Curva de crescimento de calos de Enterolobium contortisiliquum induzidos in vitro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24550Palavras-chave:
Cultura de tecidos vegetais; Reguladores de crescimento; Metabólitos secundários.Resumo
O objetivo do trabalho foi determinar in vitro a curva de crescimento de calos de Enterolobium contortisiliquum. Foram utilizados calos advindos dos cotilédones de E. contortisiliquum cultivados em meio MS, suplementado com 0,5 mg L-1 de 2,4-D + 2,0 mg L-1 de picloram + 0,5 mg L-1 de cinetina + 2,0 mg L-1 de BAP e repicados duas vezes, em intervalos de 30 dias. Após a segunda repicagem, foi estabelecida a curva de crescimento dos calos por meio da determinação da massa fresca (mg) a partir do dia da inoculação (tempo 0). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 17 tratamentos, constituídos pelos intervalos de avaliação (0, 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63, 70, 77, 84, 91, 98, 105 e 112 dias), e 24 repetições. O E. contortisiliquum apresentou cinco fases de desenvolvimento de calos: exponencial, linear, desaceleração, estacionário e declínio. A curva de crescimento do calo para a espécie E. contortisiliquum começou com a fase exponencial e permaneceu nesta fase dos dias 0 a 7. Já o período de crescimento linear em que diminuiu a taxa de divisão celular e aumentou a área celular foi observado entre os dias 7 e 14. Enquanto a fase de desaceleração ocorreu dos 14 aos 28 dias. Conclui-se que a curva de crescimento dos calos de E. contortisiliquum é uma sigmoide com cinco fases e ao final da desaceleração é o momento de se realizar a repicagem dos calos, em média aos 28 dias de cultivo in vitro.
Referências
Abbade, L. C., Paiva, P. D. O., Paiva, R. & Graciano, M. H. P. (2010). Growth curve and biochemical analyses of callus of ipê-branco (Tabebuia roseo alba (Ridl.) Sand). Naturale, 33, 45-56.
Abdel-Mageed, W. M., Al-Wahaibi, L. H., Gouda, Y. G., Al-Saleem, M. S. M., El-Gamal, A. A., Basudan, O. A., Alsaid, M. S., Al-Massarani, S. M. & Abdel-Kader, M. S. (2019). Contortisiliosides H–M: Triterpenoid saponins from Enterolobium contortisiliquum and their biological activity. Industrial Crops and Products, 139, 111528.
Dong, H. D. & Zhong, J. J. (2001). Significant improvement of taxane production in suspension cultures of Taxus chinensis by combining elicitation with sucrose feed. Biochemical Engineering Journal, 8, 145-150.
Farias, D. F., Cavalheiro, M. G., Viana, M. P., Queiroz, V. A., Rocha-Bezerra, L. C. B., Vasconcelos, I. M., Morais, S. M. & Carvalho, A. F. U. (2010). Water extracts of Brazilian leguminous seeds as rich sources of larvicidal compounds against Aedes aegypti L. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 82 (3), 585-594.
Fumagali, E., Gonçalves, R. A. C., Machado, M. F. P., Vidoti, G. J. & Oliveira, A. J. B. (2008). Revista Brasileira de farmacognosia, 18 (4), 627-641.
Hu, W. W., Yao, H. U. & Zhong, J. J. (2001). Improvement of Panax notoginseng cell cultures for production of ginseng saponin and polysaccharide by high-density cultivation of pneumatically agitated bioreactors. Biotechnology Progress, 17, 838-846.
Lorenzi, H. Árvores Brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil.: Ed. Plantarum, 1992. 365p.
Matloub, A. A., Mohammed, R. S., Elsouda, S.S., El-Hallouty, S. M., Gomaa, E. Z. & Hassan, A. A. (2018). Phytochemical and biological studies on Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Pericarps. Journal of Materials. Environmental Science, 9, 2768-2778.
Miranda, M. L. D., Garce, F. R. & Garcez, W. S. (2015). Triterpenes and other constituents from fruits of Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong (Fabaceae). Revista Virtual de Química, 7, 2597-2605.
Murashige, T. & Skoog, F. (1962). A revised medium for rapid growth and bioassays with tobacco tissue cultures. Physiology Plantarum, 15, 473-497.
Pereira, R. C., Pinto, J. E. B. P., Reis, E. S., Corrêa, R. M. & Bertolluci, S. K. V. (2007). Influence of different auxins in the induction and callus growth of Uncaria guianensis J. F. GMEL. Plant Cell, Culture and Micropropagation, 3, 69-77.
Pierik, R. L. M. Cultivo in vitro de las plantas superiores. Madrid: Mundi-Prensa, 1990. 326p.
Rossato, M., Schumacher, P. V., Costa Netto, A. P., Stein, V. C., Reis, E. F., Vilela, M. S. P. & Paiva, L. V. (2019). Embryogenic potential of the callus of gabirobeira, Campomanesia adamantium (Cambess) O. Berg. Acta Scientiarum. Biological Sciences, 41, (1), e46358.
Santos, D., Nunes, C. F., Soares, J. D. R., Valente, T. C. T., Alves, E. L., Gontijo, C. R. & Pasqual, M. (2013). Cytological characterization of Jatropha curcas callus in different periods of cultivation. Crop Breeding and Applied Biotechnology, 13 (4), 228-233.
Santos, C. G., Paiva, R., Paiva, P. D. O. & Paiva, E. (2003). Indução e análise bioquímica de calos obtidos de segmentos foliares de Coffea arabica L., cultivar Rubi. Ciência & Agrotecnologia, 27 (3), 571-577.
Serra, A. G. P., Paiva, R. & Paiva, P. D. O. (2000) Análises bioquímicas de calos formados de explantes foliares de castanha do Brasil (Bertholletia excelsa H. B. K.). Ciencia & Agrotecnologia, 24, 833-840.
Silva, T. S., Carvalho Filho, R. S. L., Tanan, T. T., Rocha, T. C. & Santana, J. R. F. (2020). Ciência Florestal, 30, (3), 700-717.
Smith, R. H. (1992). Plant tissue culture: techniques and experiments. Academic, 231p.
Stein, V. C., Paiva, R., Herrera, R. C. & Vargas, D. P. (2010). Curva de crescimento e índice de divisão celular de calos de ingazeiro. Revista Ciências Agrarian, 53, 159-163.
Torres, A. C., Caldas, L. S., Buso, J. A., SÁ, M. F. G. de, Nascimento, A. S., Brígido, M. de M. & Pinho, E. R. C. Glossário de biotecnologia vegetal. Brasília: EMBRAPA Hortaliças, 2000. 128 p.
Wang, Z. Y. & Zhong, J. J. (2002). Combination of conditioned medium and elicitation enhances taxoid production in bioreactor cultures of Taxus chinenesis cells. Biochemical Engineering Journal, 12, 93-97.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Filipe Almendagna Rodrigues; Vytória Piscitelli Cavalcanti; Joyce Dória; Moacir Pasqual
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.