Experiências de práticas de cuidado farmacêutico para pessoas surdas: uma revisão integrativa da literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24604

Palavras-chave:

Cuidados Farmacêuticos; Surdez; Língua de Sinais; Comunicação em saúde.

Resumo

Educação no contexto da promoção e recuperação da saúde e prevenção de doenças é uma prática importante e contribui para a compreensão do paciente surdo sobre o seu processo de saúde-doença-cuidado. O objetivo dessa revisão é identificar experiências de inclusão envolvendo pessoas com surdez no âmbito das práticas de cuidados farmacêuticos. Para o desenvolvimento, considerou-se analisar as publicações indexadas de cinco bases de dados, LILACS, Web of Science, Scopus, Embase e Pubmed. As combinações dos descritores constituíram-se pelos operadores booleanos AND e OR: ((Deaf OR Deafness OR “Hearing loss” [All Fields]) AND (Pharmaceutical Services [All Fields] OR Pharmaceutical Care [All Fields])) e ((Deaf OR Deafness OR “Hearing loss” [All Fields]) AND (“Pharmaceutical Services” [All Fields] OR “Pharmaceutical Care” [All Fields])). Foram analisados os artigos nos idiomas inglês, português e espanhol, no período de janeiro de 2011 a setembro de 2021. Os resultados das buscas contemplaram estudos do tipo transversal, qualitativo e quali-quantitativo. Os achados apontaram lacunas no que tange às experiências de farmacêuticos e/ou alunos de graduação em Farmácia sobre educação em saúde para surdos, onze artigos destacam sobre os serviços farmacêuticos. A barreira linguística é um desafio, que necessita ser superado, para que o paciente surdo consiga adquirir informações necessárias sobre a utilização de medicamentos e educação em saúde. Podemos concluir que existem estudos relevantes sobre a oferta e promoção de cuidados farmacêuticos para pessoas surdas, sendo essas estabelecidas em diferentes cenários.

Biografia do Autor

Gildete da Silva Amorim Mendes Francisco, Universidade Federal Fluminense

Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Ciências e Biotecnologia –PPBI/UFF. Professora Assistente II de Libras da Universidade Federal Fluminense- UFF. Professora do Instituto de Saúde Coletiva –HUAP. Líder do Grupo de Pesquisa –NUEDIS. Fonoaudióloga. Mestre em Ensino de Ciência da Saúde e do Ambiente. Pós Graduada em Docência do Ensino Superior. Pós Graduada em Terapia de Família. Atua como Tradutora e Intérprete de Libras / MEC- PROLIBRAS e FENEIS.  Atualmente exerce a Coordenação do Projeto de Extensão Libras em Saúde - PROEX.

Tatiane Militão de Sá, Universidade Federal Fluminense

Possui experiência na área de Libras, com ênfase em Ciências e Biologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Libras - língua brasileira de sinais, tradutor de Libras, Letramento de Surdos, Libras em Saúde. Atualmente é docente Libras da Universidade Federal Fluminense, líder do grupo de pesquisa NUEDIS.

Elaine Silva Miranda, Universidade Federal Fluminense

Doutorado em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz) (2010). Mestrado em Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) na subárea de Toxicologia (2003). Graduação em Farmácia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (2000). Atualmente é Professora Associada da Universidade Federal Fluminense (UFF); Coordenadora do programa de pós-graduação stricto sensu em Administração e Gestão da Assistência Farmacêutica da (PPG-GAFAR UFF); Docente permanente do programa de pós-graduação em ciências aplicadas a produtos para a saúde (PPG-CAPS). 

Referências

Araújo, D. C. S. A et al. (2019). Sign Language in Brazilian Pharmacy Education. American Journal of Pharmaceutical Education, 83(8), 1676-1680. DOI:10.5688/ajpe7239.

Bailey, N. et al. Evaluation of an American Sign Language co-curricular training for pharmacy students. (2021). Currents in Pharmacy Teaching and Learning, 13(1), 68-72. DOI: 10.1016/j.cptl.2020.08.002.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estatísticas de Gênero (IBGE). (2021). https://www.ibge.gov.br/apps/snig/v1/?loc=0&cat=-1,-2,-3,128&ind=4643.

Brasil. (2002). Lei n° 10.436 de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais- Libras e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil: Seção 1, Brasília. DF, p. 23.

Brasil. (2005). Decreto n° 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei n° 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil: Seção 1, Brasília. DF, p. 28.

Chong, E. Y-C.; Palanisamy, U. D. & Jacob, S. A. (2019). A qualitative study on the design and development of an mHealth app to facilitate communication with the Deaf community: perspective of community pharmacists. Patient Preference and Adherence, 13, 195-207. DOI:10.2147/PPA.S182516.

Chong E.Y. et al. (2021). Assessment of community pharmacists’ communication and comfort levels when interacting with Deaf and hard of hearing patients. Pharmaceutical Practice, 19(2). DOI:10.18549/PharmPract.2021.2.2274.

Ferguson, McK. & Liu, M. (2015). Communication needs of patients with altered hearing ability: Informing pharmacists patient care services through focus groups. Journal of the American Pharmacists Association, 5(2), 153-160. DOI:10.1331/JAPhA.2015.14147.

Ferguson, McK. & Shan, L. (2016). Survey Evaluation of Pharmacy Practice Involving Deaf Patients. Journal of Pharmacy Practice, 29(5), 461-466. DOI:10.1177/0897190014568379.

Hyoguchi, N. et al. (2016). Effects on Deaf Patients of Medication Education by Pharmacists. The Journal of Deaf Studies and Deaf Education, 21(4), 416-421. DOI:10.1093/deafed/enw037.

Hyoguchi, N., Ohmitsu, M. & Kubota, T. (2020). Effects of Learning on the Confidence to Provide Medication Education for Pharmacy Students. Yakugaku Zasshi, 140(6), 827-838. DOI: 10.1248/yakushi.19-00232.

Hyoguchi, N. et al. (2020). Survey of Pharmacists' Knowledge, Actions and Confidence in Medication Education to Patients with Hearing Disabilities. Yakugaku Zasshi, 140(10), 1295-1298. DOI: 10.1248/yakushi.20-00100.

Ilardo, M. L. & Speciale, A. (2020). The Community Pharmacist: Perceived Barriers and Patient-Centered Care Communication. International Journal of Environmental Research and Public Health, 17(536). DOI: 10.3390/ijerph17020536.

Jacob S.A. et al. (2021). Design suggestions for an mHealth app to facilitate communication between pharmacists and the Deaf: perspective of the Deaf community (HEARD Project). Mhealth, 7(29). DOI: 10.21037/mhealth.2020.01.04.

Mathews, J. L. et al. (2011). Role-Reversal Exercise with Deaf Strong Hospital to Teach Communication Competency and Cultural Awareness. American Journal of Pharmaceutical Education, 75(3). DOI: 10.5688/ajpe75353.

National Association of the Deaf (NAD). (2021). Position Statement on Health Care Access for Deaf Patients. Estados Unidos. https://www.nad.org/about-us/position-statements/position-statement-on-health-care-access-for-deaf-patients/.

Soares, L. et al. (2016). Assistência Farmacêutica no Brasil: Política, Gestão e Clínica. Atuação clínica do farmacêutico. Florianópolis. Ed. da UFSC, 5, 353 p.

Vieira, F. S. (2006). Possibilidades de contribuição do farmacêutico para a promoção da saúde. Ciência & Saúde Coletiva. https://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/possibilidades-de-contribuicao-do-farmaceutico-para-a-promocao-da-saude/52?id=52&id=52&id=52.

Vinholes, E. R.; Alano, G. M. & Galato, D. (2009). A percepção da comunidade sobre a atuação do Serviço de Atenção Farmacêutica em ações de educação em saúde relacionadas à promoção do uso racional de medicamentos. Saúde e Sociedade, 18(2), 293-303. DOI:10.1590/S0104-12902009000200012.

Whittemore, R. & Knafl, K. (2005). The integrative review: update methodology. Journal of Advanced Nursing, 52(5), 546-553. DOI:10.1111/j.1365-2648.2005.03621.x.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). (2021) Deafness and Hearing loss. https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/deafness-and-hearing-loss.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). (1997) The Role of the Pharmacist in the Health-Care System – Preparing the Future Pharmacist: Curricular Development Report of a Third WHO Consultative Group on the Role of the Pharmacist. Vancouver. https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/63817/WHO_PHARM_97_599.pdf?sequence=1&isAllowed=y.

Downloads

Publicado

03/01/2022

Como Citar

PAULA, K. C. de .; FRANCISCO, G. da S. A. M. .; SÁ, T. M. de .; MIRANDA, E. S. . Experiências de práticas de cuidado farmacêutico para pessoas surdas: uma revisão integrativa da literatura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 1, p. e12411124604, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i1.24604. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24604. Acesso em: 30 set. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão