Correlação entre fadiga e qualidade de vida em pacientes oncológicos pediátricos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i1.26892Palavras-chave:
Câncer; Adolescente; Fadiga; Filho; Qualidade de vida.Resumo
As estimativas do Câncer pediátrico até 2022 é de 8,5 mil/ ano de novos casos, o que leva então a ser considerado um problema de saúde pública. Além disso, o tratamento contra o câncer pode acarretar vários sintomas, entre eles, a fadiga, causando impacto na qualidade de vida desses pacientes. Dessa forma, esse estudo tem como objetivo correlacionar a fadiga e qualidade de vida em pacientes oncológicos pediátricos em período de tratamento. Foi realizado um estudo transversal, no qual participaram 30 pacientes, divididos em “grupo ambulatório” e “grupo enfermaria”, conforme o local onde foi realizada a coleta dos dados. Foram obtidos dados demográficos e clínicos e posteriormente procedeu-se aplicação de duas sessões: fadiga (PedsQL™ Multidimensional Fatigue Scale) e qualidade de vida relacionada ao câncer (PedsQL™ Pediatric Quality of Life™ Cancer Module). Uma maioria dos participantes eram do sexo masculino e com média de idade de 14 ± 2,89, dentre os tipos de câncer apresentados, a leucemia foi a mais predominante (43,33%). quando comparados ao ambulatorial, Ainda, ao se correlacionarem de maneira geral, a fadiga impacta na qualidade de vida dos pacientes oncológicos pediátricos. Portanto, os valores apresentados nesse estudo, apontam que fadiga e qualidade de vida estão intimamente ligados e que se faz necessário estudos a fim de desenvolver protocolos de reabilitação e principalmente, criar melhores condições de saúde e estimular que o paciente oncológico se torne independente funcional e com melhores chances de sobrevida.
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