A depressão infantil e o pedagogo em cena
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24633Palavras-chave:
Crianças; Depressão; Escolaridade; Professores.Resumo
O presente trabalho tem como finalidade apresentar estudo de campo sobre a depressão infantil e o processo de ensino-aprendizagem, buscando, mais especificamente, discutir a importância do papel do professor. Diante de sua recente comprovação na infância, muitas vezes a depressão infantil passa despercebida. E por afetar muitos aspectos da vida da criança, inclusive o processo de ensino-aprendizagem, partimos do pressuposto de que o professor possa exercer um papel fundamental na identificação da criança acometida pela depressão, o que é um grande desafio. Para isso, realizamos uma pesquisa de campo, com aplicação de um questionário por meio do Google Forms para 29 estudantes do último semestre do curso de pedagogia de uma universidade pública no estado de Goiás, buscando perceber os conhecimentos dos futuros professores a respeito do tema. Os resultados da pesquisa demonstram que apesar de julgarem como importante que sua formação contemple conhecimentos básicos sobre a depressão infantil, a maioria dos estudantes, que estão no último semestre do curso de pedagogia e, portanto, em breve estarão em sala de aula, avaliam as orientações recebidas sobre o tema como insuficientes, portanto, não se sentem preparados para identificar ou lidar com crianças acometidas pela doença. Nesse sentido, chegamos à conclusão de que é necessário ampliar os conhecimentos sobre este transtorno, sobre seus sintomas e como ocorre na infância. Assim, o professor poderá auxiliar muitos de seus alunos a receberem um maior cuidado, alertar os responsáveis para que se possa procurar ajuda profissional adequada e a criança poderá receber tratamento o mais breve possível. Quanto antes ela for encaminhada para profissionais, mais resultados positivos são manifestados no tratamento e os danos à vida da criança, bem como ao processo de ensino-aprendizagem, podem ser significativamente minimizados.
Referências
American, P. A. (1994). Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais DSM-IV. Manole.
American, P. A. (2014). Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais DSM-V. Techbooks.
Andriola, W. B. & Cavalcante, L. R. (1999). Avaliação da depressão infantil em alunos da pré-escola. Psicologia: Reflexão e Crítica. 12(2)
Bahls, S. C. (2004). A depressão em crianças e o seu tratamento. Lemos.
Baptista, M. N. (1999) Sintomatologia, diagnóstico e características da depressão no adolescente In Baptista, M.N & Assumpção, F. B. Depressão na adolescência: Uma visão multifatorial. EPU
Baptista, C. A. & Golfeto, J. H. (2000) Prevalência de depressão em escolares de 7 a 14 anos. Revista de Psiquiatria Clínica, (27)5, 253-256.
Baptista, M. N. Nelson H. F. & Fernanda G. (2018). Análise via tri da Escala Baptista de Depressão infanto-Juvenil e do inventário de Depressão infantil. Revista Psicologia Pscico. (48)4, 339-347. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2018.4.26866.
Barbosa, G. A. & Lucena, A. (1995). Depressăo infantil. Infanto, 2, 23-30.
Bauer, A. D. (2007). Sintomatologia depressiva infanto-juvenil: aspectos psicológicos e relações com o desempenho acadêmico Bauer. 2007. 182f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Belk, A. & Alford, B. (2011). Depressão: causas e tratamento. Artmed.
Birman, J. (2005). Mal estar na atualidade: A psicanálise e as novas formas de subjetivação. (5a ed.), Civilização Brasileira.
Cid 10. (1993). Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento: Critérios diagnósticos para pesquisa. Artes Médicas.
Cruvinel, M. (2003). Depressão infantil, rendimento escolar e estratégias de aprendizagem em alunos do ensino fundamental. 143f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas.
Cruvinel M. & Boruchovitch E. (2003) Depressão Infantil: uma contribuição para prática educacional. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, (7)1, 77-84.
Curatolo. E. & Brasil, H. (2005) Depressão na infância: peculiaridades no diagnóstico e tratamento farmacológico. J Bras Psiquiatr (54)3, 170-176. 21 1999 from http://www.fiocruz.br/media/bipolar_heloisa_brasil.pdf
Darwich, R. A. & Tourinho, E. Z. (2005). Respostas emocionais à luz do modo causal de seleção por consequências. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 7(1), 107-118. https://doi.org/10.31505/rbtcc.v7i1.4
Del P. J.A. (1999) Conceito e diagnóstico. Rev. Bras. Psiquiatr. (21)1, http://www.scielo.br/pdf/rbp/v21s1/v21s1a03.pdf ISSN 1516-4446.
Fonseca, A. C. (1998). Problemas Emocionais nos Anos do Ensino Básico. Revista Portuguesa de Pedagogia.
Freud, S. (1914). Sobre o Narcisismo: uma introdução. In A história do movimento psicanalítico, artigos sobre a metapsicologia e outros trabalhos. Imago, (Edição Standart brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, (14)).
Freud, S. (1992) Luto e melancolia. In Freud, S. Obras psicológicas – antologia. Peter Gay (Org). Imago Editora.
Hemery & Jean J. R. (2008). Depressão infantil. Revista do Professor – n. 80.
Lafer, B. Almeida, O. P., Fráguas J. R., Renério, & Miguel, E. C. (2000). Depressão no ciclo da vida. Artes Médicas Sul.
Lemos, P. & Marback, R. F. (2016) Depressão infantil e impactos no desenvolvimento do indivíduo. Seminário estudantil de produção acadêmica. http://www.revistas.unifacs.br/index.php/sepa/article/view/4347
Lima, R. F. & Mello, R. J. L., Massono, I., & Ciasca, S. M. (2006). Dificuldades de aprendizagem: queixas escolares e diagnósticos em um serviço de Neurologia infantil. Revista Neurociências
Maia, M. S. (2002) Um tapete vermelho para a angústia: Considerações sobre a clínica psicanalítica e a contemporaneidade. In Transgressões. Espaço Brasileiro dos Estudos Psicanalíticos.
Marcelli, D. (1998). Manual de Psicopatologia da Infância de Ajuriaguerra. (5a ed.), Artmed.
Miller J. A. (2003). O livro de referência para a depressão infantil. MBooks do Brasil, 2003.
Milavic, G. (1985). Do chronicalle ill and handicapped children become depressed? Developmental Medicine & Child Neurology, 27, 675-685
Nakamura, E. & Santos, J. Q. dos. (2007). Depressão na infância: abordagem antropológica. Rev. Saúde Pública. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006005000011
Palangana, I. C. (1995). Desenvolvimento e Apendizagem em Piaget e Vygotsky (A relevância social). Plexus.
Piaget, J. (1967). Seis estudos de psicologia. Trad. Maria A.M. D’Amorim, Paulo S.L. Silva. Forense, 146p.
Rehm, L. P., & Sharp, R. N. (1999). Estratégias para a depressão infantil. Em: M. Reinecke, F. Dattilio & Artur Freeman, Terapia Cognitiva com crianças e adolescentes. (91-104). Artes Médicas.
Rodrigues, I. O. et al (2016). Predicting signs of depression in children with specific learning disorders. Rev. CEFAC, (18) 4, 864-875.
Soares, M. U, (2003). Estudos das variáveis do desenvolvimento infantil em crianças com e sem o diagnóstico de depressão. Tese de Doutorado Não-Publicada, Pós-graduação em Ciência do Movimento Humano, Universidade Federal de Santa Maria.
Vygotsky, L. S. (1988). Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In: Vygotsky, L. S., Luria, A. R., Leontiev, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. Tradução de Maria da Penha Villalobos. (2a ed.), Ícone.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Tayse Cardoso Ferreira Carvalho; Zenaide Dias Teixeira ; Paula Rey Vilela; Juscélia Paiva dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.