A importância do diagnóstico precoce da doença de Chagas congênita
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27077Palavras-chave:
Doença de Chagas; Chagas congênita; Transmissão vertical.Resumo
Introdução: A doença de Chagas (DC) ou tripanossomíase americana, é uma antropozoonose negligenciada e multissistêmica, que pode afetar os sistemas cardiovascular, digestivo e o sistema nervoso central. A transmissão congênita do Trypanosoma cruzi é considerada, uma das principais fontes de infecção da doença em todo o mundo, esse tipo de infecção acontece de forma vertical, ou seja, durante a gestação. O trabalho tem como objetivo evidenciar a importância do diagnóstico precoce da doença de Chagas Congênita. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica sistemática, de cunho descritivo, com abordagem qualitativa. Para a construção do estudo utilizou-se os bancos de dados: Scientific Eletronic Library Online – SciELO, U.S Library of Medicine – PubMed e a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Resultados: Os resultados obtidos, apresentam de forma clara, os principais métodos do diagnóstico laboratorial da doença de Chagas congênita, destacando-se o alto número de mulheres em idade fértil infectadas pelo T. cruzi possibilitando a transmissão vertical e suas complicações. Conclusão: A necessidade da criação de novas estratégias, para a otimização do controle e prevenção da doença de Chagas congênita, além da elaboração de novos protocolos de triagens.
Referências
Alarcón, A., Morgan, M., Montgomery, S. P., Scavo, L., Wong, E. C. C., Hahn, A., & Jantausch, B. (2016). Diagnosis and Treatment of Congenital Chagas Disease in a Premature Infant. Journal of the Pediatric Infectious Diseases Society, 5(4), e28–e31.
Amorín, B., & Pérez, L. (2016). Chagas congénito de segunda generación en Uruguay: Primer caso sintomático descrito en el país. Archivos de Pediatría Del Uruguay, 87(3), 245–252.
Andrade, J. P. de, Marin Neto, J. A., Paola, A. A. V. de, Vilas-Boas, F., Oliveira, G. M. M., Bacal, F., Bocchi, E. A., Almeida, D. R., Fragata Filho, A. A., Moreira, M. da C. V., Xavier, S. S., Oliveira Junior, W. A. de, & Dias, J. C. P. (2011). I Latin American Guidelines for the diagnosis and treatment of Chagas’ heart disease: executive summary. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 96(6), 434–442.
Bardin, L., (2016). Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Bermudez, J., Davies, C., Simonazzi, A., Pablo Real, J., & Palma, S. (2016). Current drug therapy and pharmaceutical challenges for Chagas disease. Acta Tropica, 156, 1–16.
BRASIL. Ministério da Saúde Secretária de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Portaria nº57. (2018). http://conitec.gov.br/images/PCDT_Doenca_de_Chagas.pdf
BRASIL. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. (2019). https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_3ed.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Protocolo Clínico e Diretrizes terapêuticas da doença de Chagas. (2018). http://conitec.gov.br/images/PCDT_Doenca_de_Chagas.pdf.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde. (2017). https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/PDF/2017/outubro/16/Volume-Unico-2017.pdf
Bustos, P. L., Milduberger, N., Volta, B. J., Perrone, A. E., Laucella, S. A., & Bua, J. (2019). Trypanosoma cruzi Infection at the Maternal-Fetal Interface: Implications of Parasite Load in the Congenital Transmission and Challenges in the Diagnosis of Infected Newborns. Frontiers in Microbiology, 10, 1250.
Cevallos, A. M., & Hernández, R. (2014). Chagas’ Disease: Pregnancy and Congenital Transmission. BioMed Research International, 2014, 1–10.
Chain, C. Y., Pires Souto, D. E., Sbaraglini, M. L., Labriola, C. A., Daza Millone, M. A., Ramirez, E. A., Cisneros, J. S., Lopez-Albizu, C., Scollo, K., Kubota, L. T., Ruiz, A. M., & Vela, M. E. (2019). Trypanosoma cruziVirulence Factors for the Diagnosis of Chagas’ Disease. ACS Infectious Diseases, 5(11), 1813–1819.
Corrêa, V. R., Barbosa, F. G., Melo Junior, C. A. de, D’Albuquerque e Castro, L. F., Andrade Junior, H. F. de, & Nascimento, N. (2014). Uneventful benznidazole treatment of acute Chagas disease during pregnancy: a case report. Revista Da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 47(3), 397–400.
Denegri C, M., Oyarce F, A., Larraguibel C, P., Ramírez V, I., Rivas B, E., Arellano P, G., Báez M, A., & Maulén L, N. P. (2020). [Screening and congenital transmission of Chagas Disease in the user population of the Dr. Félix Bulnes Cerda Hospital and Primary Health Care Services of the Metropolitan Health Service West of Santiago, Chile]. Revista Chilena de Infectologia: Organo Oficial de La Sociedad Chilena de Infectologia, 37(2), 129–137.
