Projetos hidrelétricos e processo de licenciamento ambiental: como diferentes países gerenciam o problema
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26408Palavras-chave:
Energia hidrelétrica; Licenciamento ambiental; Regulação ambiental.Resumo
Esta pesquisa busca estabelecer um estudo comparativo entre países selecionados (Brasil, Estados Unidos, Canadá, Chile e Portugal), sobre aspectos do processo de licenciamento ambiental de empreendimentos hidrelétricos. Os estudos anteriores consideram que o processo de licenciamento ambiental brasileiro é muito complexo e diferenciado dos demais países selecionados. Há também uma falta de homogeneidade entre os países pesquisados. Em geral, as licenças ambientais são consideradas um “gargalo” para o setor elétrico brasileiro. Com essa análise, pretendeu-se verificar que tipos de procedimentos existem em outros países e que poderiam ser adotados pelo Brasil, a fim de aprimorar o processo de licenciamento ambiental de usinas hidrelétricas. Assim, de acordo com a experiência dos países analisados, o Brasil poderia melhorar as relações com os povos indígenas e estabelecer um prazo máximo para finalizar a outorga de licenças para usinas hidrelétricas. Experiências internacionais comparativas são importantes para possíveis ajustes no processo de licenciamento brasileiro, porém, a burocracia do processo não deve ser confundida com simplificação excessiva.
Referências
ANEEL. (2020). Financial Compensation (CFURH) - Legal Aspects. Agência Nacional de Energia Elétrica. http://www.aneel.gov.br/cfurh-aspectos-legais.
APA. (2019). Avaliação de impacte ambiental do aeroporto do Montijo e respetivas acessibilidades: Proposta de Declaração de Impacte Ambiental Favorável Condicionada. Agência Portuguesa do Ambiente (APA). https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/agencia-portuguesa-do-ambiente-aprova-com-condicoes-aeroporto-do-montijo-11464718.html
Bass, R. & Herson, A. (1996). Strategic environmental assessments in the US: policy and practice under the National Policy Act and the Californian Environmental Policy Act. Paper presented in IAIA'96 16th Annual Meeting, Estoril
Ben. (2019). National Energy Balance. MME. Ministry of Mines and Energy. Base Year 2018. Brazil, 2019.
Bermann, C. Hydroelectricity impasses and controversies. Advanced Studies, São Paulo, 21 (59), 2007. P. 139-153.
BRAZIL. (2002). MMA - Ministry of the Environment. Strategic Environmental Assessment. Brasília: MMA; SQA.
Britto, F. (2014). Critical analysis of the environmental licensing of HPPs in the Brazilian Amazon. Doctoral thesis. Graduate Program in Civil Engineering. COPPE / UFRJ. Rio de Janeiro.
Chile Atiende Portal. Environmental Impact Study (EIA) and Environmental Impact Statement (DIA). https://www.chileatiende.gob.cl/fichas/2638-estudio-de-impacto-ambiental-eia-y-declaracion-de-impacto-ambiental-dia
Damazio, J., Medeiros, A., & Abreu, J. et al. (2017). Data Analysis of Campaigns to measure emissions and removals of greenhouse gases in hydroelectric plants in Brazil. ANEEL research and development magazine, 98-101.
Drummont, E. & Nascimento, J. Amazônia: Economic dynamism and environmental conservation. 1 st ed. 336p. Publisher Garamond. Rio de Janeiro, 2003.
FERC. federal energy regulatory commission. Code of Federal Regulations (CFR). 2012. http://www.ferc.gov/help/faqs/cfr.asp
FERC. federal energy regulatory commission. Hydroelectric Licensing under the Federal Power Act. 2003. http://www.ferc.gov/whats-new/comm-meet/072303/H-1.pdf
FORTIN, P. (2001). The hydro industry and the Aboriginal people of Canada: Paving the way for new relationships. Hydropower & Dams i. 3, p. 47-50.
Gonzalez, D., Kilinc, A., & Weidmann, N. (2011). Renewable energy development hydropower in Norway. In Hydropower Norway Seminar Paper.
HRC. Hydropower Reform Coalition Citizen guide for effective participation in hydropower licensing. [Sl], 2015.
