Avaliação do potencial físico-químico e perfil volátil do cajuí (anacardium spp) do cerrado tocantinense
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.26966Palavras-chave:
Cajuí; pH; ATT; Voláteis.Resumo
O cajuí é um fruto originado do cajuizeiro (Anacardium spp), uma planta pertencente à família Anacardiaceae nativa da região nordeste do Brasil que pode ser encontrada também nas regiões norte e centro-oeste. O cajuí possui menor tamanho quando comparado com o caju (Anacardium occidentale) e ambos são encontrados predominantemente no ecossistema do cerrado. O cajuí é muito apreciado na culinária na sua forma in natura e como sucos, licores, sorvetes e geleias, e muito utilizado na fabricação de cosméticos, além de ser de essencial importância para economia tocantinense, sendo comercializado nos supermercados e feiras locais. Este trabalho teve como objetivo a caracterização física, físico-química e volátil do cajuí do campus Araguaína da UFT. A parte experimental do trabalho foi desenvolvido no laboratório de cromatografia (LABCROMA) da Universidade Federal do Tocantins (UFT), campus de Araguaína, unidade Cimba, durante o período de agosto a novembro de 2018. Durante os meses de agosto, setembro, outubro e novembro os frutos pertencentes a quatro cajuízeiros do Campus foram colhidos e congelados para análises posteriores. Os cajuís foram analisados segundo as seguintes características: dimensões físicas (comprimento e diâmetro maior), peso (fruto inteiro com castanha), pH, acidez total titulável (ATT), cinzas, umidade e perfil volátil. Os resultados obtidos mostraram que a fruta estudada na UFT tem suas especificidades quanto as propriedades físico-químicas e aromáticas, indicando diferenças marcantes entre o cajuí e caju quanto ao perfil químico volátil e quanto as dimensões de tamanho e peso entre os cajuís de diferentes cajuizeiros.
Referências
Agostini-Costa, T. D. S., Faria, J. P.,naves, R. V. & Vieira, R. F. (2016). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: Região Centro-este. Brasília: MMA (Ministério do Meio Ambiente).
Aguiar, L. P. (2001). β-caroteno, vitamina C e outras características de qualidade de acerola, caju e melão em utilização no melhoramento genético. 87f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) - Universidade Federal do Ceará
Avidos, M. F. D. & Ferreira, L. T. (2003). Frutos dos cerrados: preservação gera muitos frutos. https://www.academia.edu/28669357/FRUTOS_DOS_CERRADOS_Preserva%C3%A7%C3%A3o_gera_muitos_frutos_Os_cerrados_possuem_204_milh%C3%B5es_de_hectares_e_grande_diversifica%C3%A7%C3%A3o_de_fauna_e_flora.
Barros, L. M. Araújo J. P. P. & Silva V. V. (1994). Botânica, origem e distribuição geográfica. Cajucultura: modernas técnicas de produção. Fortaleza: Embrapa/CNPAT.
Carbajal, A. C. R., Silva J. N. (2003) Castanha de Caju: recomendações práticas para a melhoria da qualidade. Fortaleza: Sebrae-CE/Embrapa Agroindústria Tropical.
Cardeal, Z. L.; Guimarães, E. M. & Parreira, F. V. (2005). Analysis of volatile compounds in some typical Brazilian fruits and juices by SPME-GC method. Food Addit Cont.
Cottica, S. M., Moraes, D. R., Rotta, E. M., Sargi, S. C., Silva, F. L. N., Sawaya, A. C. H., Visentainer, J. V. & Eberlin, M. N. (2013). Effects of grape processing on antioxidant capacity and ESI-MS fingerprints of grape products. Journal of Food Science and Engineering, v. 3, 341-348.
Ferreira, A. C. H. Neiva, J. N. M., Rodriguez, N. M., Lobo, R. N. & Vasconcelos, V. R., (2004). Valor nutritivo das silagens de capim-elefante com diferentes níveis de subprodutos da indústria do suco de caju. Rev. Bras. Zootecn.
Gomes, S. O., Souza, V. A. B. S., Costa, M. P. S. D., Silva C. C. P., Vale, E. M., Sousa, M., & Sousa, J. P. B., (2008). Avaliação da qualidade física e química de cajuí (Anacardium spp.) na região Meio-Norte. Geintec.
Lima, V. P. M. S., (1988). A Cultura do cajueiro no Nordeste do Brasil. Fortaleza: ETENEBancodo Nordeste.
Macleod, A. J., Troconis N. G., (1982) Volatile flavour components of cashew apple (Anacardiumoccidentale). Phytochemistry.
Pereira, A. C., Santos, E. R., (2015). Frutas nativas do Tocantins com potencial de aproveitamento econômico. Agri-Enviromental Sciences, v. 1, n.1, 22-37.
Pinho, L. X., Afonso, M. R. A., Carioca, J. O. B., Costa, J. M. C., & Rybka, A. C. P., (2011). Desidratação e aproveitamento de resíduo de pedúnculo de caju como adição de fibra na elaboração de hambúrguer; Alimentos e Nutrição.
Rufino, M. S. M., Vasconcelos, L. F. L., Corrêa, M. P. F., Ribeiro, V. Q., Soares, E. B., & Souza, V. A. B., (2002) de Caracterização física e química do fruto e pseudofruto de genótipos de cajuí (Anacardium spp.). In: Congresso brasileiro de fruticultura, Belém. Os novos desafios da fruticultura brasileira: anais. Belém: SBF, 17.
Rufino, M. S. M., Corrêa, M. P. F., Barros, L. M., Alves, R. E., & Leite, L. A. S., (2007). Suporte tecnológico para a Exploração Racional do Cajuizeiro. 1. ed. Fortaleza, CE: Embrapa Agroindústria Tropical.
Rufino, M. S. M. (2004). Qualidade e potencial de utilização de cajuís (Anacardium spp.) oriundos da vegetação litorânea do Piauí. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) – Universidade Federal do Piauí, Teresina, 97.
Rufino, M. S. M., Corrêa, M. P. F., Alves, R. E., Leite, L. A. S., Santos, F. J. S. (2008). Utilização atual do cajuí nativo da vegetaçãolitorânea do Piauí, Brazil. Proceedings of the InteramericanSociety for Tropical Horticulture, v.52, n.1, 147-149.
Sampaio, K. L., Biasoto, A. C. T., & Silva, M. A. A. P. (2015). Comparison of techniques for the isolation of volatiles from cashew apple juice. Journal of the Science of Food and Agriculture.
Sano E. E., Rosa, R., Brito J. L., & Ferreira L. G. (2008). Mapeamento semidetalhado do uso da terra do Bioma Cerrado. Pesq Agropec Bras.
Silva, L. A. G. C. (2007). Biomas Presentes no Estado do Tocantins; Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados: Brasília, Brasil.
Silva, P. K., Farias, G. A., Araújo, E. R., Sapucay, M. J. L. C., Colares, P. N. Q., Pedroza, C. M., Rêgo, E. R. & Rêgo, M. M. (2009). Caracterização física e química degenótipos de caju.Horticultura Brasileira,v. 27, n. 02, 1551-1555.
Scherer, R., Poloni, A. C. R. & Godoy, H. T. (2008). Determinação simultânea dos ácidos orgânicos tartárico, málico, ascórbico e cítrico em polpas de acerola, açaí e caju e avaliação da estabilidade em sucos de caju. Quim. Nova, vol. 31, no. 5, 1137-1140.
Silva, F. L. N., Schimidt, E. M., Messias, C. L., Eberlin, M. N. & Sawaya, A. C. H. (2015). Quantitation of organic acids in wine and grapes by direct infusion electrospray ionization mass spectrometry†. Anal. Methods, 7, DOI: 10.1039/C4AY00114A, 53-62.
Silva, F. L. N., Jara, J. L. P., Queiroga, C. L., Bechara, I. J., Messias, C. L. & Eberlin, M. N. (2011). Qualitative headspace aroma profiling of wines from Syrah and hybrid grapes using solid phase microextraction gas chromatography mass spectrometry. Brazilian Journal of Analytical Chemistry - BrJAC (Print), v. 06, 286-290.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Walmor Junior Oliveira Borges; Magale Karine Diel Rambo; Patrícia Silva Pires; Edenilson dos Santos Niculau; Flamys Lena do Nascimento Silva; Michele Cristiane Diel Rambo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.