Echeverría, L. E., Marcus, R., Novick, G., Sosa-Estani, S., Ralston, K., Zaidel, E. J., Forsyth, C., Ribeiro, A. L. P., Mendoza, I., Falconi, M. L., Mitelman, J., Morillo, C. A., Pereiro, A. C., Pinazo, M. J., Salvatella, R., Martinez, F., Perel, P., Liprandi, Á. S., Piñeiro, D. J., & Molina, G. R. (2020). WHF IASC Roadmap on Chagas Disease. Global Heart, 15(1), 26.
Edwards, M. S., Abanyie, F. A., & Montgomery, S. P. (2018). Survey of Pediatric Infectious Diseases Society Members About Congenital Chagas Disease. The Pediatric Infectious Disease Journal, 37(1), e24–e27.
Gebrekristos, H. T., & Buekens, P. (2014). Mother-to-Child Transmission of Trypanosoma cruzi. Journal of the Pediatric Infectious Diseases Society, 3 Suppl 1, S36-40.
Gomes, Y., M., (2017). Diagnóstico laboratorial – situação atual. http://chagas.fiocruz.br/doenca/diagnostico/
Dias, J. C. P., Ramos, A. N. Jr., Gontijo, E. D., Luquetti, A., Shikanai-Yasuda, M. A., Coura, J. R., ... Alves, R. V. II Consenso Brasileiro em Doença de Chagas, 2015. Epidemiol. Serv. Saúde 25. http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742016000500007
Sales Junior, P. A., Molina, I., Fonseca Murta, S. M., Sánchez-Montalvá, A., Salvador, F., Corrêa-Oliveira, R., & Carneiro, C. M. (2017). Experimental and Clinical Treatment of Chagas Disease: A Review. The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, 97(5), 1289–1303.
Lima, R. de S., Teixeira, A. B., & Lima, V. L. da S. (2019). Doença de chagas: uma atualização bibliográfica. Rev. Bras. Anal. Clin, 103–106.
Messenger, L. A., & Bern, C. (2018). Congenital Chagas disease. Current Opinion in Infectious Diseases, 31(5), 415–421.
Moscatelli, G., Moroni, S., García-Bournissen, F., Ballering, G., Bisio, M., Freilij, H., & Altcheh, J. (2015). Prevention of congenital Chagas through treatment of girls and women of childbearing age. Memorias Do Instituto Oswaldo Cruz, 110(4), 507–509.
Nobre, T., Fonseca, S., Medeiros, R., Hecht, M., Hagström, L., Fernandes, M. R., & Nitz, N. (2021). Seroprevalence of Trypanosoma cruzi in pregnant women in Midwest Brazil: an evaluation of congenital transmission. Revista Do Instituto de Medicina Tropical de Sao Paulo, 63, e8.
Norman, F. F., & López-Vélez, R. (2014). Mother-to-child transmission of Trypanosoma cruzi infection (Chagas disease): a neglected problem. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, 108(7), 388–390.
Oliveira, M. G., (2018). Análise espacial e epidemiológica da Doença de Chagas: distribuição e incidência no Brasil. Paraíba, Brasil. [Internet]. http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8139
Pearson, R. D., (2019). Doença de Chagas (Tripanossomíase americana). https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/protozo%C3%A1rios-extraintestinais/doen%C3%A7a-de-chagas?query=doen%C3%A7a%20de%20chagas
Pérez-Molina, J. A., & Molina, I. (2018). Chagas disease. The Lancet, 391(10115), 82–94.
Rios, L., Campos, E. E., Menon, R., Zago, M. P., & Garg, N. J. (2020). Epidemiology and pathogenesis of maternal-fetal transmission of Trypanosoma cruzi and a case for vaccine development against congenital Chagas disease. Biochimica et Biophysica Acta. Molecular Basis of Disease, 1866(3), 165591.
Romero, L., Arita, I., Martínez, A., & Alas, C. (2019). Enfermedad de Chagas Congénito: Presentación de caso clínico. Acta Pediátrica Hondureña, 10(1), 1006–1010.
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, (2018). Apesar de estar em constante ascensão, Chagas congênita continua negligenciada. [Internet] https://www.sbmt.org.br/portal/despite-being-in-constant-rise-congenital-chagas-disease-is-still-neglected/
Stillwaggon, E., Perez-Zetune, V., Bialek, S. R., & Montgomery, S. P. (2018). Congenital Chagas Disease in the United States: Cost Savings through Maternal Screening. The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, 98(6), 1733–1742.
World Health Organization. Chagas disease (American trypanosomiasis), (2019). https://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/chagas-disease-(american-trypanosomiasis)
World Health Organization. Expert Committee on the Control of Chagas Disease (2000: Brasilia, B., & Organization, W. H. (2002). Control of Chagas disease: second report of the WHO expert committee. http://www.who.int/iris/handle/10665/42443.
World Health Organization. Weekly epidemiological record Relevé épidémiologique hebdomadaire (2015). 6, 33–44. https://www.who.int/wer/2015/wer9006.pdf?ua=1
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Tiago Patricio de Almeida Carvalho; Leonardo Mendes Araujo da Silva; Márcio Cerqueira de Almeida; José Eduardo Teles de Andrade
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.