IEA HIDROPOWER. Survey of existing guidelines, legislative framework and standard procedures for EIA of hydropower projects. IEA Technical Report. 2000.https://www.ieahydro.org/media/51693b42/Survey%20of%20existing%20guidelines,%20legislative%20framework%20and%20standard%20procedures%20for%20EIA%20of%20hydropower%20projects.pdf
IEA. (2012). International Energy Agency. Technology Roadmap Hydropower. 68p. Paris.
IEA. (2020). International Energy Agency. Global Energy & CO2 Status Report. https://webstore.iea.org/download/direct/2461?filename=global_energy_and_co2_status_report_2018.pdf
IPCC. (2014): Climate Change 2014: Synthesis Report. Contribution of Working Groups I, II and III to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. [Core Writing Team, R.K. Pachauri and L.A. Meyer (eds.)]. IPCC, Geneva, Switzerland, 151 pp. https://www.ipcc.ch/report/ar5/syr/
Kumar M. (2020). Social, Economic, and Environmental Impacts of Renewable Energy Resources. In K. E. Okedu, A. Tahour, & A. G. Aissaou (Eds.), Wind Solar Hybrid Renewable Energy System. IntechOpen. https://doi.org/10.5772/intechopen.89494
Lee, Peter G, Hanneman, Matt, & Cheng, Ryan. (2012). Hydropower developments in Canada: number, size and jurisdictional and ecological distribution. Global Forest Watch Canada, 64 p.
Mercure, J. F., Salas, P., Vercoulen, P., Semieniuk, G., Lam, A., Pollitt, H., & Vinuales, J. E. (2021). Reframing incentives for climate policy action. Nature Energy, 6(12), 1133-1143.
MMA. (2020). Federal Environmental Licensing Procedures Guide. Reference document. Brasília, 2002. https://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/Procedimentos.pdf
Natural resources canada. (2019). Electricity facts. https://www.nrcan.gc.ca/electricity-facts/20068#L3
PIAGENTINI, P; Favareto, The Institutions for environmental regulation: the environmental licensing process in four hydroelectric producing countries. Development and Environment, v. 30, p. 31-43, Jul. 2014.
Rosenberg, D. M.., McCully, P., & Pringle, C. M. (2000). Efeitos ambientais de alterações hidrológicas em escala global: introdução. BioScience , 50 (9), 746-751.
Santos, M. & Rosa, L. (2013). Hydroelectric Power Plants. In: New and renewable energy sources. p.179-192. SANTOS, M (Orgs). 216p. Publisher LTC. Rio de Janeiro.
Santos, M., Rosa, L., Matvienko, B., Santos, E., & Rocha, C. et al. (2008). Emissions of greenhouse gases by hydroelectric reservoirs. Oecologia Brasiliensis, 12 (1): 141-154.
Silva Júnior, O; Santos, M., & Szlafsztein, C. et al. (2018). Protected areas as strategies for preserving vegetation cover in the vicinity of hydroelectric projects in the Brazilian Amazon. Energy Sustainability and Society 8: 33. https://doi.org/10.1186/s13705-018-0172-1
Steeves, B. B., & Ouriques, H. R. (2016). Energy security: China and the United States and the divergence in renewable energy. Contexto Internacional, 38, 643-662.
US EIA. (2012). US Energy Information Administration Electricity in The US. https://www.eia.gov/energyexplained/electricity/electri city-in-the-us.php
Von Sperling, E. (2012). Hydropower in Brazil: overview of positive and negative environmental aspects. Energy Procedia, 18, 110-118.
Webb, J. W., & Sigal, L. L. (1992). Strategic environmental assessment in the United States. Project Appraisal, 7(3), 137-142.
Word Bank. (2008). Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Hidrelétricos no Brasil: Uma Contribuição para o Debate. (Em Três Volumes). Volume I: Relatório Síntese. Relatório Nº 40995-BR. Escritório do Banco Mundial no Brasil, Estudo Econômico e Setorial, Região da América Latina
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Marco Aurélio dos Santos; Andre Lima Andrade; Orleno Marques da Silva Junior; Gloria Maria dos Santos Marins; Paulo Eduardo Aragon Marçal Ribeiro; Patricia Schumer Nunes Boité; Vanessa Riccioppo de Moraes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.