Perfil epidemiológico da coqueluche no Brasil entre os anos de 2010 a 2019: uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25805Palavras-chave:
Epidemiologia de Coqueluche; Coqueluche; Vigilância em saúde pública.Resumo
A coqueluche é uma infecção respiratória que acomete severamente o ser humano, principalmente lactentes, sendo causada por bactérias do gênero Bordetella, principalmente as espécies B. pertussis e B. parapertussis, sendo uma importante causa de morbimortalidade infantil. Esta doença tem recebido pouca atenção das autoridades governamentais e da sociedade, o que pode fazer com que a doença re-emerja no futuro. Por isso, este estudo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática sobre a epidemiologia da coqueluche no Brasil entre os anos de 2010 a 2019. Este, foi realizado com base em informações coletadas em bases de dados nacionais (BVS, ANVISA, DATASUS) e internacionais (PubMed, SciELO, CDC). Ao realizar a análise estatística dos casos confirmados por região, houve uma mudança significativa em 2014 em relação aos demais anos, na região Nordeste. Já na região Sudeste, em 2013 houve um aumento em relação a 2012 e só houve diminuição em 2015. Na região Sul, a elevação do número de casos ocorreu de forma acentuada em 2012 e só teve decréscimo em 2017. Por fim, o Centro Oeste, 2014 foi o único ano que mostrou uma variedade estatística considerável. Quanto à faixa etária, crianças de 1 ano e entre 10 e 14 anos são as que apresentaram maior número de casos de coqueluche. Em relação ao gênero, não foram detectadas mudanças significativas. Sendo assim, a vigilância em saúde associada a notificação compulsória dos casos e a participação social se configuram como pilares essenciais para que a coqueluche seja erradicada do Brasil e do mundo.
Referências
Brasil (2010). Módulos de Princípios de Epidemiologia Para o Controle de Enfermidades. Organização Pan-Americana da Saúde. Brasília 48 p.
Brasil (2013). Azitromicina. Norma Técnica nº 243. Consultoria Jurídica / Advocacia Geral da União. Brasília. 3 p.
Brasil (2015). Ampliação do uso da azitromicina 250 mg para tratamento ou quimioprofilaxia da coqueluche. Conitec. Brasília. 18 p.
Brasil (2017). Secretaria de vigilância em saúde. Coordenação-geral de desenvolvimento da epidemiologia em serviço. Guia de vigilância em saúde. Brasília.
Brasil (2019). Guia de Vigilância em Saúde: volume único [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Secretaria de vigilância em saúde. Coordenação geral de desenvolvimento de Epidemiologia em serviços. Brasília. 740 p.
Brasil (2019). Protocolo de Vigilância Epidemiológica da Coqueluche. Ministério da Saúde. Minas Gerais. 30 p.
Brasil (2019). Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância em saúde no Brasil. 154 p.
Cdc Centers for Disease Control and Prevention (2020). Vigilância e relatórios 2019. https://www.cdc.gov/pertussis/surv-reporting.html.
Cdc Centers for Disease Control and Prevention. Vigilância e relatórios 2019. https://www.cdc.gov/vaccines/pubs/surv-manual/chpt-10-pertussis.html.
Araújo, T. M. S., de Araújo, T. M. S., & Barbosa, K. L. (2019). Mecanismos efetores da resposta imune na infecção por Bordetella pertussis. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, 23(2).
Castro, H. W. V. & Milagres, B. S. (2017). Perfil epidemiológico dos casos de coqueluche no Brasil de 2010 a 2014. Universitas: Ciências da Saúde, 15(2), 81-90.
Oliveira, F. A. C., Pereira, F. D. A. R., Fachini, J. S., Junior, G. D., & Ferlin, L. L. (2018). Perfil epidemiológico das internações suspeitas de coqueluche em hospital universitário pediátrico do sul do brasil. Arquivos Catarinenses de Medicina, 47(1), 95-105.
Dias, F. C., Liberato, A. A., Lobo, P. H. P., Gusmão, K. E., de Santana, V. M. X., de Souza, O. V., & Guedes, V. R. (2017). Perfil epidemiológico da coqueluche na região norte do brasil entre 2012 E 2015. Revista de Patologia do Tocantins, 4(2), 72-76.
Gryninger, L. C. F. Estudo descritivo de série histórica da coqueluche no Brasil no período de 2006 a 2013. Universidade de São Paulo
Gushiken, C. Y., Saeki, E. K., Martins, L. M., Pereira, J. C., & Leite, D. (2018). Identificação laboratorial da coqueluche na região do oeste do Estado de São Paulo. Revista do Instituto Adolfo Lutz, 77, 1-6.
Korppi, M. (2013). Coqueluche: ainda um desafio. Jornal de Pediatria, 89, 520-522.
Machado, M. B., & Passos, S. D. (2019). Coqueluche grave na infância: atualização e controvérsias-revisão sistemática. Revista Paulista de Pediatria , 37 , 351-362.
Medeiros, A. T. N. D., Cavalcante, C. A. A., Souza, N. L. D., & Ferreira, M. A. F. (2017). Reemergência da coqueluche: perfil epidemiológico dos casos confirmados. Cadernos Saúde Coletiva, 25, 453-459.
Nogueira, K. R. C. (2019). Perfil epidemiológico dos atendimentos dos casos suspeitos de coqueluche em um hospital particular de Maceió no período de 2013 a 2017. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, 9(4), 287-291.
Polakok, N. M. Z. (2017). Desenvolvimento de um método diagnóstico diferencial para Bordetella pertussis usando reagentes produzidos no Brasil. Fundação Oswaldo Cruz. Curitiba 89 p.
Silva, L. M. N., Graciano, A. R., Montalvão, P. D. S. D., & de Jesus França, C. M. (2017). O atual e preocupante perfil epidemiológico da coqueluche no Brasil-The current and worrisome epidemiology of pertussis in Brazil. Revista Educação em Saúde, 5(1), 21-27
Telles APA. Coqueluche. Hospital do Servidor Público Municipal. 56 p.
Tortora, G. J., Case, C. L., & Funke, B. R. (2016). Microbiologia-12ª Edição. Artmed Editora.
Torres, R. S., Santos, T. Z., Torres, R. A., Pereira, V. V., Fávero, L. A. M. Filho, O. R., & Araujo, L. S. (2015). Ressurgimento da coqueluche na era vacinal: aspectos clínicos, epidemiológicos e moleculares. Jornal de Pediatria , 91 , 333-338.
Vaz, T. M., Leite, D, & Kinue, I. (2010). Coqueluche: Manual de diagnóstico laboratorial do Instituto Adolfo Lutz. Instituto Adolfo Lutz, Centro de Bacteriologia, Laboratório de Referência Nacional para Coqueluche.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Laura Marcela Teotonio Magalhães; Ana Kelly Carvalho Gomes; Vinicius Pacheco da Silva; Samir Mansour Moraes Casseb; Marinês da Costa Farias; Elizandra Carneiro Baía; Marli de Oliveira Almeida; Diogo de Matos Botelho; Milena Machado de Matos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.