Morbidade e mortalidade por doenças cardiorrespiratórias associadas à poluição do ar
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26896Palavras-chave:
Poluentes atmosféricos; Doenças respiratórias; Infarto do miocárdio.Resumo
Os gases poluentes emitidos pelas indústrias de extração, transformação, focos de calor e frota veicular das cidades geram sérias repercussões na saúde, principalmente doenças do sistema cardiorrespiratório. O objetivo do estudo foi identificar os índices de morbidade e mortalidade por doenças cardiorrespiratórias associadas à poluição do ar no Brasil e em Santa Catarina no período de 2008 a 2019. Trata-se de um estudo quantitativo analítico, com desenho ecológico de séries temporais. Foram utilizados dados disponíveis no Departamento de Informações do Sistema Único de Saúde (DATASUS), sendo incluídos todos os casos de internações e óbitos de crianças menores de cinco anos de idade, adultos maiores de 40 anos e idosos acometidos por doenças cardiorrespiratórias como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia e infarto agudo do miocárdio. Para avaliação dos dados, utilizaram-se cálculos de prevalência e percentual e teve como base de análise os indicadores de efeito adotados pelo Vigiar, preconizado pelo Ministério da Saúde. Tanto no cenário brasileiro quanto em Santa Catarina, os resultados mostraram que os idosos foram os mais afetados por doenças cardiorrespiratórias no período estudado, sendo que a pneumonia foi a patologia com maior prevalência, com 176,4 óbitos a cada 1000 internados no Brasil e 154,2 óbitos a cada 1000 internados em Santa Catarina. Considerando o infarto agudo do miocárdio, o Norte brasileiro e o Sul catarinense apresentaram as maiores prevalências, com 129,1 e 128,4 respectivamente. Os índices elevados de morbimortalidade das doenças estudadas estão relacionados com regiões que possuem forte envolvimento com atividades poluentes.
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