Perfil epidemiológico das malformações fetais das regiões 29 e 30 da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i6.2702Palavras-chave:
Mortalidade fetal; Malformação; Congênita.Resumo
O período da gestação é marcado por grandes transformações. É uma vivência intensa, de sentimentos contrastantes e dúvidas. Com o intuito de melhorar a qualidade dos cuidados no pré-natal, parto e ao recém-nascido, o Ministério da Saúde instituiu a Rede Cegonha. Todavia, alguns eventos inesperados podem ocorrer, como o óbito fetal. O objetivo deste estudo foi traçar um perfil dos fatores sociodemográficos das mães cujas gestações evoluíram para óbitos fetais devido a malformações congênitas, caracterizar as condições das gestações e analisar as gestações que evoluíram para óbitos fetais devido a malformações congênitas. Trata-se de um estudo transversal, exploratório descritivo com abordagem quali-quantitativa, onde foram utilizadas informações das Fichas de Investigação de óbitos fetais do Comitê de Mortalidade Fetal e Infantil, analisando o período de 2014 a 2018. Os principais resultados foram que a maioria das mães possuem idade maior de 35 anos, de raça branca, possuem ensino fundamental, residem com o pai da criança ou companheiro, possuem trabalho remunerado, residem em área urbana, não fazem uso de fumo, álcool ou outras drogas, fizeram uso de algum tipo de medicamento durante a gestação e não apresentavam nenhuma doença crônica ou outras. Sobre as variáveis da gestação, observou-se que maioria dos óbitos fetais por malformação ocorreu na primeira gestação destas mulheres, não tiveram abortos anteriores, a gestação que evoluiu para óbito fetal por malformação foi uma gestação planejada, iniciaram o pré-natal com sete semanas, tiveram sete consultas de pré-natal, não apresentaram nenhuma doença adquirida na gestação investigada e escolherem o setor público para a realização do acompanhamento de pré-natal. Quanto ao feto, observou-se que a maioria era do sexo masculino, sendo classificados como óbitos não evitáveis, apenas quatro casos como evitáveis e o tipo de malformação congênita, tem-se a cardíaca como a mais evidente nos casos analisados. Com os resultados, espera-se tornar visível a atual situação de mortalidade fetal da região e a partir daí traçar estratégias de prevenção e evitabilidade desses óbitos, diminuindo assim seus índices.
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