Influência da sazonalidade na incidência de fissuras labiopalatinas em um centro de referência no Oeste do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25577Palavras-chave:
Fenda Labial; Fissura Palatina; Estações do ano; Anormalidades Craniofaciais.Resumo
Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar, com base na data de concepção, se existe uma influência da sazonalidade com o aumento do risco de desenvolvimento de fendas orofaciais, relacionando-o com o gênero. Metodologia: Estudo documental retrospectivo conduzido através da compilação de dados secundários de pacientes atendidos entre os anos de 2013 e 2019, em um centro de referência. Só foram incluídos pacientes com fissura labial e/ou palatina isolada. O teste X² de aderência e o teste X² de independência seguido, quando necessário, do pós-teste dos resíduos ajustados, foram utilizados para analisar a diferença estatística e a associação entre as variáveis. Os grupos foram ordenados considerando o gênero e a sazonalidade, divididos de acordo com as estações do ano: outono, inverno, primavera e verão. Resultados: 181 pacientes preencheram o critério de inclusão. A idade gestacional média foi de 38,4 semanas. A história familiar foi negativa em 114 (63%) casos. Do total, 51 concepções (28,18%) ocorreram na Primavera, 46 (25,41%) no Inverno, 42 (23,20%) no Outono, e 42 (23,20%) no Verão. Não houve diferença significativa na incidência de fissuras orofaciais entre as 4 estações do ano, nem quando se relacionou a distribuição sazonal com o gênero. Conclusão: Não foi encontrada qualquer associação da sazonalidade com o desenvolvimento de fissuras orofaciais, considerando a data de concepção. Não foi encontrada diferença significativa ao relacionar a distribuição sazonal com o gênero.
Referências
Altoé, R. S. et al (2020). Influence of parental exposure to risk factors in the occurrence of oral clefts. J. Dent., v.21, n.2, p.119- 126.
Borges, A. R.; Mariano, L.; Sá, J.; Medrado, A. P.; Veiga, P. C.; Reis, S. R. A. (2014). Fissuras labiais e/ou palatinas não sindrômicas: determinantes ambientais e genéticos. Revista Bahiana de Odontologia. 5(1):48-58.
Cooper, M. E., Ratay, J. S., Marazita, M. L. (2006). Asian oral-facial cleft birth prevalence. Cleft Palate Craniofac J. 43(5):580-9.
Costa, R. R.; Takeshita, W. M.; Farah, G. J (2013). Levantamento epidemiológico de fissuras labiopalatais no município de Maringá e região. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent., 67(1): 40-44.
Aquino, S. N.; Machado, R. A.; Paranaíba, L. M. R.; Martelli, D. R.; Popoff, D. A. V.; Swerts, M. S. O. et al. (2017). A review of seasonality of cleft births - The Brazil experience. J Oral Biol Craniofac Res.7(1):2-6.
Dixon, M. J.; Marazita, M.; Beaty, T. H.; Murray, J. C. (2011). Cleft lip and palate: understanding genetic and environmental influences. Nat Rev Genet.,12(3):167-78.
Dodge, Y. (2006). The Oxford Dictionary of Statistical Terms. Oxford: Oxford University Press.
Elliott, R. F.; Jovic, G.; Beveridge, M. (2008). Seasonal variation and regional distribution of cleft lip and palate in Zambia. Cleft Palate Craniofac J. 45(5):533-8.
Fraser, F. C. & Gwyn, A. (1998). Seasonal variation in birth date of children with cleft lip. Teratology. 57(2):93-5.
Governo do Brasil, 2017. Um em cada 650 bebês nasce com fissura labiopalatal no país. http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2016/11/um-em-cada-650-bebes-nasce-com-fissuralabiopalatal- no-pais.
Hao, Y.; Zhuang, D.; Jiao, X. (2021). Seasonal Variation of Nonsyndromic Orofacial Clefts in Northern Chinese Population, Journal of Craniofacial Surgery.
Krapels, I. P.; Vermeij-Keers, C.; Müller, M.; de Klein, A.; Steegers-Theunissen, R. P. (2006). Nutrition and genes in the development of orofacial clefting. Nutr Rev.64(6):280-8.
Krost, B. & Schubert, J. (2006). Influence of season on prevalence of cleft lip and palate. Int J Oral Maxillofac Surg. 35(3):215-8.
Maia, C. S.; Junior, J. R. A. Q.; Medeiros, J. P.; Tenório, F. C. A. M. et al. (2020). Metabolismo do ácido fólico e suas ações na embriogênese. Braz. J. of Develop.,Curitiba, v.6, n.8,p. 57002-57009
Sakran, K. A.; Mashrah, M. A.; Al-Rokhami, R. K.; Hsieh, T.; Huang, H.; Alkebsi, K.; et al. (2021) Nonsyndromic Oral clefts and associated risk factors in Gansu Province, Northwestof China. J Oral Maxillofac Surg Med Pathol. 33(5): 494-499
Santos, L. M. P. & Pereira, M. Z. (2007). Efeito da fortificação com ácido fólico na redução dos defeitos do tubo neural. Cadernos de Saúde Pública. 23(1):17-24.
Schoenwolf, G. C. et al. (2016). Larsen embriologia humana. 5. ed. ‑ Rio de Janeiro : Elsevier, 178 – 698.
Silva, C. M., Pereira, M. C., Queiroz, T. B., & Neves, L. T. (2018). O papel do ácido fólico na prevenção das fissuras labiopalatinas não sindrômicas: uma revisão integrative. Braz. Ap. Sci. Rev., Curitiba, v. 3, n. 1, p. 641-658.
Souza, J. & Raskin, S. (2013). Clinical and epidemiological study of orofacial clefts. J. Pediatr. 89(2):137-144.
Spina, V.; Psillakis, J. M.; Lapa, F.S. (1972). Classificação das fissuras lábio-palatinas: sugestão de modificação. Rev. Hosp Clin Fac Med São Paulo. 27:5-6.
Van der Lek, L .M.; Pool, S. M. W.; de Jong, K.; Vermeij-Keers, C.; Mouës-Vink, C. M. (2021). Seasonal Influence on the Numbers of Gender-Related Orofacial Cleft Conceptions in the Netherlands. Cleft Palate Craniofac J.
Wehby, G. L.; Félix, T. M.; Goco, N.; Richieri-Costa, A.; Chakraborty, H.; Souza, J.; et al. (2013). High dosage folic acid supplementation, oral cleft recurrence, and fetal growth. Int J Environ Res Public Health. 10(2):590-605.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Andressa Fernanda Luiz; Luciana Paula Grégio d'Arce Rodrigues; Natani Ribeiro Demarco
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.