Análise da variação da temperatura e umidade no período de pré-estação chuvosa na cidade de Sobral/CE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24780

Palavras-chave:

Temperatura; Umidade relativa do ar; Variabilidade climática.

Resumo

Este artigo visa analisar a variabilidade da temperatura e umidade relativa do ar durante na estação pré-chuvosa em ambiente semiárido. Para isso, dados relativos a esses elementos climáticos foram coletados através de mini dataloggers abrigados em estruturas de PVC instaladas em cinco pontos amostrais ao longo da cidade de Sobral/CE. A pesquisa foi balizada pelos pressupostos teóricos definidos pelo professor Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro, que definiu uma estrutura teórica e metodológica para a compreensão do fator urbano, através do Sistema Clima Urbano (SCU). Os dados correspondem a três dias de coletas horárias ininterruptas. Os resultados mostram uma atuação fora do comum da ZCIT, o que interferiu diretamente nos resultados, através de um aumento na precipitação e na nebulosidade. Verificou-se, ainda, para o período estudado, as temperaturas estiveram sempre elevadas, embora apresentassem variabilidade, assim como a umidade relativa do ar. Ao final, evidenciou-se uma das mais marcantes características do semiárido do nordeste brasileiro: as altas temperaturas.

Biografia do Autor

Isorlanda Caracristi, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Possui graduação em Bacharelado em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará (1987) e doutorado em Geografia (Geografia Física) pela Universidade de São Paulo (2007). Desenvolveu Estágio Pós-Doutoral junto ao Laboratório de Climatologia Geográfica e Recursos Hídricos (LCGRH) do Departamento de Geografia da UFC. É Professora associada da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Foi Coordenadora Adjunta do Mestrado Acadêmico em Geografia da UVA (MAG-UVA) e compõe o quadro de professores permanentes, além de colaborar com o Programa de Pós-Graduação da UECE (PROPGEO) da Universidade Estadual do Ceará. Coordena o Laboratório de Estudos Ambientais e Climáticos (LEAC) e o Grupo de Pesquisa "Estudos Geográficos de Sistemas Ambientais e Climas Intrarregionais". É editora chefe da Revista da Casa da Geografia de Sobral (RCGS). Tem experiência e publicações na área de Geociências, com ênfase em Climatologia Geográfica, atuando principalmente nos seguintes temas: geografia física, climatologia geográfica, meio ambiente e teoria e método em geografia física. Atuou durante muitos das Diretorias da AGB Nacional e Seção Fortaleza e hoje é membro titular do Fórum Cearense de Mudanças Climáticas, Biodiversidade e Combate à Desertificação ? FCMC.

Referências

Ab’Saber. (1974). O domínio morfoclimático semi-árido das caatingas brasileiras. Geomorfologia, 43, 1-39.

Ayoade, J.O. (2003). Introdução à Climatologia para os Trópicos. (14a Ed). Rio de Janeiro: Berthand.

Barros, J.R. & Zavatini, J. A. (2009). Bases conceituais em climatologia Geográfica. Mercator, 8(16) 22-35.

Caracristi, I. (2000). Estudo integrado do clima da região do médio curso do rio Acaraú: uma análise geográfica do clima local. Revista Essentia, 1.

Caracristi, I. (1996). A Climatologia: Domínios e Métodos. Casa da Geografia de Sobral/UVA, 1(1).

Castelhano, F.N & Roseghini, W.F.F. (2011). A utilização de policloreto de vinila (PVC) na construção de mini-abrigos meteorológicos para aplicação em campo. Revista Brasileira de Climatologia, 9. 48-55.

Conti, J.B. (2005). A questão climática do Nordeste Brasileiro e os processos de desertificação. Revista Brasileira de Climatologia. 1(1). 7-14. http://www.geografia.fflch.usp.br/abclima.

Ferreira, A.G & Mello, N.G.S. (2005). Principais sistemas atmosféricos atuantes sobre a região Nordeste do Brasil e a influência dos oceanos Pacífico e Atlântico no clima da região. Revista Brasileira de Climatologia, 1 (1). 15-28.

Funceme (2002). Sistemas meteorológicos causadores de chuvas na região nordeste do Brasil. Boletim especial. http://www.funceme.com.br

Monteiro, C.A.F. (1971). Análise rítmica em climatologia. Problemas da atualidade climática em São Paulo e achegas para um programa de trabalho. São Paulo, Climatologia, 1. 1-21.

Monteiro, C. A. F. (1976). Teoria e clima urbano. (tese de doutorado) Instituto de Geografia, Universidade de São Paulo, SP, São Pauo, Brasil.

Monteiro, C.A.F & Mendonça, F. (2003). Clima Urbano, (7a ed) São Paulo: Contexto.

Monteiro, A. (2013). Riscos climáticos: hazards, áleas, episódios extremos. Em M.C. Amorim; J. L. Sant’anna Neto (Ed), Climatologia urbana e regional questões teóricas e estudos de caso.

Muniz, F.G.L. (2016). Urbanização e Conforto Térmico: Análise Climática do Centro da Cidade de Sobral – CE. (Dissertação de mestrado). Universidade Estadual do Vale do Acaraú. CE, Brasil.

Muniz, F.G.L. & Caracristi, I. (2019). A Percepção da população com o clima da cidade de Sobral–CE. Revista Equador, 8(2). 449-467.

Muniz, F.G.L. & Caracristi, I. (2019). As Transformações Urbanas e a Sazonalidade: Produtores do Conforto Térmico do Centro da Cidade de Sobral – CE. Revista geografia Ensino & pesquisa, 22, 1-12.

OKE, T. R. (2006). Initial guidance to obtain representative meteorological observations at urban sites. Instruments and Observing Methods. Vancouver: World Meteorological Organization.

Pereira, A.R; Angelocci, L.R. & Sentelhas, P.C. (2002). Agrometeorologia: fundamentos e aplicações práticas. Guaíba: Agropecuária.

Sant’Anna Neto, J.L. (1998). Clima e organização do espaço. Boletim de Geografia. Universidade Estadual de Maringá

Sant’Anna Neto, J.L. (2001). História da Climatologia no Brasil: gênese e paradigmas do clima como fenômeno geográfico. (tese de livre docência). Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, SP, Brasil.

Zavattini, J.A. (2000). O Paradigma da Análise Rítmica e a Climatologia Geográfica Brasileira. Revista Geografia, 25(3), 25-43.

Downloads

Publicado

26/12/2021

Como Citar

MUNIZ, F. G. L. .; CARACRISTI, I. Análise da variação da temperatura e umidade no período de pré-estação chuvosa na cidade de Sobral/CE . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 17, p. e214101724780, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i17.24780. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24780. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais