Mortalidade neonatal: a necessidade de estratégias de ensino direcionadas a proteção e promoção da saúde infantil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25865Palavras-chave:
Monitoramento epidemiológico; Mortalidade neonatal; Recém-nascido.Resumo
Registro adequado dos casos de óbitos e sua análise contribuem para dar visibilidade às reais lacunas e demandas dos serviços de saúde. O acompanhamento e análise da Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) e suas características são primordiais para o desenvolvimento de políticas e intervenções de saúde voltadas para a promoção e proteção da saúde infantil. Assim, objetivou-se caracterizar os óbitos neonatais registrados em Palmas, Tocantins, Brasil, no período de 1999 a 2018, de acordo com sexo, peso e idade dos recém-nascidos, idade materna e município de ocorrência. Foram registrados 800 óbitos de crianças com idade de até 27 dias de vidas no município de Palmas, nos anos de 1999 a 2018, com diferença estatística na proporção de óbitos neonatais segundo a ocorrência do evento, sexo e peso, sendo maior proporção de óbitos neonatais precoces quando sua ocorrência foi em Palmas. Embora o município de Palmas tenha registrado avanços nos indicadores de mortalidade infantil, especificamente no componente neonatal, considerando que o Brasil se propõe a reduzir a mortalidade de recém-nascidos para no máximo 5 por mil nascidos vivos, até 2030, serão necessários avanços no sentido de qualificar a assistência perinatal na região, de modo a prevenir mortes infantis evitáveis. Assim, apresenta-se como demanda urgente, melhorar os serviços de assistência pré-natal e materno infantil no município, de modo a favorecer indicadores maternos e infantis.
Referências
Bonita, R., Beaglehole, R. & Kjellström, T. (2010). Epidemiologia básica. (2a ed.), Santos
Bouzas, I. C. S., Cader, D. A. & Leão, L. (2014) Gravidez na adolescência: uma revisão sistemática do impacto da idade materna nas complicações clínicas, obstétricas e neonatais na primeira fase da adolescência. Adolesc. Saude, 11(3), 7-21.
Brasil. (2009). Manual de vigilância do óbito infantil e fetal e do comitê de prevenção do óbito infantil e fetal. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_obito_infantil_fetal_2ed.pdf
Brasil. (2002). Programas e Projetos da Saúde da Criança: responsabilidades compartilhadas em benefício das crianças brasileiras. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 2(2), 193-200. https://doi.org/10.1590/S1519-38292002000200013
Brito, L. C. S. et al. (2021). Epidemiological aspects of child mortality. Rev. Enferm. UFPE on line: 15(1), 1-12. https://doi.org/10.5205/1981-8963.2021.244656
Burstein, R. et al. (2019). Mapping 123 million neonatal, infant and child deaths between 2000 and 2017. Nature, 574(1), 353-358. https://doi.org/10.1038/s41586-019-1545-0
Cha, S. & Jin, Y. (2019). Have inequalities in all-cause and cause-specific child mortality between countries declined across the world? International Journal for Equity in Health. 19(1), 1-13. https://doi.org/10.1186/s12939-019-1102-3
Dandona, R. et al. (2020). Subnational mapping of under-5 and neonatal mortality trends in India: the Global Burden of Disease Study 2000–17. The Lancet, 395(10237), 1640-1658. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(20)30471-2
Dias, B. A. S., Santos, E. T. N & Andrade, M. A. C. (2017). Classification systems for avoidability of infant deaths: different methods, different repercussions? Cad. Saúde Pública. 33(5), 1-15. https://doi.org/10.1590/0102-311X00125916
França, E. B. et al. (2017). Leading causes of child mortality in Brazil, in 1990 and 2015: estimates from the Global Burden of Disease study. Rev Bras de Epidemiol. 20(1), p.46-60. https://doi.org/10.1590/1980-5497201700050005
Furtado, M. C. C. et al. (2010). The evaluation of newborn care in the relationship between maternity hospital and basic health net. Rev. Eletr. Enf. 12(4), 640-6. https://doi.org/10.5216/ree.v12i4.7625
Gaíva, M. A. M., Monteschio, C. A. C., Moreira, M. D. A & Salge, A. K. M. (2018). Child growth and development assessment in nursing consultation. Av. enferm. 36(1) 9-21. https://doi.org/10.15446/av.enferm.v36n1.62150
Gama, S. G. N., Thomaz, E. B. A. F. & Bittencourt, S. D. A. (2021). Advances and challenges in healthcare for delivery and childbirth in the Unified Health System (SUS): the role of Rede Cegonha. Ciênc. saúde coletiva, 26(3) https://doi.org/10.1590/1413-81232021262.41702020
Hanzen, I. P., Zanotelli, S. S., & Zanatta, E. A. (2019). Diagnostics, interventions and nursing results to subsidy the nursing consultation of the child. Enferm. Foco., 10(7), 16-21. https://doi.org/10.21675/2357-707X.2019.v10.n7.2683
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (IBGE). (2019). Panorama Brasil. Palmas. Rio de Janeiro: IBGE, 2019.
Justino, D. C. P., Lopes, M. S., Santos, C. D. C & Andrade. F. B. (2019). Historical evaluation of children's public health policies in Brazil: integrative review. Revista Ciência Plural, 5(1), 71-88, 2019. https://doi.org/10.21680/2446-7286.2019v5n1ID17946
Kang, J. H., Son, H., Byun, S. Y, & Han G. (2021). Effect of Direct Breastfeeding Program for Premature Infants in Neonatal Intensive Care Unit. J Korean Acad Nurs. 51(1), 119-132. https://doi.org/10.4040/jkan.20240
Lucena, D. B. A. et al. (2018). First week of integral health for the newborn: nursing actions of the Family Health Strategy. Rev Gaúcha Enferm. 39(e2017-0068), 1-8. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2018.2017-0068
Maia, L. T. S., Souza, W. V. & Mendes, A. C. G. (2020). Individual and contextual determinants of infant mortality in Brazilian state capitals: a multilevel approach. Cad. Saúde Pública. 36(2), 1-19, 2020. https://doi.org/10.1590/0102-311X00057519
Manjavidze, T., Rylander, C., Skjeldestad, F. C., Kazakhashvili, N & Anda, E. E. (2019). Incidenceand Causes of Perinatal Mortality in Georgia. J EpidemiolGlob Health, 9(3), 163-168. https://doi.org/10.2991/jegh.k.190818.001
Maranhão, A. G. K., Nogales, V. A. M., Lopes, D. & Elizabeth, F. (2011). Mortalidade infantil no Brasil: tendências, componentes e causas de morte no período de 2000 a 2010. In: Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Brasil 2011: uma análise da situação de saúde e da agenda nacional e internacional de prioridades em saúde. Brasília: Ministério da Saúde. http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2013/Fev/21/saudebrasil2011_parte1_cap6.pdf
Martin, A. J. et al. (2021). Nascimentos: dados finais para 2019. Natl Vital Stat Re70(2), 1-51. https://www.cdc.gov/nchs/data/nvsr/nvsr70/nvsr70-02-508.pdf
Mcdorman, M. F. & Atkinson, J. O. (1998). Estatísticas de mortalidade infantil do conjunto de dados de nascimentos / óbitos vinculados - dados do período de 1995. Mon Vital Stat, 26(46), 1-22. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9524421/
Melo, C. M., Aquino, I. S., Soares, M. Q. & Bevilacqua, D. (2017). Death surveillance as an indicator of the quality of health care for women and children Ciênc. saúde colet. 22 (10), 3457-3465. https://doi.org/10.1590/1413-812320172210.19652017
Miller, L. & Contreras-Urbina, M. (2021). Exploring the determinants and outcomes of intimate partner violence during pregnancy for Guyanese women: results from a nationally representative cross-sectional household survey. Ver Panam Salud Publica. 45(3), 1-11. https://doi.org/10.26633/RPSP.2021.6
Murphy, S. L. et al. (2021). Deaths: Final Data for 2018. Natl Vital Stat Re69(13), 1-83. https://www.cdc.gov/nchs/data/nvsr/nvsr69/nvsr69-13-508.pdf
Ogbo, F. A. et al. (2019) Determinantsoftrends in neonatal, post-neonatal, infant, childandunder-fivemortalities in Tanzaniafrom 2004 to 2016. BMC Public Health. 19(1) 1-12, 2019. https://doi.org/10.1186/s12889-019-7547-x
Rodrigues, O. M. R. & Bolsoni-Silva, A, T. (2011). Effects of the prematurity on the development of lactentes. Rev. Bras. Cresc. E Desenv. Hum, 21(1), 111-121. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12822011000100011&lng=pt&tlng=pt
