Ensino complementar de micologia médica na modalidade a distância em meio à pandemia da COVID-19: um relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.25237Palavras-chave:
Micologia; Educação a Distância; Educação médica continuada.Resumo
O presente estudo objetiva relatar a experiência na aplicação de um curso de extensão, o qual foi proposto como complemento de ensino na área da micologia médica para estudantes de cursos de graduação na área da saúde. Devido à pandemia do novo coronavírus, o curso foi oferecido na modalidade de ensino a distância. O curso abordou desde as características gerais dos fungos até a identificação de organismos clinicamente significativos nas infecções fúngicas, destacando as micoses superficiais, cutâneas, subcutâneas, sistêmicas, invasivas e as micotoxinas. As principais estratégias de aprendizagem foram as videoaulas gravadas, as atividades assíncronas disponibilizadas para complementar o aprendizado e o estudo de casos clínicos em grupos virtuais nas atividades síncronas. Com relação ao aprendizado dos estudantes, foi possível observar uma maior familiaridade dos participantes com relação aos organismos causadores das infecções fúngicas, principalmente, pela assertividade na resolução dos casos clínicos. Em relação às estratégias metodológicas, verificou-se que foram adequadas, com destaque à necessidade de aumentar o número de encontros síncronos e o tempo de estudo devido à densidade dos conteúdos. Este curso de extensão oferecido como um complemento para o ensino de micologia mostrou ser uma experiência positiva para aumentar a efetividade do aprendizado nesta área do conhecimento.
Referências
ABED. Associação Brasileira de Educação a Distância. (2018). Analytic report of distance learning in Brazil. InterSaberes.
Abensur, S. I., Abensur, H., Malheiros, D. M. A. C., & Zatz, R. (2007). Uso da internet como um ambiente para discussão de casos clínicos. Revista Brasileira de Educação Médica, 31(3), 291–295. https://doi.org/10.1590/S0100-55022007000300012
Afghani, B. (2021). COVID-19 pandemic: a catalyst for transformation of a summer online research program. Medical Education Online, 26(1), 1886029. https://doi.org/10.1080/10872981.2021.1886029
Altomare, C., Logrieco, A. F., & Gallo, A. (2021). Mycotoxins and Mycotoxigenic Fungi: Risk and Management. A Challenge for Future Global Food Safety and Security (Ó. Zaragoza & A. B. T.-E. of M. Casadevall (eds.); pp. 64–93). Elsevier. https://doi.org/10.1016/B978-0-12-819990-9.00032-9
Arafeh, J. (2011). Simulation-Based Training The Future of Competency? The Journal of Perinatal & Neonatal Nursing, 25, 171–174. https://doi.org/10.1097/JPN.0b013e3182116e55
Babacan, S., & Dogru Yuvarlakbas, S. (2021). Digitalization in education during the COVID-19 pandemic: emergency distance anatomy education. Surgical and Radiologic Anatomy. https://doi.org/10.1007/s00276-021-02827-1
Barbeau, M. L., Johnson, M., Gibson, C., & Rogers, K. A. (2013). The development and assessment of an online microscopic anatomy laboratory course. Anatomical Sciences Education, 6(4), 246–256. https://doi.org/https://doi.org/10.1002/ase.1347
Bongomin, F., Gago, S., Oladele, R. O., & Denning, D. W. (2017). Global and Multi-National Prevalence of Fungal Diseases-Estimate Precision. Journal of Fungi (Basel, Switzerland), 3(4), 57. https://doi.org/10.3390/jof3040057
Bosque, E. (2012). Toward salience: an application of integrative, case-based, nursing education for neonatal advanced practice. Advances in Neonatal Care : Official Journal of the National Association of Neonatal Nurses, 12(5), 292–302. https://doi.org/10.1097/ANC.0b013e318262499b
Brito, J. A. (2010). Engajamento em atividades assíncronas na modalidade de ensino a distância: requisitos de interfaces colaborativas. Universidade Federal de Pernambuco.
Brooks, G.F., Carroll, K.C., Butel, J.S., Morse, S.A., Mietzner, T. A. (2012). Microbiologia médica de Jawetz, Melnick e Adelberg (25. ed).
Brown, G. D., Denning, D. W., Gow, N. A. R., Levitz, S. M., Netea, M. G., & White, T. C. (2012). Hidden killers: human fungal infections. Science Translational Medicine, 4(165), 165rv13. https://doi.org/10.1126/scitranslmed.3004404
Castillo, J. (2000). The decline of clinical laboratory science programs in colleges and universities. Journal of Allied Health, 29, 30–35.
Colombo, A. L., Tobón, A., Restrepo, A., Queiroz-Telles, F., & Nucci, M. (2011). Epidemiology of endemic systemic fungal infections in Latin America. Medical Mycology, 49(8), 785–798. https://doi.org/10.3109/13693786.2011.577821
Dorfsman, M., & Horenczyk, G. (2021). The coping of academic staff with an extreme situation: The transition from conventional teaching to online teaching. Education and Information Technologies. https://doi.org/10.1007/s10639-021-10675-0
Gallo, A.-M. (2011). Beyond the classroom: using technology to meet the educational needs of multigenerational perinatal nurses. The Journal of Perinatal & Neonatal Nursing, 25(2), 195–199. https://doi.org/10.1097/JPN.0b013e3182163993
Gil, A. C. (2017). Como elaborar projetos de pesquisa (5th ed.). Atlas.
Githang’a, D., Anzala, O., Mutegi, C., & Agweyu, A. (2019). The effects of exposures to mycotoxins on immunity in children: A systematic review. Current Problems in Pediatric and Adolescent Health Care, 49(5), 109–116. https://doi.org/10.1016/j.cppeds.2019.04.004
Haque, M. A., Wang, Y., Shen, Z., Li, X., Saleemi, M. K., & He, C. (2020). Mycotoxin contamination and control strategy in human, domestic animal and poultry: A review. Microbial Pathogenesis, 142, 104095. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/j.micpath.2020.104095
Kam, S., Toledo, A., Pacheco, C., Souza, G., Santana, V., Bonfá-Araujo, B., & Custodio, C. (2019). Estresse em Estudantes ao longo da Graduação Médica. Revista Brasileira de Educação Médica, 43, 246–253. https://doi.org/10.1590/1981-5271v43suplemento1-20180192
Lima, J. M. M. (2021). Plataforma Moodle: A educação por mediação tecnológica. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo Do Conhecimento, 7(1), 17–37. https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/plataforma-moodle%0D
Mezzari, A., Iser, I., Wiebbelling, A. M. P., & Tarouco, L. (2012). O Uso do Moodle como Reforço ao Ensino Presencial de Parasitologia e Micologia no Curso de Graduação em Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica, 36(4), 557–563.
Murray, P.R.; Rosenthal, K.S.; Pfaller, M. A. (2017). Microbiologia médica (Elsevier (ed.); 8 ed.).
Nucci, M., Queiroz-Telles, F., Tobón, A. M., Restrepo, A., & Colombo, A. L. (2010). Epidemiology of Opportunistic Fungal Infections in Latin America. Clinical Infectious Diseases, 51(5), 561–570. https://doi.org/10.1086/655683
Peixoto, J. M., Santos, S. M. E., Faria, R. M. D. de, & Moura, A. S. (2018). Processos de Desenvolvimento do Raciocínio Clínico em Estudantes de Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica, 42(1), 75–83.
Penteado, R., & Costa, B. (2021). Trabalho Docente com Videoaulas em EAD: Dificuldades de Professores e Desafios para a Formação e a Profissão Docente. Educação Em Revista, 37. https://doi.org/10.1590/0102-4698236284
Rosner, E. R., Reiss, E., Warren, N. G., Shadomy, H. J., & Lipman, H. B. (2002). Evaluation of the status of laboratory practices and the need for continuing education in medical mycology. American Journal of Clinical Pathology, 118(2), 278–286. https://doi.org/10.1309/RR95-P7DN-41LW-1LGQ
Rothan, H. A., & Byrareddy, S. N. (2020). The epidemiology and pathogenesis of coronavirus disease (COVID-19) outbreak. Journal of Autoimmunity, 109, 102433. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/j.jaut.2020.102433
Sohrabi, C., Alsafi, Z., O’Neill, N., Khan, M., Kerwan, A., Al-Jabir, A., Iosifidis, C., & Agha, R. (2020). World Health Organization declares global emergency: A review of the 2019 novel coronavirus (COVID-19). International Journal of Surgery, 76, 71–76. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/j.ijsu.2020.02.034
Spielman, A. I., & Sunavala-Dossabhoy, G. (2021). Pandemics and education: A historical review. Journal of Dental Education, 85(6), 741–746. https://doi.org/https://doi.org/10.1002/jdd.12615
Srinivasan, M., Wilkes, M., Stevenson, F., Nguyen, T., & Slavin, S. (2007). Comparing Problem-Based Learning with Case-Based Learning: Effects of a Major Curricular Shift at Two Institutions. Academic Medicine, 82(1).
Steinbach, W. J., Mitchell, T. G., Schell, W. A., Espinel-Ingroff, A., Coico, R. F., Walsh, T. J., & Perfect, J. R. (2003). Status of medical mycology education. Medical Mycology, 41(6), 457–467. https://doi.org/10.1080/13693780310001631322
Vallabhaneni, S., Mody, R. K., Walker, T., & Chiller, T. (2016). The Global Burden of Fungal Diseases. Infectious Disease Clinics of North America, 30(1), 1–11. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/j.idc.2015.10.004
Vermelho, A.B, Pereira, A.F., Coelho, R.R.R., Souto-Padrón, T. C. B. S. (2014). Práticas de microbiologia. Guanabara Koogan.
Vieira, J., Vieira, M., & Pasqualli, R. (2017). Estudo de caso como estratégia de ensino para a Educação Profissional e Tecnológica. Série-Estudos - Periódico Do Programa de Pós-Graduação Em Educação Da UCDB, 22, 143. https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v22i44.1012
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Geovana Dagostim Savi Bortolotto; Tiago Bortolotto; Franciely Vanessa Costa ; Bruna Daniel Rabelo; Melissa Negro-Dellacqua; Iane Franceschet de Sousa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.