Proposta metodológica para mapeamento das áreas de não-floresta presentes no projeto de monitoramento de áreas desflorestadas da Amazônia Legal Brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.25794

Palavras-chave:

Dinâmica de uso da terra; Região amazônica; Análise da paisagem; Classe não-floresta.

Resumo

As áreas com formações não-florestais presentes na Amazônia Legal Brasileira estão sob a ameaça devido ao aumento do desmatamento associado à agricultura, pastagens, infraestrutura rodoviária e do aumento populacional das cidades e povoamentos. Todavia a sua diversidade de fisionomias vegetacionais e seu status de conservação ainda são pouco conhecidas. A presente pesquisa apresenta uma proposta metodológica de mapeamento das áreas com formações não florestais, com base no melhor entendimento da dinâmica de uso e cobertura da região amazônica, seguindo as classes do Projeto TerraClass. O estudo foi conduzido em uma área localizada do estado de Rondônia e se propôs a realizar a análise da paisagem por meio de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento utilizando a plataforma Google Earth Engine para o ano de 2019. Os resultados revelam uma mudança na paisagem, onde as classes Pastagem, Floresta e Não-floresta compõe a maior parte da paisagem da área. Os dados de uso da terra gerados a partir do processamento de imagens de satélite e o cruzamento dos polígonos de não-floresta mostraram que as classes Pastagem e Floresta passaram a compor a maior parte da paisagem onde deveria ter somente a presença de não-floresta. Ressalta-se a importância da continuação do mapeamento da dinâmica das mudanças da paisagem que garantam a conservação das áreas de remanescentes não-florestais dada intensidade com que as mudanças ocorrem na região.

Referências

Ahmed, Z., Le, H.P. & Shahzad, S.J.H. (2021). Toward environmental sustainability: how do urbanization, economic growth, and industrialization affect biocapacity in Brazil?. Environ Dev Sustain. https://doi.org/10.1007/s10668-021-01915-x

Almeida, C. A. de, et al. (2016). High spatial resolution land use and land cover mapping of the Brazilian Legal Amazon in 2008 using Landsat-5/TM and MODIS data. Acta Amazonica. 291. 291-302. 10.1590/1809-4392201505504.

Anderson, A. B. (2020). “White-Sand Vegetation of Brazilian Amazonia.” Biotropica, vol. 13, no. 3, 1981, pp. 199–210. JSTOR, www.jstor.org/stable/2388125. Accessed 14 Feb.

Assis, L. F. F. G.; Ferreira, K. R.; Vinhas, L.; Maurano, L.; Almeida, C.; Carvalho, A.; Rodrigues, J.; Maciel, A.; Camargo, C. (2019). TerraBrasilis: A Spatial Data Analytics Infrastructure for Large-Scale Thematic Mapping. ISPRS International Journal of Geo-Information. 8, 513. DOI: 10.3390/ijgi8110513

Barbosa, R.I., Campos, C., Pinto, F., Fearnside, P.M. (2007). The “Lavrados” of Roraima: Biodiversity and Conservation of Brazil's Amazonian Savannas. Functional Ecosystems and Communities 1(1): 30-42. ISSN 1749-0502.

Belgiu, M. & Drăgu, L. (2016). Random Forest in Remote Sensing: A Review of Applications and Future Directions. ISPRS Journal of Photogrammetry and Remote Sensing,114: 24-31.

Breiman, L. (2001). Random Forests. Mach Learn. 45(1):5–32.

Carvalho, N. L., Kersting, C., Rosa, G., Fruet, L., Barcellos, A. L. (2015). Desenvolvimento sustentável x desenvolvimento econômico. Revista Monografias Ambientais, Santa Maria, v. 14, n. 3, Set-Dez,p. 109−117 Revista do Centro de Ciências Naturais e Exatas – UFSM ISSN : 22361308.

Carvalho, W. D., Mustin, K. (2017). The highly threatened and little known Amazonian savannahs. Nature Ecology & Evolution, 1. doi:10.1038/s41559-017-0100

Carvalho, W. D., Mustin, K., Hilario, R. R., Vasconcelos, I. M., Eilers, V., Fearnside, P. M. (2019). Deforestation control in the Brazilian Amazon: A conservation struggle being lost as agreements and regulations are subverted and bypassed. Perspectives in Ecology and Conservation, 9, 122--130.

Du, P.; Samat, A.; Waske, B.; Liu, S. & Li, Z. (2015). Random Forest and Rotation Forest for fully polarized SAR image classification using polarimetric and spatial features. Journal of Photogrammetry and Remote Sensing,105: 38-53.

