Resistência de trabalhadores lésbicas, transgêneros, bissexuais, gays e intersexuais na sociedade e no trabalho
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2576Palavras-chave:
Homfobia; Trabalho; LGBTI’s.Resumo
O presente artigo visa analisar as resistências lésbicas, transgêneros, intersexuais, bissexuais e gays em face das práticas de homofobia e violências heteronormativas no contexto das organizações, do trabalho e da sociedade, bem como as possibilidades de resistência em torno de uma postura crítica e reflexiva sobre os padrões dominantes e hegemônicos na sexualidade. Para tal, discutimos sobre homofobia, heteronormatividade e violência no trabalho. Assim, fizemos uma pesquisa de cunho qualitativo com a utilização da história oral com foco em suas trajetórias profissionais e analisamos os dados através da análise de conteúdo qualitativa pelas categorias de “resistindo à violência” e “superação e análise crítica em torno da violência”. Há diversas formas de lidar com o preconceito no ambiente de trabalho desde as mais sutis até as mais explícitas. De modo geral, destaca-se que a superação violência pode estar relacionada com uma análise crítica e reflexiva em torno do ponto de vista dominante e heteronormativo, com a aceitação plena de sua sexualidade, com o questionamento das violências, com a busca de informação e de esclarecimento, e com uma melhor autoestima.
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