Plantas alimentícias não convencionais produzidas no sul de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.25159Palavras-chave:
Cultura popular; Hortaliças não convencionais; Produção familiar; Produção orgânica; Seguridade alimentar.Resumo
As plantas alimentícias não convencionais (PANC) representam grande importância e potencial produtivo crescente, sendo importante a identificação das espécies em cada região. Neste sentido, objetivou-se identificar e quantificar variáveis que caracterizassem os sistemas de produção de diferentes espécies de PANC na região Sul de Minas Gerais. Foi utilizada uma amostra de grupo representativo com 96 produtores selecionados entre 12 associações, referente ao período de 2018 a 2019. Foram catalogadas 35 espécies de PANC produzidas em área total de 138 hectares, sendo Inhame-Taro (Colocasia esculenta), Alho Poró (Allium porrum), Ora-Pro-Nóbis (Pereskia aculeata), Cará-do-ar (Dioscorea bulbifera), Guandu em grão (Cajanus cajan), açafrão (Curcuma longa), Gengibre (Zingiber officinale), Espinafre (Spinacea oleracea), Batata Yacon (Smallanthus sonchifolius), e Serralha (Sonchus oleraceus), as espécies mais representativas em área produzida com essas espécies (64%). A associação Camponesa, de Campo do Meio-MG, representou a maior produtora de plantas alimentícias não convencionais (30% do total de PANC comercializadas). Houve uma tendência de aumento no número de produtores com idade superior a 40 anos envolvidos com essas espécies. A principal forma de comercialização adotada é a venda direta no varejo 33%, em feiras livres. Na modalidade de uso da terra, foi observado predomínio (66%) do cultivo em propriedades próprias, familiares e orgânicas.
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