Análise de desempenho de ovelhas e cordeiros Ile de France
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26363Palavras-chave:
Eficiência produtiva; Tipo de parto; Ovinos; Matrizes.Resumo
Os sistemas de produção dos ovinos no Rio Grande do Sul apresentam-se de forma diversificada. Como consequência destes sistemas adotados, alguns índices produtivos e reprodutivos médios do rebanho tornam-se inferiores ao potencial dos rebanhos. O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho produtivo de ovelhas e cordeiros da raça Ile de France criados em sistema extensivo em campo nativo na mesorregião Nordeste do Rio Grande do Sul. O experimento foi realizado na Cabanha Lagoa, localizada no município de Capão Bonito do Sul. Foram utilizados dados de manejos de 33 matrizes ovinas e 37 cordeiros, da raça Ile de France. Os dados referem-se aos ciclos de produção de cordeiros nascidos em 2018, acompanhados até os 340 dias de vida e desempenho de matrizes do ciclo de produção de 2019. Ao avaliar a eficiência das matrizes, levando em consideração o sexo dos cordeiros, constatou-se que não houve diferença significativa tanto para o peso ao parto quanto ao desmame. Para a eficiência das matrizes de acordo com o tipo de parto (simples ou múltiplo), foi possível identificar que a eficiência da ovelha ao parto (EFp) foi superior nos partos múltiplos. Já os cordeiros de partos simples obtiveram maior peso em Kg que os cordeiros de parto múltiplo. Matrizes de partos múltiplos apresentaram desempenho superior (104% de seu peso vivo desmanado) em relação à eficiência produtiva se comparados com matrizes de parto simples (65% de seu peso desmamado). Em relação à evolução de peso, cordeiros de parto simples obtiveram pesos superiores do que animais de partos múltiplos.
Referências
ABCIF – Associação Brasileira de Criadores de Ile de France. Características (2021). www.iledefrance.org.br/caracteristicas.php.
Alta, M. F (2010). Efeitos do temperamento sobre o comportamento materno de ovelhas e o desenvolvimento corporal de seus cordeiros. 2010. 184f. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.
Barreto Neto, A. D (2010). Posicionamento estratégico do setor de carnes de caprinos e ovinos no mercado de carnes brasileiro. Revista Tecnologia & Ciência Agropecuária, 4(4), 81-85.
Barros, N. N., Cavalcante, A. C., & Bomfim, M. A. D (2005). Alimentação e manejo alimentar. In: Cavalcante, A. C. R, Barros, N. N. Sistema de Produção de Caprinos e Ovinos de Corte para o Nordeste Brasileiro. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 1, 155-194.
Carneiro, R. M., Pires, C. C, Müller, L., Kippert, C. J., Costa, M. L., Colomé, L. M & Osmari, E.K (2004) Ganho de peso e eficiência alimentar de cordeiros de parto simples e duplo desmamados aos 63 dias e não desmamados. Revista Brasileira de Agrociência, 10:227-230.
Castro, F. A. B., Ribeiro, E. L. A., & Koritiaki,, N. A. et al (2012). Desempenho de cordeiros Santa Inês do nascimento ao desmame filhos de ovelhas alimentadas com diferentes níveis de energia. Semina: Ciências Agrarias, 33, 3379-3388.
Empresa Brasileira De Pesquisa Agropecuaria – EMBRAPA (2021). Sistema de classificação climática. https://www.cnpf.embrapa.br/pesquisa/efb/clima.htm.
Empresa Brasileira De Pesquisa Agropecuária- EMBRAPA Caprinos e Ovinos (2021). Boletim Nº 16 | Sobral, CE, outubro, Pesquisa Pecuária Municipal 2020: rebanhos de caprinos e ovinos. https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/227322/1/CNPC-2021-Art-boletimCIM-16.pdf
Fernandes, A. A. O., Buchaman, D., & Selaive Villarroel, A. B (2001). Avaliação dos Fatores Ambientais no Desenvolvimento Corporal de Cordeiros Deslanados da Raça Morada Nova. Revista Brasileira de Zootecnia, 30(5), 1460-1465.
Ferrel, C. L (1992). Nutrient requirements, other factors affect fetal growth. Feedstuffs, 17, 18-41.
Geron, L. J. V., Mexia, A. A., Garcia, J., Zeoula, L. M., Garcia, R. R. F., & Moura, D. C. D (2012). Desempenho de cordeiros em terminação suplementados com caroço de algodão (Gossypium hirsutum l.) e grão de milho moído (Zea mays l.). Archives of Veterinary Science, 17(4), 34-42.
Machado, R., Simplicio, A. A, & Barbieri, M. E (1999). Acasalamento entre ovelhas deslanadas e reprodutores especializados para corte: Desempenho produtivo até a desmama. Revista Brasileira Zootecnia, 28(4), 706-712.
Mohammadi, K., Beygi Nassari, M. T., Fayazi, J., & Roshanfekr, H (2010). Investigation of environmental factors influence on pre-weaning growth traits in Zandi lambs. Journal of Animal and Veterinary Advances, 9(6), 1011-1014.
Muniz, E., Pires, C. C., & Silva, J. H. S (1997) Crescimento ponderal e características de carcaça de cordeiros de diferentes genótipos. In: 34ª Reunião da Sociedade Brasileira de Zootecnia, Juiz de Fora. Anais..., Sociedade Brasileira de Zootecnia, 1:293-295.
Oliveira, D. C., Souza, G. N., Cordeiro, L. L., Carneiro, A. P. S., & Carneiro, P. L. S (2010). Modelos de curvas de crescimento para ovinos cruzados. Revista da Estatística UFOP, 1, 1-2.
Rech, C. L. S., Rech, J. L., & Fisher, V., et al (2008). Temperamento e comportamento materno-filial de ovinos das raças Corriedale e Ideal e sua relação com a sobrevivência dos cordeiros. Ciência Rural, 38(5), 1388-1393.
Rego Neto, A. A., Sarmento, J. L. R., Santos, N. P. S., Biagiotti, D. S. G. V., Sena, L. S., & Guimaraes, F. F (2014). Efeitos ambientais sobre características reprodutivas em ovinos Santa Inês. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, 15(1), 20-27.
Ribeiro, E. L. A., Koritiaki, N. A., Fernandes Junior, F., Constantin, C., & Grandis, F. A (2013). Desempenho e rentabilidade: Desempenho e rentabilidade. Caderno Técnico e Cientifico: Revista Cabra e Ovelha, 41(79), 2-4.
Ribeiro, E. L. A., Silva, L. D. F., Mizubuti, I. Y., Rocha, M. A, Silva, A. P., Mori, R. M., Ferreira, D. O. L., & Casimiro, T. R (2002). Desempenho produtivo de 70 ovelhas acasaladas no verão e no outono recebendo ou não suplementação alimentar durante o acasalamento. Semina: Ciências Agrárias, 23(1), 35-44.
Ribeiro, T. M. D., Monteiro, A. L. G., Prado, O. R., Natel, A. S., Salgado, J. A., Piazzeta, H. V. L., & Fernandes, S. R (2009). Desempenho animal e características das carcaças de cordeiros em quatro sistemas de produção. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, 10(2), 66-378, maio/jul.
Rocha, L., Fraga, A. B., & Araújo Filho, J. T (2009). Desempenho de cordeiros cruzados em Alagoas, Brasil. Arquivo Brasileiro de Zootecnia, 221:145-148.
Sebrae (2020). Carne ovina é oportunidade de negócio para 2020. https://sebraers.com.br/ovinocultura/carne-ovina-e-oportunidade-de-negocio-para-2020/.
Silva, F. L. R., & Araujo, A. M (2000). Características de reprodução e de crescimento de ovinos mestiços Santa Inês, no Ceará. Revista Brasileira de Zootecnia, 29(6), 712-1720.
Teixeira, M. C., Villaroel, A. B., Pereira, E. S., Oliveira, S. M. P., Albuquerque, I. A., & Mizubuti, I. Y (2011). Curvas de crescimento de cordeiros oriundos de três sistemas de produção na Região Nordeste do Brasil. Ciências Agrárias, 33(5), 2011-2018.
Manzoni1, V. G.., Vaz, R. Z.., Ferreira, O. G., Costa, L. O., Denardin, A., & Silveira, F. A (2017). Eficiência produtiva de ovelhas com diferentes carcaterísticas conformacionais sob pastejo. Ciência Animal Brasileira., 18(1-11), e 41123.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Ana Lúcia Barreto da Costa; Thaís Campos de Freitas; Elísio de Camargo Debortli; Edriane Mara Sbardelotto; Jaqueline Schneider Lemes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
