Pessoas com esquizofrenia: percepção acerca da discriminação e do estigma
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2444Palavras-chave:
Esquizofrenia; Estigma Social; Discriminação Social; Enfermagem Psiquiátrica; Transtornos Mentais.Resumo
Concomitante às alterações no comportamento por pessoas com esquizofrenia, os comportamentos discriminatórios, impulsionados pelo preconceito, são reais na sociedade atual, mesmo após o movimento de Reforma Psiquiátrica. Nesta perspectiva, este estudo teve por objetivo identificar a ocorrência dos fenômenos do estigma e da discriminação no cotidiano de pessoas com esquizofrenia. Trata-se de estudo transversal, com abordagem qualitativa, realizado com 12 pessoas com esquizofrenia, com vínculo em um Centro de Atenção Psicossocial de cidade do centro-oeste do estado de São Paulo. A coleta de dados se deu no período de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019, por meio de entrevista com instrumento semiestruturado, elaborado pelos autores. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo temática. Todos os participantes da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa. A autopercepção dos participantes sobre a vivência de discriminação e/ou estigma foi afirmada por 8 (66,7%) dos participantes, e esteve presente em todas as situações pesquisadas. Foram organizadas duas categorias com suas unidades temáticas. As categorias foram: 1- A experiência do preconceito e estigma na condição de pessoa com esquizofrenia, e 2 - Desafios relacionados à condição de ser uma pessoa com esquizofrenia. Observa-se que permanece e impera na sociedade, nos profissionais de saúde e na própria pessoa com transtorno a estigmatização com discriminação dirigida a pessoas com transtornos mentais, incluindo a esquizofrenia. É real, agressivo e destrutivo o comportamento social estigmatizador e discriminatório endereçado às pessoas com esquizofrenia.
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