Prevalência de cárie em escolares de 5 e 12 anos no município de Palmas-TO
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25667Palavras-chave:
Cárie dental; Epidemiologia; Prevalência; Índice CPO.Resumo
Objetivo: o objetivo desse estudo foi fazer uma análise da prevalência de cárie em crianças e adolescentes da região Norte e Palmas, capital do Tocantins. Metodologia: o método utilizado foi revisão integrativa da literatura, consistindo na busca de artigos científicos e dados oficiais de pesquisas nas bases de dados International library of medicine national institutes of health (PubMed), biblioteca virtual em saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Google acadêmico. Os dados são provenientes dos índices de cárie dentária (ceo-d - dentes decíduos cariados, perdidos por cárie e obturados e CPO-D – dentes permanentes cariados, perdidos por cárie e obturados) obtidos nos levantamentos epidemiológicos realizados no Brasil nos anos de 1986, 1996, 2003 e 2010. Resultados: embora os inquéritos epidemiológicos tenham registrado ao longo dos anos uma redução na prevalência da cárie dentária em países desenvolvidos e o Brasil segue essa tendência mundial, a cárie ainda é considerada um problema de saúde pública. O estudo demonstrou que o índice de cárie dentária em Palmas é maior em crianças do que em adolescentes. O percentual de dentes restaurados, componente “o” do índice ceo-d, é menor nas crianças de cinco anos de idade da capital. O estudo evidenciou que a cárie afeta desproporcionalmente a população menos favorecida, permanecendo ao longo dos anos diferenças significativas na prevalência de cárie entre as regiões do país. Poucos dados foram encontrados na literatura referentes ao Estado do Tocantins e Palmas. Conclusão: conclui-se que ações de promoção e prevenção em saúde bucal no município de Palmas deverão ser implementadas em idades iniciais de forma efetiva com o objetivo de reduzir a prevalência de cárie na infância.
Referências
Antunes, J. L. F. & Narvai, P. C. (2010). Políticas de saúde bucal no Brasil e seu impacto sobre as desigualdades em saúde. Rev Saúde Pública, 44(2), 360-5.
Agnelli, P. B. (2015). Variação do índice CPOD do Brasil no período de 1980 a 2010. Rev. bras. odontol. Rio de Janeiro, jan./jun. 72 (2), 10-5.
Ardenghi, T. M., Piovesan, C. & Antunes, J. L. F. (2013). Desigualdades na prevalência de cárie dentária não tratada em crianças pré-escolares no Brasil. Rev. Saúde Pública, 47 (Supl 3),129-137.
BRASIL. (2012). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. SB Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal: resultados principais / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde.
BRASIL. (2004). Projeto SB Brasil 2003: condições de saúde bucal da população brasileira 2002-2003: resultados principais / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde.
Berti, M., Furlanetto, D. L. C, Waker, M. M. S, Baltazar, M. M. M. & Bianchi, F. J. (2013). Levantamento epidemiológico de cárie dentária em escolares de 5 e 12 anos de idade do município de Cascavel, PR. Cad. saúde colet., 21(4).
Borges, T. S., Schwanke, N. L., Reuter, C. P., Kraether Neto, L. & Burgos, M. S. (2016). Fatores associados à cárie: pesquisa de estudantes do sul do Brasil. Ver Paul. Pediatr., 34, 489-494.
Cruz, M. G. B & Narvai, P. C. (2018). Cárie e água fluoretada em dois municípios brasileiros com baixa prevalência da doença. Rev Saúde Pública. 52 (28).
Demeu, A. J. M., Viudes, L. P., Barbosa, L. C. & Nascimento, V. R. (2019). Prevalência de cárie em crianças do ensino fundamental de Umuarama, Paraná. Arch Health Invest,8(10):592-596.
Dourado, M. R., Rebelo, J. H. A., Rocha, A. L. & Santa-Rosa, T. T. A. (2017). Prevalência de cárie em escolares da zona rural de Indaiabira, Minas Gerais, Brasil. Rev. APS. 20(1): 89 - 97.
Freire, M. C. M., Reis, S. C. G. B., Figueiredo, N., Peres, K. G., Moreira, R.S. & Antunes, J. L. F. (2013). Determinantes individuais e contextuais da cárie em crianças brasileiras de 12 anos em 2010. Rev. Saúde Pública, Dec. 47 (supl.3).
Gimenez, T., Bispo, B. A., Souza, D. P., Viganó, M. E., Wanderley, M. T., Mendes, F. M., Bonecker, M. & Braga, M. M. (2016). Does the Decline in Caries Prevalence of Latin American and Caribbean Children Continue in the New Century? Evidence from Systematic Review with Meta-Analysis. PLOS ONE. 11. 10.1371/journal.pone.0164903.
Huang, D., Sokal-Gutierrez, K. & Chung, K. (2019). Maternal and Child Nutrition and Oral Health in Urban Vietnam. International Journal of Environmental Research and Public Health, 16, 5-8.
Heozor-Ejiofor, Z., Worthington, H. V., Walsh, T., O'Malley, L., Clarkson, J. E., Macey, R., Alam, R., Tugwell, P., Welch, V. & Glenny, A. M. Water fluoridation for the prevention of dental caries. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Jun 18;2015(6):CD010856. doi: 10.1002/14651858.CD010856.pub2. PMID: 26092033; PMCID: PMC6953324.
Kopycka-Kedzierawski, D. T. & Billings, R. J. (2011). Prevalência de cárie dentária e utilização de cuidados dentários em crianças pré-escolares urbanas matriculadas em um estudo de eficácia comparativa. Arquivos europeus de odontopediatria: jornal oficial da Academia Europeia de Odontopediatria , 12 (3), 133–138. https://doi.org/10.1007/BF03262794.
Lacerda, A. P. A. G., Oliveira, N. A., Pinheiro, H. H. C., Assis, K. M. L. & Cury, J. A. (2020). Fluoretação da água dos dez maiores municípios do estado do Tocantins, Brasil. Ciênc. Saúde Coletiva, 25(4).
Lucas, S. D, Portela, M. C. & Mendonça, L. L. Variações no nível de cárie dentária entre crianças de 5 e 12 anos em Minas Gerais, Brasil. CAD. SAÚDE PÚBLICA 21 (1) • FEV 2005.
Martins, A. M. E. B. L., Melo, F. S., Fernandes, F. M., Sorte, J. A. B., Coimbra, L. G. A. & Batista, R. C. (2005). Levantamentos epidemiológicos brasileiros das condições de saúde bucal. UNIMONTES CIENTÍFICAS, Montes Claros, .7 (1).
Mehta, A. Trends in dental caries in Indian children for the past 25 years. Indian J Dent Res. 2018 May-Jun;29(3):323-328. doi: 10.4103/ijdr.IJDR_615_17. PMID: 29900916.
Melo, C. B. & Lima, C. M. A. (2009). Estudo epidemiológico da cárie dentária no brasil, período de 1986 a 2003. Revista Paraense de Medicina, 23(4).
Moura, C., Cavalcanti, A. L. & Bezerra, P. K. M. (2008). Prevalência de cárie dentária em escolares de 12 anos de idade, Campina Grande, Paraíba, Brasil: enfoque socioeconômico. Rev. odonto ciênc. 23(3):256-262.
Moysés, S. J., Pucca Junior, G. A., Paludetto Junior, M. A. & Moura, L. (2013). Avanços e desafios à Política de Vigilância à Saúde Bucal no Brasil. Rev Saúde Pública,47(Supl 3):161-7.
Narvai, P.C, Frazão, P. & Castellanos, R. A. (1999). Declínio na experiência de cárie em dentes permanentes de escolares brasileiros no final do século XX. Rev. Odontologia e Sociedade, 1 (1).
Narvai, P. C., Frazão, P., Roncalli, A. G. & Antunes, J. L. F. (2006). Cárie dentária no Brasil: declínio, iniquidade e exclusão social. Rev Panam Salud Publica. 19(6):385–93.
Pontigo-Loyola, A. P., Márquez-Corona, M. L., Minaya-Sánchez, M., Lucas-Rincón, S. E., Casanova-Rosado, J. F., Robles-Minaya, J. L., Casanova-Sarmiento, J. A., Casanova-Rosado, A. J., Mendoza-Rodriguez, M. & Medina-Solís, C. E. (2020). Correlation between the caries status of the first permanent molars and the overall DMFT Index. Medicine (Baltimore). 99 (5): e19061.
Peres, K. G., Peres, M. A., Boing, A. F., Bertoldi, A. D., Bastos, J. L. & Barros, A. J. D. (2012). Redução das desigualdades sociais na utilização de serviços odontológicos no Brasil entre 1998 e 2008. Rev Saúde Pública, 46(2), 250-8.
Roncalli, A. G., Côrtes, M. I. S. & Peres, K. G. (2012). Perfis epidemiológicos de saúde bucal no Brasil e os modelos de vigilância. Cad. Saúde Pública, 28 (Sup: S58-S68).
Santos, S. P., Vieira, G. O., Scavuzzi, A. I. F. & Gomes Filho, I. S. (2016). Práticas alimentares e cárie dentária - uma abordagem sobre a primeira infância. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. (1).
Silva Junior, M. F., Sousa, M. L. R & Batista M. J. (2019). Reducing social inequalities in the oral health of an adult population. Braz. Oral Res. 33:102.
Splieth, C. H.; Santamaria, R. M.; Basner, R; Schüler, E. & Schmoeckel, J. 40-Year Longitudinal Caries Development in German Adolescents in the Light of New Caries Measures. Caries Res. 2019;53(6):609-616. doi: 10.1159/000501263. Epub 2019 Jul 26. PMID: 31352461.
Tobias, R., Parente, R. C. P. & Rebelo, M. A. B. (2008). Prevalência e gravidade da cárie dentária e necessidade de tratamento em crianças de 12 anos de município de pequeno porte inserido no contexto amazônico. Rev Bras Epidemiol. 11(4), 608-618.
Vasconcelos, F. G. G., Gondim, B. L. C., Rodrigues, L. V., Lima-NetO, E. A., & Valença, A. M. G. (2018). Evolução dos índices ceo-d/cpo-d e de cuidados odontológicos em crianças e adolescentes com base no SB BRASIL 2003 e SB BRASIL 2010. Revista Brasileira De Ciências Da Saúde, 22(4), 333 - 340.
Vilar, M. O., Pinheiro, W. R. & Araújo, I. S. (2020). Prevalência de cárie dentária em crianças em condição de vulnerabilidade social. Id on Line Rev.Mult. Psic.,14 (49), 577-586.
Xiao, J., Alkhersa, N., Kopycka-Kedzierawskia, D. T., Billingsa, R. J., Wu, T. T., Castillo, D. A., Rasubala, L., Mal,mstrom, H., Ren, Y. & Eliav, E. (2019). Prenatal Oral Health Care and Early Childhood Caries Prevention: A Systematic Review and Meta-Analysis. Caries Res., 53:411–421.
Watt, R., Mathur, M. R., Ainda, J., Bonecker, M., Venturelli, R. & Gansky, S. A. (2018). Oral Health Disparities in Children: a Canary in the Coalmine? Pediatric Clinics of North America, 65, 965-979.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Veruska Azevedo Veras; Eskálath Morganna Silva Ferreira ; Leila Ruth Oliveira Gurgel do Amaral; Juliana Fonseca Moreira da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.