Programas de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde: avaliação de indicadores de estrutura e processo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24537

Palavras-chave:

Infecção Hospitalar; Programa de Controle de Infecção Hospitalar; Avaliação de serviços de saúde.

Resumo

Este estudo possui o objetivo de avaliar os Programas de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde em oito hospitais municipais de São Luís - MA. Trata-se de estudo descritivo e exploratório, quantitativo, realizado em 2020, por meio de aplicação de um instrumento constituído por quatro indicadores clínicos, sendo dois de estrutura (Estrutura Técnico-Operacional do Programa de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde e Diretrizes Operacionais de Controle e Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde) e dois de processos (Sistema de Vigilância Epidemiológica de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde e Atividades de Controle e Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde). O indicador que avalia as diretrizes operacionais apresentou a maior média de conformidade (70,5%), seguido do indicador que avalia a estrutura técnico-operacional (68,8%). Os indicadores de estrutura apresentaram menor conformidade (37,5%) nos componentes reuniões com lideranças e gestores, espaço físico exclusivo para suas atividades e padronização de soluções germicidas e antissépticos. Os indicadores de processo apresentaram menores índices nos componentes relacionados à realização de relatórios relativos às infecções hospitalares (37,5%) e realização de atividades de controle e prevenção no setor de nutrição e dietética (12,5%).  Os serviços avaliados apresentam melhor desempenho nos indicadores de estrutura e denotam fragilidade quanto às atividades essenciais para prevenção de infecções hospitalares, como realização de vigilância epidemiológica e desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle destas infecções em diversos setores do hospital.

Referências

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2010). Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. Brasília (DF): Anvisa.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2018). Nota Técnica Nº01/2018 GVIMS/GGTES/ANVISA: orientações gerais para higiene das mãos em serviços de saúde. Brasília (DF): Anvisa.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2021). Iras e resistência microbiana: formulários para notificação. https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/iras-e-resistencia-microbiana-formularios-para-notificacao.

Alves, D. C. I., & Lacerda, R. A. (2015). Avaliação de programas de controle de infecção relacionada a assistência à saúde de hospitais. Rev Esc Enferm USP., 49(Esp), 65-73. DOI: 10.1590/S0080-623420150000700010.

Bordignon, R. P., Schuh, L. X., Cremonese, L., Merenhque, C. L., Fagundes, P. T., & Barreto, C. N. (2020). Saberes e práticas de enfermeiros intensivistas no controle da infecção hospitalar. Research, Society and Development, 9(7), 1-17, e327974094.

Brasil. (1997). Ministério da Saúde. Lei nº 9.431, de 06 de janeiro de 1997. Dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção de Programas de Controle de Infecções Hospitalares nos hospitais do país. Brasília (DF): Diário Oficial da União.

Brasil. (1998). Ministério da Saúde. Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998. Dispõe sobre diretrizes e normas para a prevenção e o controle das infecções hospitalares. Brasília (DF): Diário Oficial da União.

Campos, C. E. M., Canto, D. F., Aldabe, L. M., Costa, F. M., & Chaves, E. H. B. (2019). Relatórios informativos e boas práticas de enfermagem: um relato de experiência. Anais da 39º Semana Científica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS.

Costa, M. M. M. (2016). Efeitos de um ciclo de melhoria da qualidade nacional aplicado à estruturação das ações de prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde em hospitais brasileiros [dissertação de mestrado]. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN.

Giroti, A. L. B., Ferreira, A. M., Rigotti, M. A., Sousa, A. F. L., Frota, O. P., & Andrade, D. (2018). Hospital infection control programs: assessment of process and structure indicators. Rev Esc Enferm USP, 52, e03364. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1980-220X2017039903364.

Gomes, M. F., & Gomes, V. L. (2018). O programa de controle de infecção relacionada à assistência à saúde em meio ambiente hospitalar e o dever de fiscalização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. R. Dir. sanit., 18(3), 43-61.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010). Censo Brasileiro de 2010. https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ma/sao-luis.html.

Instituto Latino Americano de Sepse. (2016). Sepse: um problema de saúde pública. Brasília (DF): Conselho Federal de Medicina.

Menegueti, M. G., Canini, S. R. M. S., Bellissimo-Rodrigues, F., & Laus, A. M. (2015). Evaluation of nosocomial infection control programs in health services. Rev Latino Am Enfermagem, 23(1), 98-105.

Oliveira, H. M., Silva, C. P. R., & Lacerda, R. A. (2016). Políticas de controle e prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde no Brasil: análise conceitual. Rev. da Escola de Enfermagem da USP, 50(3), 505-11.

Price, L., Melonea, L., Mclarnona, N., Bunyan, D., Kilpatrick, C., Flowersa, P., & Reillya, J. (2018). A systematic review to evaluate the evidence base for the World Health Organization's adopted Hand Hygiene Technique for reducing the microbial load on the hands of Healthca workers. American Journal of Infection Control, 46, 814-23.

Santos, E. O., Coimbra, V. C. C., Kantorski, L. P., Pinho, L. B., Andrade, A. P. M., & Eslabão, A. D. (2017). Reunião de equipe: proposta de organização do processo de trabalho. Rev Fund Care Online, 9(3), 606-613. DOI: http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.2017.v9i3.606-613.

Schmitt, C. (2015). Características e iniciativas institucionais que aprimoram as práticas de uso de antibioticoprofilaxia cirúrgica [tese de doutorado]. Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.

Siegel, J. D., Rhinehart, E., Jackson, M., Chiarello, L., & Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee (2007). 2007 Guideline for isolation precautions: preventing transmission of infectious agents in healthcare. Am J Infect Control., 35(10), 65-164. https://dx.doi.org/10.1016/j.ajic.2007.10.007.

Silva, C. P. R., & Lacerda, R. A. (2007). Indicadores para avaliação de programas de controle de infecção hospitalar: construção e validação. Epidemiol Serv Saúde, 16(2), 128-31.

Storr, J., Twyman, A., Zingg, W., Damani, N., Kilpatrick, C., Reilly, J. ... & WHO Guidelines Development Group. (2017). Core components for effective infection prevention and control programmes: new WHO evidence-based recommendations. Antimicrob Resist Infect Control., 6, 6. doi: 10.1186/s13756-016-0149-9. PMID: 28078082; PMCID: PMC5223492.

World Health Organization. (2014). Health care-associated infections Fact Sheet. Genebra: WHO.

Downloads

Publicado

04/01/2022

Como Citar

NEVES, I. R.; FLÓRIO , F. M.; ZANIN, L. . Programas de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde: avaliação de indicadores de estrutura e processo. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 1, p. e18311124537, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i1.24537. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24537. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde