C. R., Da Silva, D. G., & da Silva Delvan, J. (2012). Depressão infantil: estudo com psicólogos de um centro de atenção psicossocial infanto-juvenil. Revista Estudos, 16(16), 229-257.
Cardoso, C. (2018). Propriedades psicométricas da bateria de avaliação de indicadores da depressão infantojuvenil (BAID-IJ) (Tese de Doutorado). Universidade São Francisco, Itatiba, São Paulo, Brasil. http://www.usf.edu.br/ppg/teses.vm?lang=br
Coutinho, M. P. L., Oliveira, M. X., Pereira, D. R., & Santana, I. O. (2014). Indicadores psicométricos do Inventário de Depressão Infantil em amostra infanto-juvenil. Revista Avaliação Psicológica, 13(2), 269- 276.
Franco, E. C. (2020). Bullying na adolescência: percepções e estratégias de enfrentamento de jovens institucionalizados (as). Revista Saúde & Ciência online, 9(3), 5-17.
Gil, A. C. (1991). Como elaborar projetos de pesquisa. (3a ed.), Atlas.
Girgus, J. S., & Yang, K. (2015). Gender and depression. Current Opinion in Psychology, 4, 53-60.
Grendene, F., Baptista, M. N., & Hauck Filho, N. (2018). Análise via tri da Escala Baptista de Depressão infanto-Juvenil e do inventário de Depressão infantil. Psico, 49(4), 339-347.
Huttel, J., Kisxiner, K. A., Bonetti, R. A., & Rosa, M. I. P. D. (2010). A depressão infantil e suas formas de manifestação. Psicologia Argumento, 29(64), 11-22.
James, S. L., Abate, D., Abate, K. H., Abay, S. M., Abbafati, C., Abbasi, N., & Briggs, A. M. (2018). Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 354 diseases and injuries for 195 countries and territories, 1990–2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017. The Lancet, 392(10159), 1789-1858.
Kaufman, J., Birmaher, B., Axelson, D., Perpletchikova, F., Brent, D., & Ryan, N. (2016). The schedule for affective disorders and schizophrenia for school-age children – present and lifetime version for DSM5 (K-SADS-PL-DSM5). Pittsburgh: Western Psychiatric Institute and Clinic.
Kolvalski, A. (2015). An economic theory of suicide. The journal of political economy, 82(1), 83-98.
Loades, M. E., Read, R., Smith, L., Higson-Sweeney, N. T., Laffan, A., Stallard, P., & Crawley, E. (2020). How common are depression and anxiety in adolescents with chronic fatigue syndrome (CFS) and how should we screen for these mental health co-morbidities? A clinical cohort study. European Child & Adolescent Psychiatry, 1-11.
Lowen, A. (1983). O corpo em depressão (Vol. 19). Grupo Editorial Summus.
Nunes, D., Santos, L., Faro, A., & Baptista, M. N. (2020). Evidências de Validade da Escala de Autoeficácia da Bateria de Avaliação de Indicadores da Depressão Infantojuvenil. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 20(3), 878-898.
OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. (2017). Depressão. <https://www.paho.org/pt/topicos/depressao>.
Rech, R. R., Halpern, R., Tedesco, A., & Santos, D. F. (2013). Prevalence and characteristics of victims and perpetrators of bullying. Journal of Pediatria, 89(2), 164-170.
Simmons, M., Wilkinson, P., & Dubicka, B. (2015). Measurement Issues: Depression measures in children and adolescents. Child and Adolescent Mental Health, 20(4), 230-241.
Spence, S. H. (2018). Assessing anxiety disorders in children and adolescents. Child and Adolescent Mental Health, 23(3), 266-282.
Schwan, S., & Ramires, V. R. R. (2011). Depressão em crianças: uma breve revisão de literatura. Revista Psicologia Argumento, 29(67), 457-468.
Thiengo, D. L., Cavalcante, M. T., & Lovisi, G. M. (2014). Prevalência de transtornos mentais entre crianças e adolescentes e fatores associados: Uma revisão sistemática. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 63(4), 360-372.
WHO. World Health Organization. (2020). Depression. http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs369/en/>.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Ana Clara Marcondes Plastina; Ridiney Santos Oliveira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
