Análise da maturidade de arranjos produtivos locais na Serra Gaúcha
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.25249Palavras-chave:
Arranjo Produtivo Local; Análise de Maturidade; Governança.Resumo
O artigo tem por objetivo identificar o nível da maturidade de Arranjos Produtivos Locais da Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, constituídos por micro, pequenas e médias empresas, que apresentam entre si um conjunto de características próprias, na especialização de produtos/processos/tecnologias. Um processo em que os Arranjos contam com as políticas públicas, na organização e estruturação da governança, para qualificar a capacidade técnica dos atores, estimulando potencialidades endógenas, ativando o movimento associativo local, tornando-se um ambiente fértil, para verificar o nível da maturidade dos Arranjos. Para responder esse desafio, a pesquisa conta com o modelo de identificação do nível de maturidade de Pietrobon (2009). Ainda, o estudo conta com os resultados coletados, pelo questionário, que apresenta o mapeamento e padronização de processos, treinamentos, estrutura organizacional, melhoria contínua, relacionamento, certificação, parcerias, clima organizacional e tecnologia da informação, planejamento estratégico. Pelas lentes de Pietrobon (2009), foram estabelecidos os graus da maturidade de cada Arranjo, tendo presente a análise por dimensão, construindo uma equiparação entre dados da pesquisa, o que permitiu identificar o grau de maturidade, destacando-se em primeiro lugar, o Metalmecânico e Automotivo, em segundo, o Polo de Moda, em terceiro, o Moveleiro. Ainda, a pesquisa aponta que os Arranjos Produtivos Locais são mecanismos de desenvolvimento do setor de produtivo, especialmente ao contar com poder financiador e estruturante do Estado, que modela, auxilia na organização do Arranjo. No entanto, é determinante o fator humano local, o comprometimento dos membros, que modifica e amadurece o Arranjo.
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