Perfil epidemiológico das infecções relacionadas à assistência à saúde em Unidade de Terapia Intensiva no período de 2019 a 2020
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24926Palavras-chave:
Epidemiologia; Infecções; Assistência à saúde.Resumo
Introdução: Infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) constituem um grave problema de saúde mundial, aumentando os custos de internação e das taxas de mortalidade. Desta forma, torna-se crescente a necessidade de acompanhamento e avaliação, da densidade de incidência e perfil epidemiológico das IRAS ocorridas na UTI do Hospital Universitário de Sergipe (HU-UFS). Objetivo: Avaliar se existe diferença significativa da incidência / prevalência de IRAS em pacientes internados na UTI, associado a fatores predisponentes. Metodologia: O estudo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica e levantamento de dados das fichas de vigilância epidemiológica realizada pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar dos pacientes admitidos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no período de 2019 a 2020. Estão incluídos os pacientes que atendam aos critérios de permanência mínima de 24 horas na unidade, e excluídos os que não atenderam este critério. Resultados: Houve maior densidade de IRAS no terceiro trimestre de 2020, com 26,44. Quanto aos dispositivos invasivos, observou-se maior taxa no uso de CVC, no quarto trimestre de 2020, com 83,9, entretanto não houve aumento de IRAS neste sítio. Foi observado maior frequência de pneumonia associada à ventilação (PAV), entre as topografias, correspondendo a 47,22% dos casos. Conclusão: As taxas encontradas neste estudo estão em consonância com os valores divulgados pela Anvisa, de outras instituições de mesmo perfil.
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