Hábitos sexuais de mulheres com câncer ginecológico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.26116Palavras-chave:
Sexualidade; Câncer ginecológico; Hospitalização; Qualidade de vida; Saúde da mulher.Resumo
Introdução: A progressão da doença e os efeitos colaterais dos tratamentos repercutem na vida das pacientes com câncer ginecológico. Ponderar sobre hábitos sexuais após diagnóstico pode facilitar entender fatores psicológicos e físicos que influenciam na sexualidade. Objetivos: Verificar os hábitos sexuais de mulheres com câncer ginecológico após diagnóstico e os fatores que impactam na sexualidade dessas mulheres. Métodos: Pacientes hospitalizadas >18 anos, com câncer ginecológico, responderam questionário com 16 questões fechadas, 11 sobre perfil clínico e 5 sobre hábitos sexuais pós diagnóstico. Resultados: Participaram do estudo, 83 mulheres, 55,7±13,5 anos. 34,8% com estadiamento >IIb. 77,11% declaram não ter vida sexual ativa, estando 36,7% atribuído à ausência de parceiro, 12,05% por dor, 16,87% por perda da libido e 13,25% por medo ou limitação clínica. 26,51% das mulheres referem impacto da sexualidade na sua qualidade de vida. Conclusão: A situação conjugal influencia na função sexual das mulheres, mas dor e perda de libido são fatores que mais impactam na sexualidade dessas mulheres. Maior exploração dessa temática faz-se necessário para melhor instruções das pacientes, acompanhantes e, sobretudo, dos profissionais de saúde, para elaboração de estratégias com foco na qualidade de vida.
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