Avaliação dos parâmetros físico químicos e microbiológicos do leite cru informal envasados em garrafas - PET comercializados em bairros periféricos em um município da região norte do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26706Palavras-chave:
Qualidade do leite; Análise de Componentes Principais; Segurança alimentar; Pasteurização.Resumo
O leite é um dos alimentos mais completos da natureza em razão de seus constituintes nutricionais, tornando-se suscetível à contaminação por microrganismos patogênicos. O estudo objetivou avaliar os parâmetros físico-químicos acidez, densidade, lipídios, proteínas, pH e microbiológicos através da contagem padrão em placas do leite cru informal envasado em garrafas-PET comercializado e consumido em quatro bairros distintos de um município localizado na região norte do Brasil. As amostras foram armazenadas em caixa térmicas contendo gelo e transportadas para os Laboratórios de Microbiologia e Análises de Alimentos do Instituto Federal do Tocantins – IFTO campus Paraíso do Tocantins, para realização das análises físico-químicas e microbiológicas. As amostras foram codificadas em: A, B, C e D. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC) com quatro (4) tratamentos e dez (10) repetições. A fim de verificar ocorrências de diferença entre as médias das variáveis respostas aplicou-se a analise de variância ANOVA e o teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Análise de Componentes Principais (ACP), Técnica de análise multivariada, foi utilizada e analisou os dados nos quais os tratamentos estão relacionados por variáveis de resposta inter-relacionadas, agrupando as variáveis físico-químicas similares. A avaliação físico-química da acidez do leite apresentou valores médios (0,19g ácido láctico/100 mL) em desconformidade com os valores preconizado na IN nº76/2018 do MAPA. Já a análise microbiológica apresentou valores (3,3x105 a 3,5x105 UFC/mL) acima dos estabelecidos pela legislação, indicando que o leite foi obtido e comercializado em condições higiênico-sanitárias impróprias. Sugere-se maior atenção dos órgãos de fiscalização, a fim de impedir a compra pelos consumidores e possível contaminação alimentar, além de, campanhas de esclarecimentos sobre os riscos e possíveis problemas de saúde advindos do consumo de leite informal não pasteurizado.
Referências
Araújo, J. de, Gräff, C. A., & Silvestre, W. P. (2021). Qualitative tests for the determination of fraud in raw milk: evaluation of the influence of analytical parameters of the tests and the stability of the samples as a function of time and preservation form. Research, Society and Development, 10(11), e450101119860. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19860
Arbello, D. D. R., Braccini, V. P., Escalona Jiménez, M., Erhardt, M. M., & Richards, N. S. P. dos S. (2021). Análise microbiológica e físico-química do leite produzido na cidade de Santana do Livramento. Research, Society and Development, 10(6), e24310615561. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15561
Assis, R. C. de, Nogueira, M. D. de A., Pinheiro, A. D. V., Galdino, R. S., Almondes, K. G. de S., & Maia, C. S. C. (2021). Determinação de selênio em leite bovino in natura provenientes do Ceará – Brasil. Research, Society and Development, 10(6), e48010616011. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.16011
Brasil. (2018). Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução normativa n. 76, de 26 de novembro de 2018. Aprova Regulamentos Técnicos que fixam a identidade e as características de qualidade que devem apresentar o leite cru refrigerado, o leite pasteurizado e o leite pasteurizado tipo A, na forma desta Instrução Normativa e do Anexo Único. Diário Oficial da União, 30/11/2018 | Edição: 230 | Seção: 1 | Página: 9.
Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (2019). Manual de métodos oficiais para análise de alimentos de origem animal. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. – 2. ed. Brasília.
Candido, F. dos S., Mendonça, T. O., Zanini, D. da S., Meneguelli, M., Berndt, F. M., & Muniz, I. M. (2020). Qualidade microbiológica do leite cru refrigerado. Research, Society and Development, 9(11), e839119584. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9584
Condé, P. R., Pinto, C. L. de O., Gandra, S. O. da Silva., Silva, R. R. da, & Martins, M. L. (2018). Temperatura de armazenamento e qualidade microbiológica do leite cru granelizado na região de Rio Pomba, Minas Gerais. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, 73(3), 149-161. DOI:https://doi.org/10.14295/2238-6416.v73i3.699
Couto, K. S., & Chinelate, G. C. B. (2017). Avaliação de leite cru comercializado informalmente na cidade de Garanhuns – PE – Brasil. Revista Brasileira De Agrotecnologia, 7(1), 09-12. https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/REBAGRO/article/view/4708
Espindola, W. R., Nascente, E. de P., Urzêda, M., Teodoro, J. V. da S., Gonçalves, G. B., Castro, R. D. de, Martins, M. E. P., & Souza, W. J. de. (2020). Qualidade do leite cru refrigerado produzido na microrregião de Pires do Rio, Goiás, Brasil. Research, Society and Development, 9(7), e153973958. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3958
Fagnani, R., Eleodoro, J. I., & Zanon, E. O . (2019). Milk-borne infections awareness and the health status of consumers: An on-line survey International Dairy Journal, 96, p.85-92. https://doi.org/10.1016/j.idairyj.2019.04.013
Ferreira, D. F. (2019). Sisvar: A computer analysis system to fixed effects split plot type designs. Revista Brasileira de Biometria, 37(4), 529-535. DOI: https://doi.org/10.28951/rbb.v37i4.450
Filho, W. L. G. S., Dias, C. S., Melo, J. D. G., Santos, E. C. C., Silva, A. S., & Araújo, A. P. Avaliação físico-química do leite cru em Redenção no Pará. Revista Tecnologia & Ciências Agropecuárias, 10(5), 29-34, jul. 2016.
Guimarães, G. M., Mateus, L. S., Moraes, A. I. P., Costa, W. S. da, Soares, N. R., Santos, L. S. dos, & Santos, P. A. dos. (2020). Qualidade do leite in natura perante a instrução normativa IN 76 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil. Research, Society and Development, 9(9), e262996746. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6746
Instituto Adolfo Lutz-IAL. (2018). Métodos físico-químicos para análise de alimentos. São Paulo-SP: IAL.
Jiménez, M. E., Braccini, V. P., Seibt, A. C., Machado, L. V., Erhardt, M. M., Silva, G. P. da., & Richards, N. S. P. dos S. (2021). Características socioeconômicas da produção e parâmetros de qualidade do leite cru refrigerada no Município de Santa Maria, RS, Brasil. Research, Society and Development, 10(6), e13510615562. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15562
Marques, T., Pires, P., & Leães, F. (2020). Avaliação da qualidade de leite cru refrigerado de produtores assistidos pela EMATER/RS no município de São Luiz Gonzaga (RS). Revista Principia - Divulgação Científica E Tecnológica Do IFPB, 1(52), 117-128. http://dx.doi.org/10.18265/1517-0306a2020v1n52p117-128
Melo, C. W. B. de., Barbosa, F. R., & Pereira, D. E. (2018). Avaliação da qualidade do leite cru refrigerado obtido em propriedades rurais localizadas no estado da Paraíba. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, 20(2),.137-142. 137
Monte, A. M., Sousa, A. W. B. de, Ramos, L. de S. N., Cunha, L. S., Lima, L. R. do N., Diniz, H. da S., Negreiros, I. F. L., & Moreira Filho, M. A. (2021). Contagem de células somáticas em leite cru refrigerado de produtores individuais através de métodos rápidos. Research, Society and Development, 10(6), e2210615160. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15160
Motta, R. G., Silva, A. V., Giuffrida, R., Siqueira, A. K., Paes, A. C., Motta, I. G., Listoni, F. J.P., & Ribeiro, M. G... (2015). Indicadores de qualidade e composição de leite informal comercializado na região Sudeste do Estado de São Paulo. Pesq. Vet. Bras., 35(5), p. 417-423. 10.1590/S0100-736X2015000500005
Oliveira, P. V. C., Neto, E. S. L., Lucena, N. M., Abrantes, M. L., Silva, J. B. A & Neto, C. O. A. (2020). Avaliação da qualidade do leite cru e prevalência de mastite no município de Mossoró-RN. Brazilian Journal of Development, 6(8), 64027-64042. https://doi.org/10.34117/bjdv6n8-728
Paludetti, L. F., Kelly, A. L., O’brienb., Jordan, K. , & Gleeson, D. (2018). The effect of different precooling rates and cold storage on milk microbiological quality and composition. Journal of Dairy Science 101(3). p. 1921-1929 https://doi.org/10.3168/jds.2017-13668
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Pereira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM
Pereira, M. F. B. C., Gomes, P. W. P.l, Simões, M. C., Martins, L. H. da S., & Sarmento, P. S. de M. (2019). Avaliação microbiológica no leite de vaca in natura e pasteurizado comercializado na cidade de Tucuruí, Pará. Biota Amazônia, 9(3), 52-56. http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v9n3p52-56.
Santos, C. G. dos., Dallago, G. M., Dumont, M. A., Figueiredo, L. V. de, Duarte, M. R., Boari, C. A., Castro, G. H. de F., & Santos, R. A. dos. (2021). Composition and microbiological quality of raw milk refrigerated in community tanks. Research, Society and Development, 10(11), e208101119574. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19574
Silva, G. W. N., Oliveira, M. P., Leite, K. D., Oliveira, M. S., & Sousa, B. A. de A. (2017). Avaliação físico-química de leite in natura comercializado informalmente no sertão paraibano. Revista Principia. 1(35), p. 34-41. http://dx.doi.org/10.18265/1517-03062015v1n35p34-41.
Silvestrin, P. D., Sodré, L. W. de B., & Oliveira, A. P. de. (2022). Análise da qualidade físico-química do leite crú entregue a uma cooperativa beneficiadora do município de Juína-MT. Research, Society and Development, 11(1), e59811125476. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.25476
Souza, J. V., Paiva, B. L. F.., Santos, A. F. C., Fontenele, M. A., Araújo, K. S. da S., & Viana, D. C. (2018). Avaliação dos parâmetros físico-químicos do leite "in natura" comercializado informalmente no município de Imperatriz MA. Revista Brasileira de Agropecuária Sustentável, 8(4), 1-6. https://doi.org/10.21206/rbas.v8i4.3064
Sovinski, A. I., Cano, F. G., Raymundo, N. K. L., Barcellos, V. C., & Bersot, L. dos S. (2014). Situação da comercialização do leite cru informal e avaliação microbiológica e físico-química no município de Cafelândia, Paraná, Brasil. Arq. Ciênc. Vet. Zool., 17(3) 161-165. https://doi.org/10.25110/arqvet.v17i3.4938
Ströher, J. A., Nunes, M. R. dos S., Santos Junior, L. C. O. dos., & Schröetter, L. F. (2021). Análise da qualidade do leite de produtores do Norte do Estado do Rio Grande do Sul (RS). Research, Society and Development, 10(11), e415101119580. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19580
Trindade, L. C. A., Martins, M. L., Martins, J. M., & Martins, A, D. de O. (2018). Qualidade de leite cru comercializado informalmente no município de Rio Pomba, MG. Higiene Alimentar, 32(284/285), 72-76, 2018. http://docs. bvsalud.org/biblioref/2018/11/964916/284-285-setout-2018-72-76.pdf.
Ulisses, A. de F., Píccolo, M. da P., Rangel, O. J. P., Santos Júnior, A. C., & Maia Júnior, J. de A. (2022). Leite cru refrigerado: qualidade microbiológica, físico-química e detecção de resíduos de antibióticos. Research, Society and Development, 11(1), e48111123708. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.23708
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Sérgio Luis Melo Viroli; Fernando Morais Rodrigues; Sérgio Guimarães Viroli; Nelson Pereira Carvalho; Henrique Avelino Duarte; Tiago Teixeira Alves; João Vitor Vivan; Matheus Lisboa Ramos; Karoline Pereira Feitosa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