Flores, B.M., Holmgren, M. (2021). White-Sand Savannas Expand at the Core of the Amazon After Forest Wildfires. Ecosystems. https://doi.org/10.1007/s10021-021-00607-x

Gorelick, N; Hancher, M.; Dixon, M.; Ilyushchenko, S; Thau, D.; Moore, R. (2017). Google Earth Engine: Planetary-scale geospatial analysis for everyone. Remote Sensing of Environment, v. 202, p. 18–27.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2012). Manual técnico da vegetação brasileira. IBGE, Rio de Janeiro.

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. (2008). Monitoramento da cobertura florestal da amazônia por satélites sistemas prodes, deter, degrad e queimadas 2007-2008. INPE – Coordenação Geral De Observação Da Terra São José Dos Campos, 10 De Dezembro. http://www.obt.inpe.br/OBT/assuntos/programas/amazonia/prodes/pdfs/relatorio_prodes2008.pdf.

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. (2019). Metodologia Utilizada nos Projetos PRODES e DETER. http://www.obt.inpe.br/OBT/assuntos/programas/amazonia/prodes/pdfs/Metodologia_Prodes_Deter_revisada.pdf

Maeda,,E. E.et al. (2021). Large-scale commodity agriculture exacerbates the climatic impacts of Amazonian deforestation. Proceedings of the National Academy of Sciences, Feb, 118 (7) e2023787118; DOI: 10.1073/pnas.2023787118

Mustin, K., Carvalho, W. D., Hilário, R. R., Costa-Neto, S. V., Silva, C. R., Vasconcelos, I. M., Castro, I. J., Eilers, V., Kauano, É. E., Mendes-Junior, R. N. G., Funi, C., Fearnside, P. M., Silva, J. M. C., Euler, A. M. C., Toledo, J. J.. (2017). Biodiversity, threats and conservation challenges in the Cerrado of Amapá, an Amazonian savanna. Nature Conservation. 22: 107–127. doi: 10.3897/natureconservation.22.13823. http://philip.inpa.gov.br/publ_livres/2017/Mustin_et_al_Amap%C3%A1-savana.pdf

Prance, G. T., Schubart, H. O. R. (1978). Nota preliminar sobre a origem das campinas abertas de areia branca do baixo Rio Negro. Acta Amazônica 7 (4), p. 567-570.

Rezende, J. L. P., Oliveira, A. D., Coelho Junior, L. M., Cruz, E. S.. (2003). Revista cientifica eletrônica de engenharia florestal. Ano 1, N.1, Fevereiro. http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/GEP3JrQWaGopOoT_2013-4-24-14-27-15.pdf.

Ribeiro, A. (2022). "Agricultura intensiva e meio ambiente", Brasil Escola. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/agricultura-intensiva-meio-ambiente.htm.

Santana, A. L. S.& Araújo, G. L. (2017). Erosão do solo em uma propriedade rural no município de Abre Campo (MG). III Seminário Científico da FACIG –09 e 10 de Novembro de 2017 II Jornada de Iniciação Científica da FACIG. file:///C:/Users/franc/OneDrive/%C3%81rea%20de%20Trabalho/lix/368-1425-1-PB.pdf.

Silveira, M. (2003). Vegetação e flora das campinaranas do sudoeste amazônico (JU-008). Universidade Federal do Acre (UFAC), Rio Branco, 28 p.

Souza Filho,P. W. M.,Paradella,W. R.,Souza Júnior,C.,Valeriano,D. M.,& Miranda, F. P. (2006). Sensoriamento remoto e recursos naturais da amazônia. Ciencia e cultura. 58(3). http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v58n3/a16v58n3.pdf.

Stier A, de Carvalho WD, Rostain S, et al. (2020). The Amazonian Savannas of French Guiana: Cultural and Social Importance, Biodiversity, and Conservation Challenges. Tropical Conservation Science. January 2020. doi:10.1177/1940082919900471

Vieira, L. S., O. Filho, J .P . (1962). As Caatingas do Rio Negro. Boletim Técnico do Instituto Agronômico do Norte, Belém, 42: 7-32.

Downloads

Publicado

16/03/2022

Como Citar

SANTOS, L. B. .; ADAMI, M. .; GOMES, A. R. .; BARROS, M. N. R. .; ARAÚJO, L. .; GUIMARÃES, T. L.; CARNEIRO, F. da S. . Proposta metodológica para mapeamento das áreas de não-floresta presentes no projeto de monitoramento de áreas desflorestadas da Amazônia Legal Brasileira . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 4, p. e20411425794, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i4.25794. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/25794. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas