Educação 4.0: Valor da Subjetividade no Encontro com a Tecnologia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25959Palavras-chave:
Educação 4.0; Autonomia de pensamento; Autoria de pensamento.Resumo
A indústria 4.0 pauta-se no avanço tecnológico digital que demanda processos educacionais que desenvolvam pessoas para atuarem em consonância a este cenário. Baseado na visão ecológica e sistêmica, principalmente nos conceitos de bidirecionalidade e autoecoorganização, o objetivo deste texto é refletir sobre o efeito da conexão entre educação 4.0 e indústria 4.0 brasileiras na constituição da subjetividade. Aplicou-se a revisão narrativa nos campos da História e Filosofia da Educação, Industrialização brasileira e Psicologia da Educação e Organizacional, para sustentar uma leitura sócio-histórica brasileira das quatro revoluções industriais e de seu paralelo com a educação, infere-se a influência na posição subjetiva brasileira. Posicionados eticamente quanto à formação humana e profissional, defende-se que o avanço tecnológico deva estar a serviço do ser humano e não o contrário. Neste sentido, concluímos que a educação dialógica e emancipadora consciente de sua influência subjetiva tem importante papel na justiça social. A valorização da subjetividade apoiada na construção da autonomia e autoria de pensamento podem servir como elementos chave ao sucesso educacional em conexão com a Indústria 4.0.
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