Educação na modernidade líquida: o desafio em educar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25953

Palavras-chave:

Educação; Modernidade Líquida; Educar.

Resumo

A educação foi, no passado, capaz de ajustar-se às circunstâncias em mudança e assim fornecer alguma base; mas a mudança presente não é como as mudanças passadas e a arte de viver em um mundo saturado de informações ainda tem que ser aprendido. Desta forma, o objetivo deste estudo foi relacionar a educação na modernidade líquida e o desafio de educar. O poderoso fluxo da modernidade sólida para a modernidade líquida pressagiado novas mudanças sociais até então desconhecidas em alcance e velocidade está criando novas condições sem precedentes nas quais os indivíduos devem perseguir seus objetivos fragmentários. A educação no passado assumiu muitas formas e provou ser capaz de se ajustar às mudanças e circunstâncias, estabelecendo novos objetivos e desenhando novas estratégias. Transferir para os alunos individualmente a responsabilidade pela composição da trajetória de ensino/aprendizagem reflete a crescente relutância dos alunos em assumir compromissos de longo prazo que restringem o leque de opções futuras e limitam o campo de manobra. Entre os efeitos conspícuos das pressões desinstitucionalizantes estão a "privatização" e a "individualização" dos ambientes e situações de ensino-aprendizagem, bem como uma substituição gradual, mas implacável, da relação ortodoxa professor-aluno com o fornecedor-cliente, ou compras -padrão de compras de shopping. Este é o cenário social em que os educadores de hoje se encontram obrigados a operar.

Referências

Alfano, B. (2015). A educação deve ser pensada durante a vida inteira, diz Zygmunt Bauman. < https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/a-educacao-deve-ser-pensada-durante-vida-inteira-diz-zygmunt-bauman-17275423 >.

Almeida, F., Gomes, I., & Bracht, V. (2009). Bauman e a educação. Ed. Autêntica.

Bauman, Z. (2001). Modernidade líquida. Ed. Jorge Zahar.

Bauman, Z. (2010). Capitalismo parasitário: e outros temas contemporâneos. Ed. Zahar.

Bauman, Z. (2009). Desafios pedagógicos e modernidade líquida: entrevista de Alba Porcheddu sobre a educação. Cadernos de Pesquisa, 39 (137) 661- 684

Bauman, Z. (2015). Observatório da imprensa entrevista o sociólogo Zygmunt Bauman. Ed. Zahar.

Bauman, Z. (2010). Legisladores e intérpretes: Sobre a modernidade, a pós-modernidade e os intelectuais, Jorge Zahar.

Brito, G. D. Purificação, I. D. (2017). Educação e novas tecnologias: um repensar. Ed. Intersaberes.

Calado, S. S., & Ferreira, S. C. R. (2005). Análise de Documentos: método de Recolha e Análise de Dados. Metodologia de Investigação I. Departamento de Educação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Candau, J. (2016). Memória e Identidade. Tradução Maria Leticia Ferreira. Contexto.

Denzin, N.; & Lincoln, Y. (2006). Introdução: a disciplina e a prática da pesquisa qualitativa. In: DENZIN, Normam; LINCOLN, Yonna. (Orgs.). O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, p. 15-41.

Goergen, P. (2012). O embate modernidade/pós-modernidade e seu impacto sobre a teoria e a prática educacionais. EccoS Revista Científica, (28),149-169.

Gunther, H. (2006). Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão? Psic.: Teor. e Pesq., 22 (2), 201-209.

Harvey, D. (2012). Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. (22a ed.), Edições Loyola Jesuítas.

Higgs, J. & Cherry, N. (2009). Doing qualitative research on practice. In: Higgs, J., Horsfall, D., Grace, S. (Eds.). Writing Qualitative Research on Practice. Rotterdam (NE): Sense Publishers, p. 3-12.

Ludke, M., & André, M. (2015). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. E.P.U.

Moreira, A. F, & Tadeu, T. (Org.). (2011). Currículo, cultura e sociedade. (12a ed.), Cortez.

Oliveira, L. P. de. (2012). Zygmunt Bauman: a sociedade contemporânea e a sociologia na modernidade líquida. Revista Sem Aspas, 1(1), 25–35.

Pondé, L. F. (2011). A invenção do contemporâneo: o diagnóstico de Zygmunt Bauman para a pós-modernidade. Ed. CPLF Cultura.

Querol, R. D. (2016). Zygmunt Bauman: As redes sociais são uma armadilha. https://brasil.elpais.com/brasil/2015/12/30/cultura/1451504427_675885.html.

Silva, S. P. (2016). Pós-modernidade, capitalismo e educação: a universidade na crise do projeto social moderno, Ed. Appris.

Downloads

Publicado

25/01/2022

Como Citar

SILVA , F. J. A. da; MARQUES, R.; MARINHO, P. R. R. .; POLAK, A. .; BARBOSA, V. G. .; MERLIN, M. A. R. .; CRUZ, M. B. de B. .; RIBEIRO , G. A.; PEREIRA , A. I. B. .; GOMES, G. L. Educação na modernidade líquida: o desafio em educar. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 2, p. e30211225953, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i2.25953. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/25953. Acesso em: 20 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais