Prevalência de fatores de risco para fraturas por fragilidade óssea entre idosos residentes no município de Mineiros – Goiás
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.24933Palavras-chave:
Densitometria; Osteoporose; Fratura por osteoporose.Resumo
O processo de envelhecimento e o aumento da expectativa de vida apontam para a melhora na qualidade de vida devido a seus eventos incapacitantes. As fraturas por fragilidade óssea e suas consequências físicas e psíquicas podem ser evitadas através do reconhecimento dos fatores de risco. O objetivo desse estudo foi avaliar os fatores de risco para fraturas por fragilidade em idosos no município de Mineiros/GO. Foi realizado um estudo analítico-descritivo, com delineamento transversal, sendo inclusos 100 idosos atendidos em unidades de saúdecde Mineiros/GO. Foi realizado um questionário sobre incidência e fatores de risco para fraturas por fragilidade óssea, determinando a prevalência e o risco de fraturas pela escala FRAX-Brasil, os possíveis desfechos e a associação dos fatores de risco para fraturas por fragilidade óssea. Assim, identificou-se a prevalência dos fatores de risco para fraturas por fragilidade, sendo que sua maioria foram do sexo feminino, cor branca, idade média 70,54 anos (desvio padrão 8,48) e 80% dos pesquisados nunca realizaram densitometria óssea, e desses, a maioria apresentaram fatores de risco para fratura maior e de quadril entre moderado e alto. Concluímos que existe a necessidade de prevenção da osteoporose, diagnóstico precoce e tratamento eficaz, reduzindo os índices dessas fraturas. A identificação dos fatores de risco mais prevalentes facilita a implementação de medidas preventivas e socioeducativas a curto e a longo prazo pelo serviço de saúde. Além disso, espera-se contribuir para construção de uma rede de cuidado ao paciente idoso vulnerável a quedas e fraturas por fragilidade.
Referências
Abey-Nesbit, R., Schluter, P. J., Wilkinson, T., Thwaites, J. H, Berry, S. D. & Jamieson, H. A. (2019). Fatores de risco para fratura de quadril em idosos da Nova Zelândia que procuram serviços de atendimento domiciliar: um estudo transversal de população nacional. BMC Geriatr. 19(1), 93.
Andrade, S. A. F. (2016). A importância do exame de densitometria óssea. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, 13(30).
Balasubramanian, A., Zhang, J., Chen, L., Wenkert, D., Daigle, S. G., Grauer, A., & Curtis, J. R. (2019). Risk of subsequent fracture after prior fracture among older women. Osteoporosis international: a journal established as result of cooperation between the European Foundation for Osteoporosis and the National Osteoporosis Foundation of the USA, 30(1), 79–92.
Bandeira, F.; Carvalho, E. F. (2007). Prevalência de osteoporose e fraturas vertebrais em mulheres na pós-menopausa atendidas em serviços de referência. Revista Brasileira Epidemiologia, 10(1), 86-98.
Bunta, A. D., Edwards, B. J., Macaulay, W. B., JR, Jeray, K. J., Tosi, L. L., Jones, C. B., Sietsema, D. L., Kaufman, J. D., Murphy, S. A., Song, J., Goulet, J. A., Friedlaender, G. E., Swiontkowski, M. F., & Dirschl, D. R. (2016). Own the Bone, a System-Based Intervention, Improves Osteoporosis Care After Fragility Fractures. The Journal of bone and joint surgery. American volume, 98(24), e109.
Camargos, M. C. S., Gonzaga, M. R., Costa, J. V. & Bomfim, W. C. (2019). Estimativas de expectativa de vida livre de incapacidade funcional para brasil e grandes regiões, 1998 e 2013. Ciênc. Saúde colet. 24(3).
Cruz, D. T., Ribeiro, L. C., Vieira M. T., Teixeira, M. T. B., Bastos, R. R. & Leite, I. C. G. (2012). Prevalência de quedas e fatores associados em idosos. Revista Saúde Pública, 46(1), 138-146.
Fillion, V., Sirois, M., Gamache, P., Guertin, J.R., Morin, S.N. & Jean, S. (2019). Fragilidade e uso de serviços de saúde entre idosos de Quebec com fraturas de quadril: um estudo de base populacional usando bancos de dados administrativos. BMC Health Serv Res., 19(1), 70.
Gold, D. T. (2001). The nonskeletal consequences of osteoporotic fractures. Psychologic and social outcomes. Rheum Dis Clin North Am, 27(1), 255-262.
Jeon, J. H., Park, J. H., Oh, C., Chung, J. K., Song, J. Y., Kim, S., Lee, S. H., Jang, J. W., & Kim, Y. J. (2019). Dementia is Associated with an Increased Risk of Hip Fractures: A Nationwide Analysis in Korea. Journal of clinical neurology (Seoul, Korea), 15(2), 243–249.
Kim, D. M., Park, D., Kim, H., Lee, E. S., Shin, M. J., Jeon, I. H., & Koh, K. H. (2020). Risk Factors for Severe Proximal Humerus Fracture and Correlation Between Deltoid Tuberosity Index and Bone Mineral Density. Geriatric orthopaedic surgery & rehabilitation, 11, 2151459320938571.
Lagari, V. S., Al-Yatama, F., Rodriguez, G., Berger, H. R., & Levis, S. (2019). Under-Recognition of Fractures as Osteoporosis Indicators. Geriatrics (Basel, Switzerland), 4(1), 9.
Lee, G. E., Muffly, S., & Golladay, G. J. (2019). Management of Fragility Hip Fractures: Our Institutional Experience. Geriatric orthopaedic surgery & rehabilitation, 10, 2151459319828618.
Lippuner, K., Golder, M., & Greiner, R. (2005). Epidemiology and direct medical costs of osteoporotic fractures in men and women in Switzerland. Osteoporosis international: a journal established as result of cooperation between the European Foundation for Osteoporosis and the National Osteoporosis Foundation of the USA, 16 Suppl 2, S8–S17.
Lin, L. P., Lai, W. J., Hsu, S. W., & Lin, J. D. (2020). Early Osteoporosis Risks and Associated Factors among Caregivers Working in Disability Institutions: IOF One-Minute Osteoporosis Risk Check. International journal of environmental research and public health, 17(9), 3319.
McLellan, A. R., Gallacher, S. J., Fraser, M., & McQuillian, C. (2003). The fracture liaison service: success of a program for the evaluation and management of patients with osteoporotic fracture. Osteoporosis international: a journal established as result of cooperation between the European Foundation for Osteoporosis and the National Osteoporosis Foundation of the USA, 14(12), 1028–1034.
Moraes, L. F. S., Silva, E. N., Silva D. A. S. & de Paula, A. P. (2014). Expenditures on the treatment of osteoporosis in the elderly in Brazil (2008 - 2010): analysis of associated factors. Revista Brasileira Epidemiologia, 17(3),719-734.
Nguyen, T. V., Center, J. R., & Eisman, J. A. (2004). Osteoporosis: underrated, underdiagnosed and undertreated. The Medical journal of Australia, 180(S5), S18–S22.
Porter, Jl., Varacallo, M. (2021). Osteoporose – In: StatPearls [Internet]. Treasure Island, Publishing.
Radominski, S. C., Bernardo, W., Paula, A. P., Ben‐Hur, A., Moreira, C., Fernandes, C.E., Castro, C.H.M, Zerbini, C.A.F., Domiciano, D.S., Mendonça, L.M.C., Pompei, L.M., Bezerra, M.C., Loures, M. A. R., Wender, M. C. O, Castro, M. L., Pereira, R. M. R., Maeda, S. S., Szejnfeld, V. L. & Borba, V. Z. C. (2017). Diretrizes brasileiras para o diagnóstico e tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Revista Brasileira de Reumatologia, 57(2), 452 – 466.
Rocha, V. M., Gaspar, H. A., & Oliveira, C. F. (2018). Fracture risk assessment in home care patients using the FRAX® tool. Einstein (Sao Paulo, Brazil), 16(3), eAO4236.
Silva, A. V., Rosa, M. I., Fernandes, B. et al (2015). Fatores associados à osteopenia e osteoporose em mulheres submetidas à densitometria óssea. Revista Brasileira Reumatologia. 55(3):223–228.
Silva, D., Lazaretti-Castro, M., Freitas Zerbini, C. A., Szejnfeld, V. L., Eis, S. R., & Borba, V. (2019). Incidence and excess mortality of hip fractures in a predominantly Caucasian population in the South of Brazil. Archives of osteoporosis, 14(1).
Soares, D. S., de Mello, L. M., da Silva, A. S. & Nunes, A. A. (2021). Análise dos fatores associados a quedas com fratura de fêmur em idosos: um estudo caso-controle. Rev. bras. geriatr. gerontol, 18(2), 239-248.
Stolnicki, B., Oliveira, L. G. (2016). Para que a primeira fratura seja a última. Revista Brasileira de Ortopedia, 51(2).
Tran, T., Bliuc, D., van Geel, T., Adachi, J. D., Berger, C., van den Bergh, J., Eisman, J. A., Geusens, P., Goltzman, D., Hanley, D. A., Josse, R. G., Kaiser, S. M., Kovacs, C. S., Langsetmo, L., Prior, J. C., Nguyen, T. V., & Center, J. R. (2017). Population-Wide Impact of Non-Hip Non-Vertebral Fractures on Mortality. Journal of bone and mineral research: the official journal of the American Society for Bone and Mineral Research, 32(9), 1802–1810.
van der Vet, P., Kusen, J. Q., Rohner-Spengler, M., Link, B. C., Houwert, R. M., Babst, R., Henzen, C., Schmid, L., & Beeres, F. (2019). Secondary prevention of minor trauma fractures: the effects of a tailored intervention-an observational study. Archives of osteoporosis, 14(1), 44.
WHO. (2003). Scientific Group on the Prevention and Management of Osteoporosis (2000: Geneva, Switzerland). Prevention and management of osteoporosis: report of WHO scientific group. World Health Organization.
Xavier, R. M., Giarola, I. C., Ocampos, G. P., Plapler, P. G., de Camargo, O. P., & de Rezende, M. U. (2019). Profile of patients with osteoporotic fractures and factors that decrease prevention. Acta ortopedica brasileira, 27(2), 95–99.
Zerbini, C. A., Szejnfeld, V. L., Abergaria, B. H., McCloskey, E. V., Johansson, H., & Kanis, J. A. (2015). Incidence of hip fracture in Brazil and the development of a FRAX model. Archives of osteoporosis, 10, 224.
Zhu, Y., Liu, S., Chen, W., Liu, B., Zhang, F., Lv, H., Ji, C., Zhang, X., & Zhang, Y. (2019). Epidemiology of low-energy lower extremity fracture in Chinese populations aged 50 years and above. PloS one, 14(1), e0209203.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Carlos Nei Coquemala Júnior; Severino Correia do Prado Neto; Camila Botelho Miguel
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.