Saltarelli, R. M. F., Prado, R. R., Monteiro, R. A. & Malta, D. C. (2019). Trend in mortality from preventable causes in children: contributions to the evaluation of the performance of public health services in the Southeast Region of Brazil. Rev. bras. epidemiol. 22(1) 1-15. https://doi.org/10.1590/1980-549720190020
Sankar, M. J. et al. (2016). When do newborns die? A systematic review of timing of overall and cause-specific neonatal deaths in developing countries. Journal of Perinatology. 36(1), 1-11. https://doi.org/10.1038/jp.2016.27
Santos, L. F. et al. (2016). epidemiological profile of hospitalizations in a neonatal intensive care unit. Rev enferm UFPE on line. 10(8), 2965-73. https://doi.org/10.5205/1981-8963-v10i8a11366p2965-2973-2016
Santos, L. F. et al. (2020). Physical examination in nurses' hospital practice. Research, Society and Development, 9(7), 1-15. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3794
Sleutjes, F. C. M., Parada, C, M, G, L., Carvalhaes, M. A. B. L. & Temer, M. J. (2018). Risk factors for neonatal death in an inland region in the State of São Paulo Brazil. 23(8), 2713-2720. https://doi.org/10.1590/1413-81232018238.15142016
Soares, A. R et al. (2020). Ideal time for home visits to newborns: an integrative review. Ciênc. saúde coletiva. 25(8), 3311-3320. https://doi.org/10.1590/1413-81232020258.25492018
Tashiro, A., Yoshida, H. & Okamoto, E. (2019). Infant, neonatal, and post neonatal mortality trends in a disaster region and in Japan, 2002–2012. a multi-attribute compositio nalstudy. BMC Public Health. 19(1085), 1-13. https://doi.org/10.1186/s12889-019-7443-4
United Nations Children’s Fund (UNICEF). (2019). Levels & Trends in Child Mortality: Report 2019, Estimates developed by the United Nations Inter-agency Group for Child Mortality Estimation. New York: UNIGME. https://www.unicef.org/media/60561/file/UN-IGME-child-mortality-report-2019.pdf
Veloso, F. C. S. et al. (2019) Analysisof neonatal mortalityriskfactors in Brazil: a systematicreviewand meta-analysisofobservationalstudies. J Pediatr. 95(5), 519-530. https://doi.org/10.1016/j.jped.2018.12.014
Vieira, D, S. et al. (2019). Work process of nurses in child development surveillance. Rev Min Enferm. 23(e-124), 1-7. http://dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20190090
Xu, H. & Xu, (2021). Efficacy analysis of diferente pulmonar surfactants in premature infants with respiratory distress syndrome. "Zhonghua Wei Zhong Bing Ji Jiu Yi Xue"[jour]. 33(2): 174-179. https://doi.org/10.3760/cma.j.cn121430-20201009-00660
Yoon, S. J. et al. (2021) Identification of Growth Patterns in Low Birth Weight Infants from Birth to 5 Years of Age: Nationwide Korean Cohort Study. Int. J. Environ. Res. Public Health. 18(3), 1-11. https://doi.org/10.3390/ijerph18031206
Zhang, Y. M., Shao, S. M., Zhang, X. R., Liu, J. & Zeng, C.M. (2021). [Perinatal conditions of late preterm twins versus early term twins]. Zhongguo Dang dai er ke za zhi = Chinese Journal of Contemporary Pediatrics. 23(3), 242-247. https://doi.org/10.7499/j.issn.1008-8830.2011126
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Leidiene Ferreira Santos; Vitória Fernandes Machado Nascimento; Maitê da Veiga Feitoza Borges Silva; Danielle Rosa Evangelista; Erika Silva de Sá; Juliana Bastoni da Silva; Laiane de Paula Aquino Oliveira Carvalho; Raquel Cristina da Costa Brito; Sorlei Silva e Silva; Daniela Pires Nunes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.