Atividade antibacteriana do Kombuchá contra Escherichia coli e Staphylococcus aureus e Produção de queijo Minas Frescal com Scoby

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25721

Palavras-chave:

Coliformes; Filme gelatinoso; Ingrediente funcional; Lactobacilos; Probiótico.

Resumo

Ingredientes funcionais tornaram-se comuns em produtos alimentícios. A bebida fermentada de Kombuchá se destaca por suas propriedades probióticas e antimicrobianas que contribuem de forma benéfica quando utilizada na alimentação. O presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana do Kombuchá em queijos contaminados experimentalmente. Para tanto, foram preparados queijos Minas Frescal, inoculados com Escherichia coli e divididos em três tratamentos: 1) bactéria láctica (BioRich ®); 2) bactéria láctica (BioRich®) e 10 g de Scoby (cultura simbiótica de bactérias e leveduras); 3) 10 g de Scoby. O filme gelatinoso (Scoby) foi usado para produzir o extrato de Kombuchá. O delineamento experimental foi em esquema fatorial 3 x 4 com três tratamentos e quatro tempos de avaliação. Os dados foram analisados ​​por meio de ANOVA e as médias dos tratamentos comparadas com o teste de Tukey (p £ 0,05). Os parâmetros de concentração inibitória mínima, cor, textura, pH, acidez, atividade de água, contagem de leveduras, lactobacilos e coliformes totais foram avaliados nos dias 0, 3, 6 e 9 de armazenamento. A ação antibacteriana do Kombuchá foi comparada com as bactérias Escherichia coli e Staphylococcus aureus para concentração inibitória mínima. Acidez, contagem de bactérias, leveduras, coliformes, lactobacilos, dureza e gomosidade foram significativos na adição de Kombuchá aos queijos (p £ 0,05). A adição de kombuchá aos queijos não foi eficaz para promover menor crescimento de coliformes e alterou adversamente os parâmetros de textura.

Referências

American Public Health Association (APHA). (2001). Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods, 4 ed. American Public Health Association, Washington, D. C. 676p.

Brasil, Anvisa. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2001). Resolução RDC N 12, de 02 de Janeiro de 2001. Regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da União, Brasília. 10: 45-53.

Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (1997). Ordinance N° 352, de 04 de setembro de 1997. Aprova o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Queijo Minas Frescal. Diário Oficial da União de 08/09/1997, Seção 1. pp: 19684.

Campagnollo, F. B. L. P., Margalho, B. A., Kamimura, M. D., Feliciano, L. Freire, L. S., & Sant’Ana., A. S. (2018). Selection of indigenous lactic acid bacteria presenting anti-listerial activity, and their role in reducing the maturation period and assuring the safety of traditional Brazilian cheeses. Food Microbiology. 73: 288-297.

Cardoso, S. B. I. C., Busfield, E., Steiner, & de Oliveira Rosa, T. R. (2018). Avaliação física, química e antimicrobiana da Kombucha Probiótico (Medusomyces gisevii lindau) e análise comparativa com outros probióticos comercializados no Brasil. Nutrição Brasil. 17: 2-8.

Carvalho, J. D. G., Viotto, W. H., & Kuaye A. Y. (2007). The quality of Minas Frescal cheese produced by different technological processes. Food Control, 18: 262-267.

CLSI. Clinical and Laboratory Standards Institute. (2009). Performance Standards for Antimicrobial Disk Susceptibility Test; Approved Standand-Tenth Edition. Wayne, CLSI document M02-A10.

Coelho, R. M. D., Almeida, A., do Amaral, R. Q. G., da Mota, R. N., & de Sousa, P. H. M. (2020). Kombucha. International Journal of Gastronomy and Food Science, 100272.

De Filippis, F., Troise, A. D., Vitaglione P., & Ercolini, D. (2018). Different temperatures select distinctive acetic acid bacteria species and promotes organic acids production during Kombucha tea fermentation. Food Microbiology, 73: 11-16.

Gramza-Michałowska, A., B., Kulczyński, Y., Xindi, & Gumienna, M. (2016). Research on the effect of culture time on the kombucha tea beverage? antiradical capacity and sensory value. Acta Scientiarum Polonorum Technologia Alimentaria, 15: 447-457.

