Infecção pelo HIV/Aids em população indígena: estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.25985Palavras-chave:
Infecções por HIV; Saúde de populações indígenas; Povos indígenas; Estudos transversais.Resumo
Objetivo: Descrever aspectos epidemiológicos e a evolução da infecção pelo HIV entre povos indígenas da região sul do estado do Mato Grosso Sul. Método: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo, realizado a partir de registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação dos anos 2005-2018. Dados de indivíduos com 13 anos ou mais, da população indígena assistida pelo Distrito Sanitário Especial Indígena do Polo Base de Japorã e diagnóstico de infecção pelo HIV/Aids, foram transferidos para uma planilha de comparação com sistema de informação local. Para o cálculo da prevalência e evolução de casos foi utilizado o número de casos novos anual de HIV/Aids. Resultados: Foram identificados 17 (65,4%) casos em mulheres, 13 (72,2%) entre 20-39 anos. Cinco (19,2%) evoluíram para Aids. As taxas de detecção do HIV/Aids, para os anos de 2016 e 2018 foram de 115.54 e 155.49 respectivamente. As taxas de prevalência do HIV apresentaram flutuações entre os anos 2016, 217 e 218. A aldeia Porto Lindo apresentou uma taxa de detecção de 59,878/100 mil habitantes, Yvykatu 400,802/100 mil habitantes e a Pyelito Kuê 602,409/100 mil habitantes. A taxa de óbito por Aids na aldeia Porto Lindo foi de 2,24/10 mil habitantes e no Yvykatu 40,08/10 mil habitantes. A taxa de abandono para a aldeia Porto Lindo foi de 6,73/10 mil habitantes. Conclusão: As taxas de detecção de HIV apresentaram tendência de crescimento no povo indígena estudado. É necessário que sejam realizados estudos para direcionamento de ações que impactem os indicadores de prevalência da infecção.
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