Análise dos focos de calor no estado do Pará no período de 2016 a 2019

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.25793

Palavras-chave:

Geoprocessamento; Método de Kernel.

Resumo

Este trabalho visou analisar a incidência de focos de calor localizados no estado do Pará, nos anos de 2016 a 2019. Para análise, mapeou-se os focos de calor que ocorreram nos estado do Pará, dando destaque para a mesorregiões de maior ocorrência. Utilizou-se variáveis estatísticas de  medidas de tendências centrais, assim como, foram gerados mapas através do estimador de densidade de Kernel. Para manipulação dos dados foi utilizado software de sistema SIG. Foram gerados mapas com cinco níveis de densidade de Kernel representados por cores, sendo elas, verde escuro (muito baixa), verde claro (baixa), amarelo (média), laranja (alta) e vermelho (muito alta), sendo este aplicado para os três municípios com maior número de focos. Os resultados demonstraram que no Pará a incidência de focos de calor concentram-se, sobretudo, ao longo das vias de acesso. Já as mesorregiões que obtiveram a maior incidência de focos de calor destaca-se o Sudeste Paraense (38.989), seguido pelo Sudoeste Paraense (38.411), o Baixo Amazonas (16.547) e o Nordeste Paraense (16.294). Os municípios que apresentaram alta incidência de focos de calor ficam localizados nas mesorregiões de maior concentração, sendo eles, São Félix do Xingu (13.077) e os municípios de Altamira (11.710) e Novo Progresso (6.840). Os focos de calor tendem a aumentar nos meses mais secos do ano, este aumento começa a partir do mês de julho, sendo o mês de novembro o mais crítico.

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Publicado

29/04/2022

Como Citar

COSTA , R. R. .; OLIVEIRA, B. L. .; PAIVA, P. F. P. R. .; ROCHA, E. S. da .; SILVA JUNIOR, O. M. da .; CARNEIRO, F. da S. .; PINHEIRO, K. A. O. .; AMORIM, M. B. . Análise dos focos de calor no estado do Pará no período de 2016 a 2019. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 6, p. e31611625793, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i6.25793. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/25793. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas