Avaliação toxicológica e segurança do extrato etanólico das folhas de Piptadenia stipulaceae
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26815Palavras-chave:
Fragilidade osmótica; Toxicidade in vitro; Toxicidade in vivo.Resumo
Piptadenia stipulacea é popularmente conhecida como “Jurema Branca” e tem aplicação em terapia empírica como antiinflamatória, analgésica, regeneradora de células, antipirética e adstringente peitoral. O presente trabalho teve como objetivo realizar a análise toxicológica do extrato etanólico das folhas de P. stipulacea. A toxicidade in vitro foi realizada de acordo com as metodologias de fragilidade osmótica contra eritrócitos de ovelhas e genotoxicidade por Allium cepa e toxicidade in vivo de acordo com o protocolo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD 423). A fragilidade osmótica eritrocitária apresentou baixos níveis de hemólise tanto pela avaliação qualitativa do sobrenadante quanto pelo resultado da porcentagem hemolítica. Na avaliação citotóxica com Allium cepa, não foram identificadas anormalidades cromossômicas ou diferenças no processo de divisão celular (interfase, prófase, anáfase metáfase e telófase) entre o grupo controle e os grupos submetidos às diferentes concentrações do extrato etanólico das folhas de P . stipulaceae (50μg / mL, 500μg / mL e 1000μg / mL). O extrato etanólico das folhas de P. stipulaceae pode ser considerado de baixa toxicidade aguda, uma vez que não causou a morte dos animais tratados na dose de 2.000 mg / kg, conforme recomendado pela OCDE 423. Os resultados obtidos permitem prosseguir com testes adicionais de toxicidade subaguda e crônica, atividades biológicas em organismos específicos, a fim de definir o baixo risco desta planta.
Referências
Al-Asmari, A. K., Al-Elaiwi, A. M., Athar, M. T., Tariq, M., Al Eid, A., & Al-Asmary, S. M. (2014). A review of hepatoprotective plants used in Saudi traditional medicine. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, 2014.
Bezerra, D. A. C., Rodrigues, F. F. G., da Costa, J. G. M., Pereira, A. V., de Sousa, E. O., & Rodrigues, O. G. (2011). Abordagem fitoquímica, composição bromatológica e atividade antibacteriana de Mimosa tenuiflora (Wild) Poiret e Piptadenia stipulacea (Benth) Ducke. Acta Scientiarum. Biological Sciences, 33(1), 99-106.
Da Silva, T. M. S., Sobreira, R. C. B., Silva, J. D. A. G., da Costa, M. A. S., de Assis Lima, M. I., da Silva, A. A., & Leite, S. P. (2019). Fragilidade osmótica eritrocitária e atividade citotóxica do extrato aquoso de Indigofera suffruticosa Mill (Fabaceae). Revista Virtual de Química, 11(6).
De Melo Cavalcanti-Dantas, V., de Medeiros, K. L., de Azevêdo, T. K. B., Santana, G. M., Pereira, A. V., Góis, M. B., & Pereira, J. V. (2016). Taninos: principal componente do extrato Piptadenia stipulacea (Benth) Ducke inibe o crescimento de cepas clínicas de Staphylococcus aureus de origem bovina. Biotemas , 29 (1), 109-114.
De Queiroz, A. C., de Lira, D. P., Dias, T. D. L. M. F., de Souza, É. T., da Matta, C. B. B., de Aquino, A. B., & Alexandre-Moreira, M. S. (2010). The antinociceptive and anti-inflammatory activities of Piptadenia stipulacea Benth.(Fabaceae). Journal of ethnopharmacology, 128(2), 377-383.
De Sousa, M. A. N., da Silva Filho, E. F., de Assis Nóbrega, N. J., & de Lima Costa, E. (2014). Ipomoea asarifolia e seus efeitos tóxicos e genotóxicos em animais de produção. Revista Saúde & Ciência Online, 3(3), 240-252.
Didelon, J., Mazeron, P., Muller, S., & Stoltz, J. F. (2000). Osmotic fragility of the erythrocyte membrane: characterization by modeling of the transmittance curve as a function of the NaCl concentration. Biorheology, 37(5, 6), 409-416.
Emanuelli, M. P., dos Anjos Lopes, S. T., Maciel, R. M., Garmatz, B. C., & de Oliveira Tavares, M. (2008). Concentração Sérica de Fosfatase Alcalina, Gama-glutamil transferase, uréia e creatinina em coelhos (Oryctolagus cuniculus). Ciência Animal Brasileira, 9(1), 251-255.
Fabricante, J. R. & Andrade, L. A. Análise estrutural de um remanescente de caatinga no seridó paraibano. O ecologia Brasiliensis, 11(3), 341-349, 2007.
Fechine, I. M., Alves, K. D. S. B., da Silveira Muniz, R. F., Soares, C. L. R., da Silva Alves, H., da Silva, T. G., & de Souza, E. M. L. (2020). Evaluation of the cytotoxicity of products obtained from Calotropis procera (Apocynaceae). Research, Society and Development, 9(12), e4391210723-e4391210723.
Fish, M. S.; Johnson, N. M.; Horning, E. C. Piptadenia alkaloids. Índole bases of Piptadenia peregrina and related species. Journal of the American Chemical Society, 77(22), 5892-5895, 1955
Florentino, A. T. N.; Araújo, E. L.; Albuquerque, U. P. Contribuição de quintais agroflorestais na conservação de plantas da caatinga, município de Caruaru, PE, Brasil. Acta Botânica Brasílica, 21(1), 37-47, 2007.
González-de-Peredo, A. V., Vázquez-Espinosa, M., Espada-Bellido, E., Carrera, C., Ferreiro-González, M., Barbero, G. F., & Palma, M. (2021). Flavonol composition and antioxidant activity of onions (Allium cepa L.) based on the development of new analytical ultrasound-assisted extraction methods. Antioxidants, 10(2), 273.
Guerra, M., & Souza, M. D. (2002). Como observar cromossomos: um guia de técnicas em citogenética vegetal, animal e humana. Ribeirão Preto: FUNPEC, 201.
Henry, J. B. (2008). Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais. In Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais (pp. 1734-1734).
Junqueira, L. C., & Carneiro, J. (2008). Histologia Básica. Texto e Atlas. (11a ed.). Guanabara.
Klein, L., Massie, B. M., Leimberger, J. D., O’Connor, C. M., Piña, I. L., Adams Jr, K. F., & Gheorghiade, M. (2008). Admission or changes in renal function during hospitalization for worsening heart failure predict postdischarge survival: results from the Outcomes of a Prospective Trial of Intravenous Milrinone for Exacerbations of Chronic Heart Failure (OPTIME-CHF). Circulation: Heart Failure, 1(1), 25-33.
Mincis, M., & Mincis, R. (2006). Enzimas hepáticas: aspectos de interesse prático. Revista Brasileira de Medicina, 56-60.
Oecd 2001. Guideline 423: Acute Oral Toxicity - Acute Toxic Class Method. http://www.oecd.org/publications.
Pereira, K. T. O., Paiva, E. P. D., Souza Neta, M. L. D., Benedito, C. P., & Torres, S. B. (2020). Avaliação da qualidade fisiológica de sementes de Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke pelo teste de tetrazólio. Revista Ciência Agronômica, 51.
Sobreira, R. C. B., de Assis Lima, M. I., dos Santos, E. R. S. L., da Silva, T. M. S., da Costa, M. A. S., da Alves, W. S., & Leite, S. P. (2020). Phytochemical Approach and Evaluation of the Osmotic Fragility and Cytotoxic Activity of Piptadenia stipulacea (Benth) Ducke. Brazilian Journal of Health Review, 3(6), 16917-16932.
Sturbelle, R. T., Pinho, D. S. D., Restani, R. G., Oliveira, G. R. D., Garcias, G. D. L., & Martino-Roth, M. D. G. (2010). Avaliação da atividade mutagênica e antimutagênica da Aloe vera em teste de Allium cepa e teste de micronúcleo em linfócitos humanos binucleados. Revista Brasileira de Farmacognosia, 20(3), 409-415.
Vaghasiya, Y. K., Shukla, V. J., & Chanda, S. V. (2011). Acute oral toxicity study of Pluchea arguta boiss extract in mice. J Pharmacol Toxicol, 6(2), 113-23.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Renatha Claudia Barros Sobreira; Willams Alves da Silva; Tainá Maria Santos da Silva; Marcos Aurélio Santos da Costa; Mary Anne Medeiros Bandeira; Thaís Emmanuelly Melo dos Santos; Maria Isabel de Assis Lima; Anderson Arnaldo da Silva; Sandrine Maria de Arruda Lima; Sônia Pereira Leite
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.