“Como ser um líder positivo?”: relações entre estilos de lideranças e forças de caráter
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.25158Palavras-chave:
Psicologia Positiva; Trabalho; Cultura Organizacional.Resumo
Os estudos no campo do trabalho são geralmente conduzidos com colaboradores que não estão em posições de liderança, tornando importante investigações que contemplem líderes e com ênfase na promoção de ações positivas e virtuosas. O objetivo principal deste estudo foi analisar as relações entre forças de caráter e estilos de liderança. Participaram 150 líderes de empresas de São Paulo e Minas Gerais, sendo 54,7% do sexo masculino e atuando na função por um período médio de 9,47 anos. Como instrumentos foram utilizados um questionário demográfico, a Escala de Forças de Caráter e a Escala de Avaliação do Estilo Gerencial. Os resultados indicaram que as forças de caráter estavam mais correlacionadas ao fator relacionamento. Além disso, por meio da path analysis, as forças de caráter explicaram positivamente o fator relacionamento e negativamente o fator tarefa dos estilos gerenciais. Os resultados são discutidos à luz da literatura e dão indicativos de como as forças de caráter podem ser utilizadas em intervenções com líderes.
Referências
Adriano, B. M., Bertoncini, I., Esper, A. J. F., & Cunha, C. J. C. de A. (2018). Liderança e organizações positivas: uma análise bibliométrica: uma análise bibliométrica. Anais do Congresso Internacional de Conhecimento E Inovação – Ciki, 1(1). Recuperado de https://proceeding.ciki.ufsc.br/index.php/ciki/article/view/426
Calais, S. L. (2007). Delineamento de Levantamento ou Survey. IN M. N. Baptista & D. C. Campos (orgs). Metodologias de Pesquisa em Ciências. Rio de Janeiro: LTC.
Cameron, K. S. (2013). Practicing positive leadership: tools and techniques that create extraordinary results. San Francisco: Barret-Koehler.
Campos, M. I., & Rueda, F. J. M. (2018). Evolução do construto liderança autêntica: uma revisão de literatura. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 18(1), 291-298. doi 10.17652/rpot/2018.1.13473
Cervo, C. S., Natividade, J. C., Mónico, L. D. S. M., Pais, L., Santos, N. R., & Hutz, C. S. (2018). Modelo de Liderança Autêntica: concepção teórica e evidências de validade do Authentic Leadership Questionnaire (ALQ) para o Brasil. Psychologica, 61(2), 7-29. doi: 10.14195/1647-8606_61-2_1
Cunha, M. P., & Rego, A. (2015). As virtudes nas organizações. Análise Psicológica, 33(4), 349-359. doi: 10.14417/ap.1022
Freidlin, P., & Littman-Ovadia, H. (2019). Prosocial Behavior at Work Through the Lens of Character Strengths. Frontiers in Psychology, 10: 3046. doi: 10.3389/fpsyg.2019.03046
Garcea, N., Linley, A., Mazurkiewicz, K., & Bailey, T. (2012). "Future female talent development". Strategic HR Review, 11(4), 199-204. doi: 10.1108/14754391211234913
Gill, A., & Caza, A. (2015). An Investigation of Authentic Leadership’s Individual and Group Influence on Follower Responses. Journal of Management, 20(10), 1-25. doi: 10.1177/0149206314566461
Guimarães, M., Ferreira, M. C., & Pereira, M. (2019). Evidências iniciais da escala de liderança virtuosa. Estudos de Psicologia (Campinas), 36, e170101. doi: 10.1590/1982-0275201936e170101
Heintz, S., Kramm, C., & Ruch, W. (2019). A meta-analysis of gender differences in character strengths and age, nation, and measure as moderators. The Journal of Positive Psychology, 14(1), 103-112. doi: 10.1080/17439760.2017.1414297
Heintz, S., & Ruch, W. (2019). Character Strengths and Job Satisfaction: Differential Relationships Across Occupational Groups and Adulthood. Applied Research in Quality of Life, 1-25. doi: 10.1007/s11482-018-9691-3
Hu, L., & Bentler, P. M. (1999). Cutoff criteria for fit indexes in covariance structure analysis: Conventional criteria versus new alternatives. Structural Equation Modeling: A Multidisciplinary Journal, 6(1), 1-55. doi: 10.1080/10705519909540118
Kim, H. R., Kim, S. M., Hong, J. S., Han, D. H., Yoo, S. K., Min, K. J., & Lee, Y. S. (2018). Character strengths as protective factors against depression and suicidality among male and female employees. BMC public health, 18(1), 1084. doi: 10.1186/s12889-018-5997-1
Lavy, S. (2019). A review of character strengths interventions in twenty-first-century schools: Their importance and how they can be fostered. Applied Research in Quality of Life, 1-24. doi: 10.1007/s11482-018-9700-6
Linley, A., & Garcea, N. (2013). "Engaging graduates to recruit the best". Strategic HR Review, 12(6), 297-301. doi: 10.1108/SHR-05-2013-0050
Littman-Ovadia, H., Lavy, S., & Boiman-Meshita, M. (2017). When theory and research collide: examining correlates of signature strengths use at work. Journal of Happiness Studies, 18(2), 527–548. doi: 10.1007/s10902-016-9739-8
Melo, E. A. A. (2014). Liderança gerencial. In M. M. M. Siqueira (Org.). Novas medidas do comportamento organizacional: ferramentas de diagnóstico e de gestão (pp. 217-229). Porto Alegre: Artmed.
Muthén, L. K., & Muthén, B. O. (2011). Mplus user’s guide. Sixth edition. Los Angeles, CA: Muthén & Muthén.
Noronha, A. P. P., & Barbosa, A. J. G. (2016). Forças e virtudes: escala de forças de caráter. In C. S. Hutz (2016). Avaliação em psicologia positiva: técnicas e medidas (pp. 21-43). São Paulo: Hogrefre.
Noronha, A. P. P., & Batista, H. H. V. (2020). Análise da estrutura interna da Escala de Forças de Caráter. Ciencias Psicológicas, 14(1), e-2150. doi: 10.22235/cp.v14i1.2150
Noronha, A. P. P., & Martins, D. F. (2016). Associações entre forças de caráter e satisfação com a vida: Estudo com universitários. Actas Colombianas de Psicologia, 19(2): 97-103. doi: 10.14718/ACP.2016.19.2.5
Noronha, A. P. P., & Reppold, C. T. (2019). Introdução às forças de Caráter. In M. N. Baptista, M. Muniz, C. T. Reppold, C. H. S. S. Nunes, L. F. Carvalho, R. Primi, A. P. P. Noronha, A. G. Seabra, S. M. Wechsler, C. S. Hutz, & L. Pasquali (2019). Compêndio de Avaliação Psicológica (pp xx-yy). Petrópolis: Vozes.
Northouse, P.G. (2018). Leadership: Theory and practice (8th ed.). Los Angeles: Sage.
Pang, D., & Ruch, W. (2019). Fusing character strengths and mindfulness interventions: Benefits for job satisfaction and performance. Journal of occupational health psychology, 24(1), 150-162. doi: 1076-8998/19/$12.00
Peterson, C., & Park, N. (2006). Character strengths in organizations. Journal of Organizational Behavior, 27, 1149-1154. doi:10.1002/job.398
Peterson, C., & Seligman, M. E. P. (2004). Character strengths and virtues: A handbook and classification. Washington: American Psychological Association.
Seligman, M. E. P., & Csikszentmihalyi, M. (2000). Positive psychology: An introduction. American Psychologist, 55(1), 5-14. doi:10.1037/0003-066X.55.1.
Tehranchi, A., Neshat Doost, H. T., Amiri, S., & Power, M. J. (2018). The role of character strengths in depression: A structural equation model. Frontiers in Psychology, 9, 1609. doi: 10.3389/fpsyg.2018.01609
Vazquez, A. C. S., Ferreira, M. C., & Mendonça, H. (2019). Avanços na Psicologia Positiva: Bem-Estar, Engajamento e Redesenho no Trabalho. Avaliação Psicológica, 18(4), 343-351. doi: 10.15689/ap.2019.1804.18859.02
Vianna, C. R. G. V. (2016). Mulheres na liderança: percepção e práticas do uso de forças de caráter em ambiente organizacional. In A. P. Correa (Org.), Psicologia Positiva: teoria e prática (pp. 172-180). São Paulo: Leader.
Yan, T., Chan, C. W. H., Chow, K. M., Zheng, W., & Sun, M. (2020). A systematic review of the effects of character strengths‐based intervention on the psychological well‐being of patients suffering from chronic illnesses. Journal of Advanced Nursing. doi: 10.1111/jan.14356
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Juliana Taglhare Garcia; Ana Paula Porto Noronha; Leonardo de Oliveira Barros
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.