Relação Umidade: Proteína em peitos de frango de corte acometidos com defeitos musculares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25789

Palavras-chave:

Estrias brancas; Frangos de corte; Peito amadeirado; Peso do peito; Umidade:Proteína (RUP).

Resumo

A evolução genética das linhagens de frango de corte desencadeou ganhos nos índices de desempenho e alterações corpóreas. Isto posto, evidencia-se um desafio às indústrias avícolas o cumprimento dos padrões legais dos teores da Relação Umidade:Proteína (RUP) para deter fraudes por inserção de água na carne. Neste sentido, sabe-se que os defeitos musculares de peito amadeirado e estrias brancas influenciam na composição centesimal da carne, identificando-se cortes com maior umidade e menor funcionalidade proteica. Outro fator importante na variação da RUP é o peso das aves, pois quanto menor for a carcaça, maior será sua absorção de água no processo de abate. Por isso, o objetivo da pesquisa foi avaliar a RUP e sua associação com a ocorrência e severidade dos defeitos musculares e a influência do peso dos peitos de frangos de corte nestas variáveis. Coletou-se 240 amostras de peitos de frangos de corte com 42 dias que foram pesadas, classificadas pela severidade dos defeitos musculares e avaliadas para sua composição centesimal de umidade e proteína através de espectroscopia de reflectância do infravermelho proximal (NIRS). Nos resultados verificou-se que a média da RUP apresentou diferença significativa (p<0,05) na presença de peito amadeirado. Entretanto, os peitos acometidos por estrias brancas não apresentaram diferença na RUP. Em ambos os defeitos, a RUP foi influenciada pelo peso do peito. Portanto, deve-se considerar as mudanças de deposição dos tecidos corporais das linhagens modernas para garantir que os padrões legais sejam eficazes no controle de fraudes e não estejam obsoletos.

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Publicado

26/01/2022

Como Citar

SIMONETTI, T.; LANTMANN, T. L.; KINDLEIN, L.; BERTON, C. P.; TARTARI, P. N. Relação Umidade: Proteína em peitos de frango de corte acometidos com defeitos musculares. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 2, p. e31711225789, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i2.25789. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/25789. Acesso em: 27 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas