Identificação de lesão renal aguda em unidade de terapia intensiva: parâmetros para avaliação clínica de enfermagem
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2451Palavras-chave:
Insuficiência renal aguda; Creatinina; Unidade de terapia intensiva; Enfermagem.Resumo
Este estudo teve como objetivo identificar a prevalência de lesão renal aguda em pacientes de unidade de terapia intensiva por meio da avaliação isolada da elevação da creatinina sérica e da aplicação clínica da classificação de disfunção renal Acute Kidney Injury Network. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo realizado em unidade de terapia intensiva de um hospital especializado em cardiologia. Foram obtidas informações a partir dos registros de prontuário clínico e laboratorial. Para definição da lesão renal aguda foram adotados os critérios de elevação nos valores de creatinina sérica e critérios de classificação Acute Kidney Injury Network. A amostra final envolveu 79 pacientes, com média de idade de 59,8 (DP=13,5) anos, tendo como principais comorbidades hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca congestiva, diabetes mellitus e doença de chagas. A prevalência de lesão renal aguda foi de 63,3% na avaliação da creatinina sérica isolada, enquanto que, pelos critérios Acute Kidney Injury Network identificou-se 77,2%. Conclui-se que o critério Acute Kidney Injury Network apresenta melhor estratificação de lesão renal aguda do que a creatinina isolada e pode servir como instrumento de avaliação em pacientes críticos. Por se tratar de um método composto por parâmetros de avaliação usuais em unidade de terapia intensiva, o mesmo pode ser incorporado pelo enfermeiro em sua avaliação clínica.
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