Junior, S. E. B., Miyaoka, M. F., da Luz Costa, J., Benavente, C. A. T., Couto, G. H., & Soccol, C. R. (2012). Inibição do crescimento de bactérias Gram-negativas em microdiluição por tratamento com Nisina e EDTA. J. Journal of Biotechnology and Biodiversity, 3: 127-135.

Lima, A. A., & Cardoso, A. J. V. S. (2019). Qualidade microbiológica de queijo Minas frescal, artesanal, comercializados em feiras livres do Distrito Federal/Microbiological quality of Minas Frescal Cheese, handcrafted, marketed at free fairs of the Federal District. Brazilian Journal of Development, 5(9): 13673-13688.

Magenis, R.B., Prudêncio, E.S., Fritzen-Freire, C.B., Stephan, M.P., do Egito, A.S., Daguer, H., 2014. Rheological, physicochemical and authenticity assessment of Minas Frescal cheese. Food Control, 45, 22-28.

Marsh, A. J., O'Sullivan, O., Hill, C., Ross, R. P., & Cotter, P. D. (2014). Sequence-based analysis of the bacterial and fungal compositions of multiple kombucha (Tea fungus) samples. Food Microbiology, 38: 171-178.

Medeiros, S. C. G., & Cechinel-Zanchett, C. C. (2019). Kombucha: efeitos in vitro e in vivo. Infarma-Ciências Farmacêuticas, 31(2): 73-79.

Morales, D. (2020). Biological activities of kombucha beverages: The need of clinical evidence. Trends in Food Science & Technology.

Nguyen, N. K., Dong, N. T. N., & Nguyen, H. T. (2015). Lactic acid bacteria: promising supplements for enhancing the biological activities of kombucha. Springerplus, 4(1): 91.

Oliveira, A. M., Kurihara, R. Y., da Silva, F. F., Godoi Silva, F., Júnior, de J. C. R., & Beloti, V. (2017). Condições higiênico-sanitárias da produção de queijos tipo mussarela e minas frescal comercializados no norte do Paraná. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, 72(1): 40-47.

Oliveira, S. P. P., Martins, J. M., Nogueira, C. H., do Vale, R. C., Rodrigues, M. P. J., & Galleti, A. N. (2018). Características físico-químicas de queijo Minas artesanal do Serro fabricados com pingo e com rala. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, 73(4): 235-244.

Tomar, O. (2019). The effects of probiotic cultures on the organic acid content, texture profile and sensory attributes of Tulum cheese. International Journal of Dairy Technology, 72(2), 218-228.

Vohra, B. M., Fazry, S., Sairi, F., & Babul-Airianah,O. (2019). Effects of medium variation and fermentation time on the antioxidant and antimicrobial properties of Kombucha. Malaysian Journal of Fundamental and Applied Sciences, 15(2-1): 298-302.

Watawana, M. I., Jayawardena, N., Gunawardhana, C. B., & Waisundara, V. Y. (2015). Health, wellness, and safety aspects of the consumption of kombucha. Journal of Chemistry, 1-11.

Wayne, P.A. (2002). NCCLS (National Committee for Clinical Laboratory Standards) Method for dilution antimicrobial susceptibility tests of bacteria that grow aerobically. Approved Standard. M100-S12.

Zacarchenco, P., Trento, F., L., Spadoti, D., Gallina, D., & Silva, A. (2011). Bolores e leveduras em queijos. Revista Leite & Derivados, ano XX, (129): 92-99.

Downloads

Publicado

28/01/2022

Como Citar

COELHO, E. B. .; SARAIVA, B. B.; RODRIGUES, B. M. .; SILVA JÚNIOR, R. C. da .; CAMPANHOLI, K. da S. S. .; MARICATO, D. M. B.; PINTRO, P. M. .; POZZA, M. S. dos S. Atividade antibacteriana do Kombuchá contra Escherichia coli e Staphylococcus aureus e Produção de queijo Minas Frescal com Scoby . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 2, p. e37711225721, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i2.25721. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/25721. Acesso em: 1 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas